Oposição bolsonarista tenta paralisar trabalhos no Congresso para pressionar contra prisão de Bolsonaro
Aliados de Jair Bolsonaro articulam obstrução no Senado e na Câmara e cobram reação de Hugo Motta e Davi Alcolumbre
247 - Parlamentares da oposição ao governo federal iniciaram nesta terça-feira (5) uma estratégia de obstrução dos trabalhos no Congresso Nacional. O objetivo da ação, segundo O Globo, é forçar os presidentes das duas Casas, Davi Alcolumbre (União-AP), no Senado, e Hugo Motta (Republicanos-PB), na Câmara, a se manifestarem publicamente contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os oposicionistas também exigem medidas institucionais em reação à Corte.
No Senado, líderes oposicionistas orientaram que os parlamentares não registrem presença no plenário nem participem das comissões ao longo do dia. A movimentação teve impacto imediato: a reunião da Comissão de Segurança Pública, presidida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), foi adiada. Estava prevista a votação de um projeto de lei que institui recompensa financeira para policiais que apreenderem armas de fogo ilegais.
Outra comissão que teve sua sessão suspensa foi a de Desenvolvimento Regional. O colegiado analisaria propostas sobre a exploração econômica de recursos naturais no mar territorial brasileiro. “A gente está orientando que todos da oposição não marquem presença”, afirmou à coluna o senador Carlos Portinho (PL-RJ), reforçando a mobilização.
A pressão maior se concentra sobre o Senado, já que é a Casa responsável por processar pedidos de impeachment de ministros do STF. Apesar da insatisfação, mesmo entre parlamentares oposicionistas não há expectativa de avanço em qualquer iniciativa concreta contra os ministros, inclusive no caso de Alexandre de Moraes, que é um dos principais alvos de críticas de aliados de Bolsonaro.
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