247 – A Embaixada da China em Israel divulgou neste domingo (21) uma nota em que condena de forma veemente as declarações e ações do deputado israelense Boaz Toporovsky, do partido Yesh Atid, em sua visita à ilha de Taiwan. As informações foram publicadas pelo jornal Global Times a partir do comunicado oficial da missão diplomática chinesa.
Segundo o porta-voz da embaixada, Toporovsky ignorou os alertas e a oposição de Pequim, voltando a visitar Taiwan e fazendo “reiteradas observações errôneas sobre a questão de Taiwan”. De acordo com a declaração, o parlamentar teria “violado seriamente o princípio de uma só China e minado as bases políticas das relações China-Israel”, tornando-se “um criador de problemas para o desenvolvimento saudável dos laços bilaterais”.
<h2>O princípio de uma só China</h2>
O porta-voz reafirmou que “existe apenas uma China no mundo, e Taiwan é parte inalienável do território chinês”. Ele destacou que o governo da República Popular da China é “o único governo legal que representa toda a China” e que a política de uma só China constitui um consenso internacional amplamente aceito, além de norma fundamental das relações internacionais.
A nota também lembrou que 2025 marca os 80 anos da vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e da Segunda Guerra Mundial, período em que Taiwan retornou à China. “A soberania da China sobre Taiwan não admite contestação”, afirmou o porta-voz.
<h2>Críticas à postura de Toporovsky</h2>
Durante a viagem, Toporovsky encontrou-se com Lai Ching-te, líder regional de Taiwan, a quem se referiu como “presidente”, além de alegar que falava “em nome do povo de Israel” ao agradecer à ilha. A embaixada classificou tais atitudes como ofensivas e contrárias ao Comunicado Conjunto China-Israel, no qual o governo israelense reconhece que “Taiwan é parte inalienável do território da República Popular da China”.
O porta-voz afirmou que o parlamentar “viola repetidamente a política de uma só China sustentada por Israel, agindo de forma clara em benefício de interesses externos”. Segundo a embaixada, sua “credibilidade política está completamente destruída” e ele “não tem legitimidade para representar os demais”.
<h2>Advertência firme de Pequim</h2>
Em tom contundente, o porta-voz concluiu com um alerta direto:
<blockquote>&nbsp;“Admoestamos este deputado a não se iludir pensando que pode prejudicar os interesses centrais da China e os sentimentos nacionais do povo chinês sem pagar um preço. Se não recuar à beira do precipício, cairá e será despedaçado.”</blockquote>
A condenação pública reflete a postura firme de Pequim diante de qualquer aproximação de autoridades estrangeiras com Taiwan, questão considerada sensível e central para a política externa chinesa.

Redação Brasil 247

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Global Times

Embaixada da China em Israel condena visita de deputado israelense a Taiwan

CGTN – Após mais de três meses, os chefes de Estado da China e dos Estados Unidos conversaram novamente, atraindo os olhares do mundo.
Na noite de sexta-feira (19), o presidente chinês, Xi Jinping, e o norte-americano, Donald Trump, conversaram por telefone. Os dois trocaram opiniões francas e aprofundadas sobre a atual relação sino-norte-americana e questões de interesse comum e traçaram uma orientação estratégica para o desenvolvimento estável do relacionamento China-EUA na próxima fase.
Xi destacou que esse relacionamento é extremamente importante e que China e EUA podem se apoiar completamente e prosperar juntas, beneficiando as duas nações e o mundo.
Trump afirmou que EUA-China é a relação bilateral mais importante do mundo, que a cooperação entre os dois países pode realizar muitas grandes coisas benéficas para a paz e a estabilidade mundiais, e expressou o desejo de manter uma grande convivência de longo prazo e positiva com a China.
Meios de comunicação norte-americanos, como a Associated Press e a National Public Radio, noticiaram extensivamente a conversa dos dois líderes. O jornal "South China Morning Post", de Hong Kong, na China, comentou que a ligação entre os chefes de Estado marca o mais recente esforço de duas grandes potências para estabilizar suas relações.
Durante o diálogo, o presidente chinês lembrou que seu país não esquecerá o precioso apoio fornecido pelos Aliados Antifascistas, incluindo os Estados Unidos, à resistência do povo chinês. Há 80 anos, China e EUA lutaram lado a lado pela paz e justiça.
Hoje, como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, China e EUA também devem cooperar pela paz e prosperidade do mundo na nova era e assumir suas responsabilidades como grandes potências, valorizou Xi.
No entanto, nos últimos anos, os Estados Unidos lançaram uma guerra comercial contra a China, reprimiram e sufocaram a indústria de alta tecnologia chinesa e frequentemente criaram obstáculos para o desenvolvimento de empresas chinesas em território norte-americano sob o pretexto de "segurança nacional", instaurando dificuldades nas relações sino-americanas.
Desde maio deste ano, sob a liderança do importante consenso alcançado pelos chefes de Estado da China e dos EUA, as equipes de ambos os lados realizaram quatro rodadas de negociações econômicas e comerciais. Em geral, os dois lados aumentaram a compreensão mútua, acumularam confiança e consenso através de diálogos igualitários e adotaram ações recíprocas. Ambos os lados também confirmaram conjuntamente que uma relação econômica e comercial estável entre China e EUA é de grande importância para o desenvolvimento dos países e do mundo.
Olhando para o passado para guiar o futuro, a China mantém uma relação consistente e clara com os Estados Unidos, como Xi enfatizou: "Respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação e ganho mútuo".
No entanto, os Estados Unidos ainda carecem de uma política clara e profissional em relação à China, e estabelecer uma percepção correta sobre a China deve ser uma questão abrangente que os Estados Unidos precisam resolver bem.
Ao aderir inabalavelmente à orientação estratégica dos chefes de Estado e implementar os importantes consensos dos chefes de Estado, os dois países terão a capacidade de gerenciar adequadamente suas diferenças e trilhar um caminho de cooperação e ganho mútuo na nova era. Esta é também a responsabilidade das grandes potências que China e EUA devem assumir conjuntamente pelo mundo.
Fonte: CMG

China

China e EUA têm responsabilidade de trilhar um caminho de cooperação e ganho mútuo na nova era

247 - Produtores rurais do meio-oeste dos Estados Unidos estão temerosos com o impacto das tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump. Segundo a <a href="https://www.bbc.com/portuguese/articles/c147k0pr3l7o">BBC News Brasil</a>, a medida, que elevou custos de insumos e reduziu exportações, mergulhou agricultores em dívidas e risco de falência, embora a maioria continue apoiando o presidente.
Tim Maxwell, agricultor de 65 anos em Iowa, resumiu a tensão: “Nossa produção, nossa safra e o clima estão bons, mas o [interesse dos] nossos mercados, agora, está em baixa”. Apesar das dificuldades, ele afirma acreditar em Trump: “Nosso presidente disse que irá levar um tempo para que todas essas tarifas entrem em vigor. Vou ser paciente. Acredito no nosso presidente.”
<h2>Agricultores americanos relatam incertezas no campo</h2>
No coração do chamado cinturão do milho, a realidade é de apreensão. A guerra comercial com a China reduziu drasticamente a compra de soja e milho dos Estados Unidos. Em 2024, as empresas chinesas importaram US$ 12,7 bilhões em soja americana, mas neste ano as encomendas despencaram.
A Associação Americana da Soja alerta para níveis muito baixos de exportação, enquanto custos de fertilizantes e maquinário aumentaram devido a tarifas sobre insumos canadenses e asiáticos.
<h2>Exportações em queda e falências em alta</h2>
Segundo levantamento da Bloomberg, pedidos de falência entre agricultores atingiram o maior patamar em cinco anos. O ex-senador democrata Jon Tester, também produtor, alertou: “As pessoas que são novas na agricultura, os jovens agricultores que não têm dinheiro guardado para tempos como este, enfrentarão problemas e muitos deles irão quebrar. E, se isso continuar, muitas pessoas como eu, também irão falir.”
<h2>Trump mantém apoio rural apesar da crise</h2>
Mesmo sob forte pressão econômica, a base rural continua firme ao lado de Trump. Pesquisas do Pew Research Center indicam que 53% da população rural aprovam sua gestão, bem acima da média nacional de 38%.
Para alguns, a confiança se baseia na expectativa de que tarifas forcem a China a renegociar. John Maxwell, produtor de queijo em Iowa, afirmou: “Acho que as tarifas, eventualmente, irão nos tornar grandes novamente.”
<h2>Especialistas alertam para riscos de longo prazo</h2>
Acadêmicos ouvidos pela BBC apontam que a estratégia de tarifas pode gerar danos permanentes. O professor Christopher Wolf, da Universidade Cornell, lembra que parte da soja americana já foi substituída por importações brasileiras. “Mesmo que as tarifas sejam abandonadas, a mudança nas cadeias de abastecimento pode não se reverter rapidamente”, advertiu.

Paulo Emilio

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Mundo

Agricultores dos EUA temem falência com tarifas de Trump

247 – Um acordo entre Estados Unidos e China sobre as operações da TikTok em solo americano estabelece que a ByteDance, empresa chinesa dona do aplicativo, terá direito a apenas uma das sete cadeiras do novo conselho diretor, enquanto as outras seis ficarão sob controle de representantes americanos. A informação foi revelada por um alto funcionário da Casa Branca e publicada pela agência Reuters neste sábado (20).
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, busca evitar o banimento da rede social — que conta com 170 milhões de usuários no país — depois que o Congresso aprovou em 2024 uma lei determinando o encerramento das atividades da TikTok até janeiro de 2025, caso a ByteDance não vendesse os ativos da empresa no território americano. O governo adiou a aplicação da medida até dezembro, numa tentativa de viabilizar a separação da operação nos EUA.
<h2>Avanços e tensões políticas</h2>
Segundo a Reuters, Trump afirmou ter feito “progressos” sobre um acordo em conversa telefônica com o presidente da China, Xi Jinping, e anunciou que os dois devem se reunir presencialmente em seis semanas. O governo chinês, no entanto, não detalhou publicamente os avanços dessas negociações.
O plano apresentado prevê que investidores americanos detenham a maioria das ações da nova empresa, que será gerida por um conselho com especialistas em segurança nacional e cibernética. A ByteDance ficaria com menos de 20% da participação.
Ainda assim, há questionamentos sobre se a proposta atende ao que determina a lei de 2024, que exige a completa desvinculação da empresa chinesa. O deputado democrata Frank Pallone declarou: “O diabo estará nos detalhes. Não podemos permitir que a China continue tendo acesso a enormes quantidades de dados pessoais dos americanos, nem que Trump entregue o TikTok a seus amigos do setor de tecnologia para transformá-lo em um porta-voz do MAGA. Ponto final”.
<h2>Controle do algoritmo e dados sob gestão americana</h2>
Um dos pontos mais sensíveis do acordo é o algoritmo de recomendação da TikTok. De acordo com o funcionário da Casa Branca citado pela Reuters, o sistema será “reprogramado e operado nos Estados Unidos, fora do controle da ByteDance”.
Todos os dados de usuários americanos serão armazenados em infraestrutura de nuvem operada pela Oracle, gigante de software dos EUA. O objetivo, segundo o governo, é impedir que informações pessoais sejam compartilhadas com autoridades chinesas.
Apesar disso, usuários nos Estados Unidos poderão continuar acessando conteúdos produzidos em outras partes do mundo.
<h2>Conexão política</h2>
Trump tem relação direta com a plataforma: sua conta pessoal soma mais de 15 milhões de seguidores, e o próprio governo lançou recentemente um perfil oficial no aplicativo. O presidente já chegou a atribuir parte de sua reeleição em 2024 ao alcance obtido pelo TikTok.
O desfecho das negociações será decisivo não apenas para o futuro do aplicativo no país, mas também para o clima político e econômico entre as duas maiores potências globais, que há anos enfrentam tensões comerciais.

A bandeira dos EUA e o logotipo do TikTok são vistos nesta ilustração tirada em 8 de janeiro de 2025

Empresa chinesa ByteDance terá apenas um assento em conselho da TikTok nos EUA, diz governo

247 – O jornal Global Times destacou que a China vem transformando sua capacidade de manufatura em um motor global de inovação tecnológica, reunindo empresas de ponta, fábricas inteligentes e parcerias internacionais que reposicionam o país como líder em setores estratégicos. O movimento ficou evidente durante a World Manufacturing Convention 2025, realizada em Hefei, província de Anhui, que apresentou ao mundo lançamentos de veículos, computadores e soluções em robótica.
Um dos maiores atrativos da convenção foi o sedã premium MAEXTRO S800, desenvolvido pela JAC Motors em parceria com a Huawei. O carro de luxo combina design sofisticado, chassi digital e avançada tecnologia de condução inteligente. A produção ocorre na MAEXTRO Super Factory, uma planta totalmente digitalizada, equipada com mais de 1.800 robôs que automatizam processos de estamparia, soldagem, pintura e montagem.
“A participação da NIO na convenção ao longo dos últimos anos mostra como a manufatura chinesa evolui de forma contínua, com os veículos de nova energia puxando a transformação e gerando produtos cada vez mais qualificados”, afirmou Yu Dongming, gerente-geral da NIO em Anhui.
<h2>Robótica e fábricas inteligentes</h2>
Outro destaque foi a EFORT Intelligent Robot, fabricante chinesa de robôs industriais, que apresentou soluções em soldagem, pintura e manipulação avançada. “Podemos oferecer soluções completas de robótica inteligente para montadoras internacionais”, disse You Wei, presidente e CEO da empresa. Em 2024, a companhia vendeu mais de 16 mil robôs industriais, já reconhecidos por marcas como Maserati, BMW e Volkswagen.
As plantas da NIO e da Lenovo em Hefei também chamaram atenção. A LCFC Electronics Technology, hub de produção da Lenovo, fabrica anualmente 40 milhões de laptops — um em cada oito vendidos no mundo. Entre as inovações, foi apresentado o ThinkBook Plus Gen 6 Rollable Laptop, com tela expansível de 14 para 16,7 polegadas, que conquistou blogueiros e especialistas de tecnologia internacionais.
<h2>Energia e baterias de nova geração</h2>
No setor de energia, a Gotion High-Tech enfatizou o papel da manufatura inteligente como diferencial competitivo em suas 20 bases globais. “Com padrões unificados pela sede na China e replicados em todas as unidades, nossa capacidade de produção vem conquistando reconhecimento internacional”, destacou Chen Wei, executivo sênior da empresa.
O avanço da indústria chinesa também fortalece parcerias com multinacionais. O CEO do Grupo Volkswagen, Oliver Blume, ressaltou que as linhas altamente automatizadas de Anhui estão entre as mais avançadas do conglomerado. “Até 2030, lançaremos cerca de 50 modelos elétricos e eletrificados neste mercado. Com parcerias locais, conseguimos acelerar em 30% o ciclo de inovação. Não estamos apenas planejando, estamos entregando”, afirmou.
Já a fornecedora de autopeças Marelli apontou que a força da manufatura chinesa acelera tanto o atendimento local quanto projetos globais. “As capacidades de inovação e produção da China nos permitem oferecer soluções personalizadas e rápidas para os clientes”, disse Stefano Petrilli, chefe global de operações da Marelli Propulsion.
Segundo dados oficiais, a China já conta com mais de 35 mil fábricas-modelo básicas e 230 de excelência, consolidando-se como referência mundial em manufatura inteligente. Em 2024, o país atraiu 826,25 bilhões de yuans (cerca de US$ 116,1 bilhões) em investimentos estrangeiros diretos, sendo 11,7% destinados à indústria de alta tecnologia.
Para Zhang Xianfeng, professor da Universidade de Tecnologia de Hefei, a indústria chinesa não apenas fortalece o mercado interno, mas também se tornou “um motor vital para o crescimento global da indústria de alta qualidade”.

Robótica é parte central da industrialização chinesa

China aposta em manufatura avançada para impulsionar inovação global em tecnologia

247 – O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, expôs nesta sexta-feira (20) a posição de Pequim sobre o conflito palestino-israelense, durante encontro em Pequim com o chanceler de Marrocos, Nasser Bourita. As declarações foram publicadas pelo Global Times.
Wang Yi afirmou que a comunidade internacional deve agir com urgência para promover um cessar-fogo imediato em Gaza, a fim de aliviar a catástrofe humanitária em curso. Ele destacou que países com influência direta sobre Israel precisam “assumir suas responsabilidades com seriedade” e cobrou do Conselho de Segurança da ONU e das agências humanitárias maior atuação diante da escalada de violência.
<h2>Palestina deve governar a Palestina</h2>
O chanceler chinês frisou que o princípio de “os palestinos governarem a Palestina” precisa ser respeitado. “Gaza e a Cisjordânia são territórios inalienáveis da Palestina. Qualquer arranjo de governança e reconstrução pós-guerra deve respeitar a vontade do povo palestino e salvaguardar seus direitos legítimos”, disse Wang.
Ele também ressaltou a necessidade de fortalecer o consenso internacional em torno da solução de dois Estados. Segundo ele, a China defende o reconhecimento pleno da Palestina como membro da ONU e rejeita ações unilaterais que corroem esse caminho.
<h2>Condenação às ações de Israel</h2>
Wang Yi alertou que o conflito, que já se arrasta há dois anos, gerou uma “catástrofe humanitária sem precedentes” e expressou a “profunda preocupação” da China. O ministro acusou Israel de acelerar a ocupação de Gaza e da Cisjordânia, em violação ao direito internacional.
“Essas ações não trazem benefícios à própria segurança de Israel, mas colocam em risco a solução de dois Estados e minam diretamente a estabilidade da região”, afirmou.
O chanceler ainda destacou que “a segurança deve ser compartilhada” e que nenhum país pode “construir sua própria segurança sobre a insegurança de outros”.
<h2>Direitos iguais para palestinos e israelenses</h2>
Reafirmando o princípio de equidade, Wang Yi declarou: “Israel tem o direito de estabelecer um Estado, e a Palestina também. Não pode haver dois pesos e duas medidas. As vidas do povo israelense e as vidas do povo árabe são igualmente preciosas e merecem respeito”.
Ele ainda condenou o ciclo de violência: “Responder violência com violência apenas cria e acumula novos ódios”.
<h2>Compromisso da China com a paz</h2>
Segundo o chanceler, Pequim continuará a apoiar a luta legítima do povo palestino por seus direitos nacionais e seguirá empenhada em promover o cessar-fogo, o fim da guerra em Gaza e uma solução “abrangente, justa e duradoura” para a questão palestina, com base nas resoluções da ONU e na proposta de dois Estados.

China defende cessar-fogo imediato e solução de dois Estados diante do genocídio em Gaza

Beijing, 19 set (Xinhua) – A China e os Estados Unidos podem alcançar o sucesso mútuo e a prosperidade compartilhada, beneficiando os dois países e o mundo, disse o presidente chinês, Xi Jinping, nesta sexta-feira.
Em suas conversas por telefone com o presidente dos EUA, Donald Trump, Xi disse que, para concretizar essa visão, os dois países devem fazer esforços conjuntos para alcançar o respeito mútuo, a coexistência pacífica e a cooperação ganha-ganha.
Durante suas conversas, os dois chefes de Estado tiveram uma troca franca e profunda de pontos de vista sobre as relações bilaterais e questões de interesse comum, e forneceram orientação estratégica para o desenvolvimento estável dos laços bilaterais na próxima etapa. A conversação foi pragmática, positiva e construtiva.
Xi disse que a China e os Estados Unidos eram aliados que lutaram lado a lado durante a Segunda Guerra Mundial. Não há muito tempo, a China comemorou solenemente o 80º aniversário da vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e da Guerra Antifascista Mundial, e convidou familiares dos Tigres Voadores para a Tribuna de Tian'anmen para assistir ao desfile militar, acrescentou.
O povo chinês, disse ele, nunca esquecerá o valioso apoio fornecido pelos Estados Unidos e outros aliados antifascistas à Guerra de Resistência da China contra a Agressão Japonesa. Xi pediu aos dois lados que honrem os heróis caídos, lembrem a história, estimem a paz e abram o futuro.
Xi enfatizou que as relações China-EUA são de grande importância. Ele disse que as recentes consultas entre as equipes de ambos os lados demonstraram o espírito de igualdade, respeito e benefício mútuo, acrescentando que elas podem continuar a lidar adequadamente com as questões proeminentes nas relações bilaterais e lutar por resultados ganha-ganha.
Ele também disse que o lado dos EUA deve se abster de tomar restrições comerciais unilaterais para evitar o prejuízo das conquistas alcançadas por ambos os lados por meio de várias rodadas de consultas.
Xi disse que a posição da China sobre a questão do TikTok é clara, acrescentando que o governo chinês respeita os desejos da empresa em questão e está feliz em ver as negociações comerciais alinhadas com as regras do mercado e uma solução que esteja em conformidade com as leis e regulamentos chineses e leve em consideração os interesses de ambos os lados.
Ele pediu ao lado dos EUA que forneça um ambiente de negócios aberto, justo e não discriminatório para as empresas chinesas investirem no país.
Por sua vez, Trump disse que o desfile militar realizado pela China para comemorar o 80º aniversário da vitória da Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa foi fenomenal e maravilhoso.
A relação EUA-China, disse ele, é a relação bilateral mais importante do mundo, acrescentando que, trabalhando juntos, os dois países podem alcançar muitas coisas importantes propícias à paz e à estabilidade mundiais.
Ele também disse que o lado dos EUA espera manter um grande relacionamento sólido e de longo prazo com a China.
O lado dos EUA espera promover a cooperação econômica e comercial bilateral e continuar apoiando consultas entre equipes de ambos os lados para resolver adequadamente a questão do TikTok, disse Trump, acrescentando que os EUA estão prontos para trabalhar com a China para manter a paz mundial.

Xi diz que China e EUA podem alcançar sucesso mútuo e prosperidade compartilhada

CGTN – No centenário de fundação do Partido Zhi Gong da China, o presidente e secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), Xi Jinping, enviou uma carta de felicitações, reconhecendo a contribuição da legenda ao longo do último século. A carta destaca que, como o primeiro partido não comunista fundado na China, o Partido Zhi Gong manteve alinhamento com o PCCh, contribuindo para a revitalização nacional. 
Na cerimônia realizada em Beijing no dia 19, o presidente do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh), Wang Huning, ressaltou que o Partido Zhi Gong deve manter sua direção política e servir à grande causa da reunificação do país.
Fonte: CMG

Xi Jinping felicita centenário do Partido Zhi Gong da China

247 – O governo chinês divulgou um livro branco intitulado “Diretrizes do PCCh para governar Xinjiang na nova era: prática e conquistas” — um documento oficial do Partido Comunista da China (PCCh) que estabelece as bases de governança da região autônoma. O material foi publicado pela Global Times e apresenta um balanço amplo de políticas e resultados no território. O texto foi lançado pelo Escritório de Informação do Conselho de Estado da China em 19 de setembro de 2025.
Segundo o documento, o objetivo central é assegurar “estabilidade social e paz e segurança duradouras”, combinando crescimento econômico de alta qualidade com governança baseada em lei, reforço da identidade cultural chinesa e integração entre os diversos grupos étnicos de Xinjiang. O relatório descreve avanços em infraestrutura, combate ao terrorismo e abertura comercial, além de metas para consolidar a coesão nacional.
<h1>Principais pontos do white paper</h1>
<h2>Estabilidade e segurança</h2>
O white paper afirma que Xinjiang passou por uma “transformação histórica de caos para estabilidade”, com medidas regulares de contraterrorismo e prevenção de riscos, sustentadas por marcos legais nacionais. Também descreve contramedidas a sanções externas relacionadas à região. Entre as prioridades, estão manter a ordem pública, prevenir o extremismo e garantir que as ações de segurança ocorram dentro do Estado de Direito.
<h2>Diretrizes do PCCh para a “nova era”</h2>
As diretrizes — apresentadas como um sistema de princípios e requisitos — incluem:
<ul>
 <li>&nbsp;Planejamento estratégico nacional para Xinjiang, dada sua posição geopolítica e econômica;</li>
 <li>&nbsp;Meta-síntese de estabilidade social e segurança duradoura;</li>
 <li>&nbsp;Centralidade do povo, com políticas que busquem apoio social e melhoria de vida;</li>
 <li>&nbsp;Fortalecimento do senso de “nação chinesa como uma só comunidade”, com estímulo à convivência e integração;</li>
 <li>&nbsp;Religiões em conformidade com a realidade chinesa, sob proteção legal da liberdade de crença e combate ao extremismo;</li>
 <li>&nbsp;Desenvolvimento de alta qualidade, com ênfase em bem-estar;</li>
 <li>&nbsp;Liderança do Partido e consolidação de organizações de base.</li>
</ul>
<h2>Desenvolvimento econômico e abertura</h2>
O documento ressalta que o PIB regional superou RMB 2 trilhões em 2024, com urbanização acima de 60% e modernização industrial apoiada em agricultura mecanizada, energia (incluindo renováveis) e logística. Na abertura para o oeste, a região opera 19 portos e integra o China–Europe Railway Express, com mais de 16,4 mil trens de carga passando por Xinjiang em 2024, além da recente Zona Piloto de Livre Comércio da China (Xinjiang).
<h2>Cultura, integração e democracia local</h2>
O texto destaca ações para proteger patrimônio cultural (museus, sítios arqueológicos e bens imateriais), expandir serviços culturais e promover a língua chinesa padrão. Na esfera política, enfatiza a “democracia de processo integral”, com congressos populares e comitês consultivos (CPPCC) em múltiplos níveis e a manutenção do sistema de autonomia étnica regional conforme a Constituição.
<h2>Bem-estar: pobreza, emprego, saúde e educação</h2>
Segundo o white paper, Xinjiang erradicou a pobreza absoluta até 2020 e hoje direciona mais de 70% do orçamento público para políticas sociais. O documento relata expansão do emprego urbano, melhorias na rede de saúde (com centros regionais e telemedicina) e avanços educacionais — incluindo financiamento estudantil ampliado e 15 anos de ensino gratuito em áreas do sul de Xinjiang.
<h1>Contexto e leitura crítica</h1>
O white paper se apresenta como um balanço oficial das políticas do PCCh. Ao enfatizar estabilidade, crescimento e integração, o texto reforça a visão de que Xinjiang vive “o melhor período de sua história”, atribuindo resultados à liderança do Comitê Central do Partido. Ao mesmo tempo, reconhece pressões externas (sanções) e sustenta que respostas legais e econômicas foram adotadas. Trata-se, portanto, de um documento de política pública com narrativa governamental, e deve ser lido nesse escopo.

Novo documento com diretrizes para o Xinjiang

PCCh apresenta diretrizes para governar Xinjiang e lista avanços em estabilidade, desenvolvimento e direitos

247 – A empresa chinesa Bytedance anunciou neste sábado que seguirá avançando em seus trabalhos em conformidade com os requisitos legais da China e manterá o TikTok em operação para usuários norte-americanos. A notícia foi publicada pelo jornal chinês Global Times e divulgada em uma postagem no WeChat da companhia.
Segundo a nota, a Bytedance destacou que “aprecia a preocupação com o TikTok demonstrada pelos líderes dos dois países” e assegurou que continuará oferecendo o serviço ao grande número de usuários nos Estados Unidos. A companhia frisou que todo o processo de manutenção e adequação do aplicativo seguirá as determinações da legislação chinesa.
<h2>Importância estratégica do TikTok nos Estados Unidos</h2>
O TikTok, que já ultrapassa a marca de 170 milhões de usuários norte-americanos, tem sido alvo de intensos debates políticos e regulatórios em Washington. O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, tem questionado os vínculos do aplicativo com a China, levantando preocupações sobre privacidade de dados, segurança nacional e influência em processos democráticos.
Apesar das tensões, a posição divulgada pela Bytedance reforça a intenção de manter o aplicativo disponível no mercado norte-americano, destacando tanto sua relevância social quanto sua importância econômica. O comunicado buscou sinalizar confiança a usuários, investidores e autoridades de que a empresa seguirá dentro da legalidade, mas sem abrir mão de sua soberania em relação às leis chinesas.
<h2>Repercussões globais</h2>
A decisão de manter o TikTok nos Estados Unidos é acompanhada de perto em todo o mundo, já que a plataforma se tornou uma das principais redes sociais globais, especialmente entre o público jovem. Especialistas avaliam que o posicionamento da Bytedance é também um recado político: de um lado, mostra respeito à legislação chinesa; de outro, assegura ao público americano que a plataforma não será interrompida.
O impasse entre regulações nacionais e o alcance global das big techs deve seguir como tema central nos próximos meses, especialmente diante das eleições presidenciais americanas e da crescente competição tecnológica entre Estados Unidos e China.

Bytedance promete seguir leis chinesas e manter TikTok para usuários dos EUA

247 – O jornalista e analista Pepe Escobar analisou a transformação da China no seu programa Pepe Café, transmitido em seu canal no YouTube (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=EesZCdolFAg" target="_new">assista aqui</a>). Em relato feito diretamente do corredor de Gansu, no oeste chinês, Escobar destacou como o país conseguiu cumprir suas metas de desenvolvimento em ritmo “de trem-bala do século 21”, combinando expansão tecnológica, industrial e energética com preservação cultural e integração regional.
Segundo ele, o projeto Made in China 2025, lançado há dez anos, já superou grande parte dos objetivos traçados pelo governo chinês. “Eles já estão no topo em oito, falta apenas mais dois, onde estão chegando ao topo”, afirmou. Escobar lembrou que essa estratégia está diretamente conectada às Novas Rotas da Seda, iniciativa de integração lançada em 2013 pelo presidente Xi Jinping, que ampliou a conexão entre o leste e o oeste do país e fortaleceu a ligação com a Ásia Central.
<h2>Desenvolvimento e modernização no oeste chinês</h2>
Ao viajar por cidades como Dunhuang e Lanzhou, Escobar descreveu uma China profundamente eletrificada, com vastas áreas de painéis solares e turbinas eólicas que abastecem um parque industrial em expansão. Ele também relatou a modernização da infraestrutura ferroviária, com trens de alta velocidade cruzando desertos, montanhas e regiões industriais.
“O que você sente na prática e em movimento é o poder da China em desenvolvimento e como esses últimos 10 anos desde o Made in China 2025 foram cumpridos e já estão sendo ultrapassados”, observou.
<h2>A conexão entre passado e presente</h2>
Ao retraçar as antigas rotas da Seda, Escobar ressaltou o peso histórico e cultural da região, como as cavernas Mogao, em Dunhuang, que preservam arte budista desde o século VI. Para ele, essa viagem permite compreender como a China combina tradição milenar com modernização acelerada, consolidando-se como potência global em diferentes setores.
“É muito impressionante ver isso no microcosmo, não só no macrocosmo, nas grandes cúpulas e discursos, mas no dia a dia, pulando de uma cidadezinha a outra pelo trem de alta velocidade”, afirmou o analista. Assista:
<div class="embed-block"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/EesZCdolFAg?si=_Lxtobldz7UKmnie" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></div>

Ideias

China se desenvolve em ritmo de trem-bala do século 21, diz Pepe Escobar

247 – Um editorial do jornal chinês Global Times destacou, nesta sexta-feira (19), a importância da recente ligação telefônica entre o presidente da China, Xi Jinping, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo a publicação, que analisou o impacto do diálogo, a conversa representou um sinal positivo para a estabilidade global e para a calibragem do rumo das relações entre as duas maiores potências do planeta.
Durante o telefonema, Xi Jinping afirmou que “China e os EUA são totalmente capazes de ajudar-se mutuamente a ter sucesso e prosperar juntos para o bem dos dois países e do mundo inteiro”. Ele também apontou o caminho para que essa visão se concretize: “Ambos os lados precisam trabalhar duro e na mesma direção, de modo a realizar o respeito mútuo, a coexistência pacífica e a cooperação de ganhos compartilhados”.
<h2>Diplomacia de alto nível e peso estratégico</h2>
Segundo o Global Times, o diálogo foi pragmático, positivo e construtivo, consolidando-se como um dos acontecimentos mais relevantes da cena política internacional recente. Foi a terceira conversa entre os dois líderes apenas em 2025, após meses marcados por tensões tarifárias e disputas comerciais. O editorial ressalta que a diplomacia direta entre chefes de Estado tem desempenhado um papel “insubstituível” na condução da relação bilateral.
Xi Jinping recordou que “China e EUA foram aliados que lutaram ombro a ombro durante a Segunda Guerra Mundial” e destacou o convite feito às famílias dos “Tigres Voadores”, grupo de pilotos norte-americanos que atuaram ao lado da China contra o Japão, para as comemorações do 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa. Em resposta, Trump elogiou o desfile militar recente em Pequim, classificando-o como “fenomenal e bonito”.
<h2>Comércio, tecnologia e cooperação</h2>
Na área econômica, Xi Jinping ressaltou que as recentes consultas entre autoridades dos dois países refletiram “espírito de igualdade, respeito e benefício mútuo”. Ele defendeu que as diferenças comerciais devem ser tratadas por meio de diálogo e consulta, em busca de resultados que beneficiem ambos os lados.
Sobre a polêmica envolvendo o aplicativo TikTok, o presidente chinês disse que o governo de Pequim “respeita os desejos da empresa em questão” e espera que as negociações comerciais sejam produtivas, dentro das regras de mercado, respeitando as leis chinesas e levando em conta os interesses de ambos os países. Xi também enfatizou que os EUA devem “abster-se de impor restrições unilaterais” e oferecer um ambiente aberto, justo e não discriminatório para investidores chineses.
<h2>Reação dos mercados e impacto global</h2>
O editorial destacou ainda que, durante a ligação, os mercados reagiram com otimismo, levando as bolsas norte-americanas a subirem de forma expressiva, “provavelmente alcançando recordes históricos”. Isso reforça, segundo o texto, a expectativa internacional de que a cooperação entre China e EUA é preferível ao confronto.
A publicação afirma que a estabilidade da relação entre as duas maiores economias já transcendeu o âmbito bilateral, tornando-se uma garantia essencial para as cadeias globais de produção e fornecimento. “Uma relação estável e saudável entre China e EUA beneficia os povos de ambos os países e contribui para a prosperidade mundial”, destacou o editorial.
O Global Times conclui que a trajetória está definida, mas o essencial é a ação prática. “Somente ao trabalhar duro e na mesma direção é que as relações entre China e EUA poderão realmente caminhar para ajudar-se mutuamente a prosperar para o bem dos dois países e do mundo inteiro”, apontou o jornal.

As bandeiras dos EUA e da China são vistas nesta ilustração 

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