<a href="https://www.brasildefato.com.br/2025/09/20/guerra-nao-declarada-venezuela-pede-que-onu-apure-acoes-militares-dos-eua-no-caribe/">Brasil de Fato</a> - O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, anunciou que o país solicitou ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) o fim das ações militares dos Estados Unidos no Caribe. Para o governo venezuelano, a operação norte-americana representa uma “guerra não declarada”.
O pedido foi formalizado na sexta-feira (19) e comunicado pelo próprio ministro em seu canal no Telegram. “É fundamental que se respeite a soberania política e territorial da Venezuela e de toda a região caribenha”, afirmou.
No mesmo dia, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, disse: “É uma guerra não declarada, e já se pode ver como pessoas, sejam elas traficantes de drogas ou não, foram executadas no Mar do Caribe – executadas sem direito à defesa”.
Nos últimos dias, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que embarcações venezuelanas foram abatidas durante a operação militar conduzida por seu governo sob a justificativa de “combater o tráfico de drogas”. O anúncio intensificou a escalada de tensões na região.
Esta não é a primeira vez que a Venezuela recorre à ONU sobre o tema. No fim de agosto, o embaixador venezuelano na organização, Samuel Moncada, reuniu-se com o secretário-geral António Guterres para entregar uma carta do presidente Nicolás Maduro, pedindo medidas efetivas contra o que classificou como ameaça militar dos Estados Unidos no Caribe.

Redação Brasil 247

Uma arara voa perto de bandeira venezuelana no Palácio Federal Legislativo, em Caracas, Venezuela - 16/04/2024

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América Latina

Venezuela pede que ONU apure ações militares dos EUA no Caribe e denuncia "guerra não declarada"

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez neste sábado (20) um duro alerta ao governo da Venezuela. Segundo reportagem da agência <a href="https://www.reuters.com/world/americas/trump-warns-venezuela-take-back-prisoners-or-face-incalculable-price-2025-09-20/">Reuters</a>, o republicano afirmou que Caracas deve aceitar o retorno de todos os prisioneiros que, de acordo com ele, teriam sido enviados ao território norte-americano. Caso contrário, advertiu, “o preço que vocês pagarão será incalculável”.
A declaração foi feita por Trump em uma publicação em sua rede social, Truth Social, sem detalhar exatamente a quem se referia. O presidente disse apenas que parte dos detidos seria composta por pessoas oriundas de instituições psiquiátricas. Até o momento, não houve explicações adicionais sobre o tipo de ação que Washington poderia adotar em resposta.
A fala ocorre em um contexto de crescentes tensões diplomáticas entre os dois países. Nos últimos anos, Estados Unidos e Venezuela vêm trocando acusações em áreas como política migratória, sanções econômicas e cooperação internacional. A nova advertência de Trump acrescenta um capítulo de incerteza à já delicada relação bilateral.
Apesar do tom ameaçador, o governo norte-americano não apresentou dados que confirmem a presença desses prisioneiros no país, tampouco esclareceu como teria se dado o suposto envio por parte da Venezuela.

Otávio Rosso

O presidente dos EUA, Donald Trump - 14/08/2025

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Mundo

Trump ameaça Venezuela com consequências “incalculáveis” sobre retorno de prisioneiros

Reuters - O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, ofereceu-se para iniciar conversações diretas com a administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dias após o primeiro ataque dos EUA a um barco do país sul-americano que, segundo Trump, transportava traficantes de drogas.
Em uma carta a Trump que foi vista pela Reuters, Maduro rejeitou as alegações dos EUA de que a Venezuela desempenhava um grande papel no tráfico de drogas, observando que apenas 5% das drogas produzidas na Colômbia são enviadas através da Venezuela - das quais, segundo ele, 70% foram neutralizadas e destruídas pelas autoridades venezuelanas.
"Presidente, espero que juntos possamos derrotar as falsidades que têm manchado nosso relacionamento, que deve ser histórico e pacífico", escreveu Maduro na carta. "Essas e outras questões estarão sempre abertas para uma conversa direta e franca com seu enviado especial (Richard Grenell) para superar o ruído da mídia e as notícias falsas."
Ele observou que Grenell ajudou a resolver rapidamente as alegações anteriores de que a Venezuela estava se recusando a aceitar migrantes de volta, acrescentando: "Até o momento, esse canal tem funcionado perfeitamente."
Os voos de deportação duas vezes por semana que transportam migrantes ilegais de volta para a Venezuela continuaram ininterruptos apesar das greves nos EUA, disseram à Reuters fontes familiarizadas com o assunto.
A carta de Maduro foi datada de 6 de setembro, quatro dias após um ataque dos EUA a um navio que o governo Trump alegou, sem provas, estar transportando traficantes de drogas. O ataque matou 11 pessoas que, segundo Trump, eram membros da gangue Tren de Aragua e estavam envolvidas com o tráfico.
A Casa Branca não fez comentários imediatos.
No sábado, Trump redobrou sua campanha de pressão, alertando em uma postagem em sua plataforma Truth Social que a Venezuela deve aceitar o retorno de todos os prisioneiros que, segundo ele, a Venezuela forçou a ir para os EUA, ou então pagar um preço "incalculável".
Na sexta-feira, Trump anunciou pelo menos o terceiro ataque contra supostas embarcações de drogas da Venezuela, em meio a um grande reforço militar dos EUA no sul do Caribe, que inclui sete navios de guerra, um submarino nuclear e caças F-35.
O ataque matou "três homens narcoterroristas a bordo da embarcação", disse Trump, sem fornecer provas.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro 

Maduro se oferece para iniciar conversas diretas com enviado de Trump

247 - O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que o país realizou um ataque contra uma embarcação de tráfico de drogas em águas internacionais, resultando na morte de três pessoas a bordo.&nbsp;
A ação aumenta o clima de tensão com a Venezuela, porque os Estados Unidos deslocaram mais de 4.000 militares na região do Caribe, próxima à costa venezuelana. A gestão trumpista acusa o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de narcoterrorismo e também anunciou uma recompensa de até US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação dele.&nbsp;
“Por minhas ordens, o secretário de Guerra autorizou um ataque cinético letal contra uma embarcação vinculada a uma Organização Terrorista Designada que realizava narcotráfico na área de responsabilidade do Comando Sul dos EUA (USSOUTHCOM)”, declarou Trump em uma publicação nas redes sociais na noite de sexta-feira sobre o mais recente ataque.&nbsp;
“A inteligência confirmou que a embarcação transportava entorpecentes ilícitos e seguia por uma rota conhecida de narcotráfico, a caminho de envenenar americanos.”
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Leonardo Lucena

EUA renovam ataques a supostos "narcoterroristas" venezuelanos no Mar do Caribe (vídeo)

247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, elogiou nesta quinta-feira (18) a realização da Operação Caribe 200, exercício militar de grande escala promovido no Caribe venezuelano. Em discurso transmitido pela televisão, o mandatário destacou que a iniciativa busca garantir a soberania do país diante das ameaças intervencionistas dos Estados Unidos. As declarações foram divulgadas pela Telesur.
Segundo Maduro, o treinamento militar, com duração de 72 horas, simboliza a capacidade defensiva da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). O presidente frisou que a movimentação foi planejada como resposta direta às manobras norte-americanas em águas venezuelanas. “Temos a obrigação de nos defender e exercer a soberania, porque esses exercícios [dos EUA] são em águas venezuelanas”, afirmou.
Defesa e soberania
Durante o pronunciamento, Maduro ressaltou a participação ativa da FANB na execução da operação e pediu o apoio contínuo da população às forças militares. Para ele, o exercício marca uma etapa essencial de preparação estratégica. “Um processo maravilhoso ocorreu na Venezuela: preparação, exercícios, operações e, agora mesmo, em tempo real, no Caribe venezuelano, estamos desenvolvendo a Operação Caribe 200”, declarou.
O presidente reafirmou que o objetivo central é preservar a paz e a autodeterminação nacional. “O que queremos é soberania, paz, autodeterminação”, disse, ao rechaçar qualquer tentativa de ingerência externa.
Críticas a acusações internacionais
Maduro também contestou as narrativas de países e organizações que acusam a Venezuela de representar uma ameaça regional. Ele classificou essas versões como um “filme de Hollywood” destinado a justificar ações intervencionistas. Segundo o presidente, relatórios recentes de organismos como as Nações Unidas, a União Europeia e a Organização Mundial das Alfândegas rejeitaram essas acusações.
Em sua fala, o mandatário frisou que a cobiça internacional pelos recursos venezuelanos é o verdadeiro motivo por trás das pressões externas. Ele citou as maiores reservas de petróleo do mundo, a quarta maior reserva de gás e expressivos depósitos de ouro como principais alvos. “Por que você acha que eles querem nos bombardear e invadir a Venezuela? Porque eles nos amam tanto?” - questionou de forma irônica.&nbsp;
“A Venezuela brilhará por sua independência”
Apesar das tensões, Maduro garantiu que a Venezuela não será dominada por potências estrangeiras. “Isso não aconteceu, nem acontecerá. Está escrito que a Venezuela brilhará por sua independência e liberdade, e que haverá paz”, afirmou, reforçando sua confiança na resistência nacional frente às ameaças externas.
A Operação Caribe 200 funcionou como um alerta estratégico ao mundo, mostrando que o país está preparado para proteger seus recursos e manter sua soberania diante de possíveis intervenções.

José Reinaldo

Maduro destaca operação militar no Caribe em resposta a ameaças dos EUA

247 - A vice-presidenta da Venezuela, Delcy Rodríguez, agradeceu nesta quarta-feira (17) o apoio da Rússia diante da crescente ameaça militar dos Estados Unidos, destaca reportagem da Telesur.
A vice-presidenta se reuniu com o embaixador russo em Caracas, Sergei Melik-Bagdasarov.
O encontro ocorreu no contexto do Acordo de Parceria e Cooperação Estratégica, assinado em maio pelos presidentes Nicolás Maduro e Vladimir Putin. O pacto prevê a ampliação da cooperação bilateral em diferentes áreas, incluindo segurança e geopolítica.
<h3>Agradecimento público a Moscou</h3>
Rodríguez utilizou sua conta no Telegram para reiterar a importância do respaldo russo:
“Reiteramos nossa gratidão pelo apoio incondicional da Rússia à Venezuela diante da crescente ameaça do governo dos EUA. Defendemos a construção de um mundo pacífico onde prevaleça a autodeterminação dos povos”, escreveu a vice-presidente.
Em agosto, o governo russo já havia manifestado solidariedade a Caracas, rejeitando o uso da força como ferramenta de política externa e criticando a prática de intervenções militares e das chamadas “revoluções coloridas”.

Delsy Rodríguez, vice-presidenta da Venezuela 

Venezuela reforça relações com Rússia em meio a tensões militares com os EUA

247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, liderou nesta terça-feira (16), em Caracas, a instalação do Conselho Nacional de Soberania e Paz. O encontro reuniu 434 representantes de setores estratégicos da sociedade e teve como objetivo fortalecer a unidade nacional diante do aumento das ameaças externas, especialmente por parte dos Estados Unidos. As informações foram divulgadas pela Telesur e pela Imprensa Presidencial da Venezuela.De acordo com os organizadores, o novo conselho busca consolidar uma frente ampla para a defesa da soberania, promover ações diplomáticas e jurídicas, além de coordenar esforços em nível regional. O projeto retoma o Manifesto pela Soberania e a Paz, aprovado em agosto pela Assembleia Nacional, que reafirma a América Latina e o Caribe como uma zona de paz.
<h3>Ampla participação de setores sociais e políticos</h3>
A cerimônia contou com a presença de líderes governistas e opositores, além de representantes da sociedade civil. Entre eles estavam o governador opositor do estado de Cojedes, Alberto Galíndez, os políticos Luis Eduardo Martínez e Bernabé Gutiérrez, a reitora da Universidade de Carabobo, Jessy Divo de Romero, e Ítalo Atencio, presidente da Associação Nacional de Supermercados e Lojas de Autosserviço.
O presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, foi o primeiro a discursar e destacou o caráter plural do encontro: “É a união de milhões de almas venezuelanas que amam nosso território”. Ele ressaltou que a Venezuela alcançou a paz com “independência, coragem e liberdade”, defendendo que essa seja uma paz “para todos”.
Segundo os organizadores, o conselho será composto por representantes de diferentes setores: 18 do meio acadêmico, 48 da esfera política, 18 do campo cultural e intelectual, 17 ligados a organizações religiosas, 63 da Assembleia Nacional, 214 do setor econômico e 56 do setor social.
<h3>Oposição defende reconciliação e rejeita sanções</h3>
Durante sua fala, a reitora Jessy Divo de Romero defendeu a necessidade de diálogo entre diferentes correntes políticas. “É fundamental promover a reconciliação, o respeito e a tolerância ao pensamento diverso na defesa da soberania e da paz”, afirmou.
Já o governador Alberto Galíndez, também em representação da oposição, criticou as sanções internacionais e a interferência externa no país. “Essas políticas não trazem soluções duradouras, apenas geram pobreza”, declarou. Ele acrescentou que a experiência histórica mostra que “o único caminho para a prosperidade e a paz na Venezuela é a via pacífica e o voto como motor de mudança”.
<h3>Maduro reforça mobilização nacional</h3>
Nos últimos dias, Nicolás Maduro, em sua condição de comandante em chefe da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), reiterou a importância de declarar a Venezuela como zona de paz. O presidente rejeitou as narrativas e planos que buscam violar a soberania e a independência do país.
Entre as medidas recentes, Maduro anunciou a ativação das Unidades Comunais Milicianas nos 5.336 circuitos comunais do país, integradas ao Plano Independência 200. A estratégia envolve 15.751 bases populares de defesa integral, com foco em resistência ativa e permanente frente a ameaças externas.
A criação do Conselho Nacional de Soberania e Paz marca mais um passo na tentativa do governo venezuelano de ampliar o diálogo com setores da sociedade e consolidar uma frente comum contra pressões internacionais.

O Presidente Maduro instala o Conselho Nacional pela Soberania e Paz 

Venezuela instala Conselho Nacional de Soberania e Paz em resposta a pressões dos EUA

247 - O jornalista Breno Altman cobrou da esquerda brasileira nesta terça-feira (16) que preste solidariedade à Venezuela após o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, deslocar militares para a região do Caribe, próxima à costa venezuelana.&nbsp;
“A letargia na solidariedade à Venezuela não é só do governo Lula. Até agora o único partido a se mobilizar foi o PCO. O PT, o PCdoB, o PSOL, a chamada ‘esquerda radical’ - todos limitados a notas, quando muito, assim como movimentos populares, sindicais e estudantis. Até quando?”, escreveu o jornalista no X.
O governo Trump estimou que pelo menos 4 mil militares se desloquem para a costa da Venezuela. Nesta terça, os EUA afirmaram que ao menos três embarcações já haviam sido atacadas por forças norte-americanas por suposta ligação com o narcotráfico venezuelano.
Os Estados Unidos alegam que a medida é necessária para combater o narcoterrorismo e também anunciaram uma recompensa de até US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) por informações que levem à prisão ou à condenação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
No mês passado, a vice-presidenta venezuelana, <a href="https://www.brasil247.com/americalatina/delcy-rodriguez-responde-as-ameacas-de-trump-o-verdadeiro-cartel-de-drogas-fica-nos-eua#google_vignette">Delcy Rodríguez</a>, respondeu ao diretor da DEA, Terry Cole, após acusações de que o país sul-americano teria vínculos com o narcotráfico. “A DEA é o maior cartel de drogas que existe no mundo”, denunciou a integrante do governo Maduro.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">A letargia na solidariedade à Venezuela não é só do governo Lula. Até agora o único partido a se mobilizar foi o PCO. O PT, o PCdoB, o PSOL, a chamada “esquerda radical” - todos limitados a notas, quando muito, assim como movimentos populares, sindicais e estudantis. Até quando?&mdash; Breno Altman (@brealt) <a href="https://twitter.com/brealt/status/1968075735677145132?ref_src=twsrc%5Etfw">September 16, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<h2>Petróleo</h2>
O narcotráfico não é o único motivo para o deslocamento de militares norte-americanos para a região próxima à costa venezuelana. O país sul-americano tem as maiores reservas comprovadas de petróleo do planeta, segundo levantamento divulgado pelo site World Atlas, referente a 2024.&nbsp;
O recurso energético, que historicamente está no centro das disputas geopolíticas, é também um dos principais fatores de tensão nas relações entre Caracas e Washington. De acordo com os números, a Venezuela ocupa a liderança absoluta, com 300,9 bilhões de barris. Na segunda posição está a Arábia Saudita, com 266,5 bilhões, seguida pelo Canadá, com 169,7 bilhões.&nbsp;
Na sequência apareceram Irã (157,8 bilhões), Iraque (150 bilhões), Rússia (103,2 bilhões), Kuwait (101,5 bilhões), Emirados Árabes Unidos (97,8 bilhões), Estados Unidos (48,5 bilhões) e Líbia (48,4 bilhões).
O Brasil figura mais abaixo na lista, em 15º lugar, com 16,2 bilhões de barris – volume que representa aproximadamente 1% das reservas mundiais.

Brasil

Breno Altman cobra da esquerda posicionamento em defesa da soberania da Venezuela

247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta segunda-feira (15) que os Estados Unidos buscam justificar “um incidente militar e um ataque contra a Venezuela” a partir de “puras mentiras”, após novo episódio de hostilidade de militares norte-americanos no sul do Caribe.
“Por que eles [EUA] estão lutando? Eles não estão lutando pela paz. Eles usam como desculpa puras mentiras, como demonstraram os dados da União Europeia, da Organização Mundial contra o Crime e o Delito da ONU, da própria DEA e da Organização Mundial de Aduanas. Puras mentiras contra a Venezuela. E, com mentiras, fabricar um dossiê que justifique uma escalada, que justifique um incidente militar e que justifique um ataque contra a Venezuela, um ataque criminoso”, afirmou Maduro em coletiva de imprensa com veículos nacionais e internacionais.
<h2>“Não é tensão, é agressão”</h2>
Maduro ressaltou que, ao contrário do que dizem manchetes da imprensa sobre tensões com Washington, a Venezuela está sendo alvo de uma “agressão” multifacetada.
“Não é uma tensão, é uma agressão em toda a linha. É uma agressão judicial, quando nos criminalizam; é uma agressão política, com suas declarações ameaçadoras diárias; é uma agressão diplomática; e é uma agressão em curso de caráter militar”, destacou.
No fim de semana, um barco pesqueiro venezuelano foi interceptado por um destróier norte-americano em águas da Zona Econômica Exclusiva do país. Os tripulantes ficaram detidos por mais de oito horas, o que levou Caracas a classificar o episódio como um “assalto ilegal”.
Na véspera, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, também denunciou o constante sobrevoo de aviões norte-americanos próximos à costa venezuelana, que, segundo ele, frequentemente descumprem normas operacionais por não notificarem o plano de voo, o que poderia provocar acidentes.
No domingo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi questionado sobre a possibilidade de ordenar ataques ao território continental da Venezuela sob o pretexto do combate ao narcotráfico. “Vamos ver o que acontece”, respondeu.
Nesta segunda-feira, o governo da China criticou as ações norte-americanas no Caribe, afirmando que “ameaçam a paz e a segurança regionais, violaram gravemente a soberania, a segurança e os direitos legítimos de outros países e infringiram o direito internacional”.
<h2>Escalada de tensões</h2>
Desde agosto, a administração do presidente Donald Trump tem elevado o tom contra Caracas, após relatos da imprensa internacional sobre o envio de forças militares dos EUA ao Caribe sul para supostamente combater cartéis de drogas.
A procuradora-geral dos EUA, Pamela Bondi, chegou a dobrar a recompensa por informações que levassem à captura de Nicolás Maduro, sob a acusação, rejeitada por Caracas, de liderar um “cartel de narcotráfico”.
Segundo o governo venezuelano, a verdadeira intenção de Washington é forçar uma mudança política no país a fim de controlar seus recursos naturais. Como resposta, Maduro convocou alistamento voluntário na Milícia Bolivariana para a defesa da soberania nacional.
Apesar do aumento das fricções, Maduro afirmou estar aberto ao diálogo com Donald Trump, desde que não seja imposta a chamada “diplomacia das canhoneiras”, atribuída ao secretário de Estado, Marco Rubio.
O Pentágono, por sua vez, acusou a Força Aérea venezuelana de sobrevoar “próximo a um navio da Marinha dos EUA em águas internacionais”, chamando o ato de “provocador” e alegando que buscava interferir em operações “contra o narcoterrorismo”. Em seguida, Trump ameaçou derrubar aviões venezuelanos caso colocassem os EUA “em posição perigosa”.
Diante desse cenário, Maduro declarou que, se o país for alvo de agressão, passará à luta armada. Ele ainda advertiu que Washington “deve abandonar seu plano de mudança violenta de regime na Venezuela e em toda a América Latina e o Caribe”.
<h2>"Batalha pela verdade"</h2>
Maduro também instou a imprensa internacional a contar a verdade sobre a Venezuela. Ele afirmou que os meios de comunicação “têm que fazer um grande esforço ético para mostrar a verdade; neste caso, a verdade da Venezuela, um país pacífico, que com dedicação e trabalho tem avançado”.
E destacou: “Ninguém nos deu de presente a independência, nem a nossa identidade, nem a nossa República; pelo contrário, conquistamos tudo isso com empenho”.
O presidente venezuelano também classificou que as pressões militares dos EUA contra seu país representam uma "batalha pela verdade".&nbsp;
Maduro destacou que seu país está em “uma batalha pela verdade, para preservar a paz”. E acrescentou: “Há cinco semanas fomos ameaçados com navios lançadores de mísseis, um submarino nuclear e a intenção de invasão e ocupação do nosso território”.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><a href="https://twitter.com/hashtag/ENVIVO?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#ENVIVO</a> | &quot;Hemos unido al pueblo venezolano, lo hemos empoderado, entrenado y preparado para defender nuestra verdad desde cualquier rincón, calle e isla de nuestro país&quot; proclama el presidente de <a href="https://twitter.com/hashtag/Venezuela?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Venezuela</a>, Nicolás Maduro <a href="https://t.co/6oMv0riYeD">pic.twitter.com/6oMv0riYeD</a>&mdash; teleSUR TV (@teleSURtv) <a href="https://twitter.com/teleSURtv/status/1967639692003905766?ref_src=twsrc%5Etfw">September 15, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
(Com agências)

Leonardo Sobreira

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - 15 de setembro de 2025

Maduro denuncia que, com mentiras, os EUA tentam justificar um ataque contra a Venezuela

247 - O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, denunciou neste domingo (14) um aumento expressivo nas operações ilegais de inteligência e reconhecimento realizadas pelos Estados Unidos na região do Caribe. Segundo o general, as incursões aéreas violam normas internacionais e representam uma provocação direta contra a soberania do país.
De acordo com reportagem da Telesur, Padrino López afirmou que desde agosto houve uma triplicação das missões de espionagem, com aviões norte-americanos operando não apenas durante o dia, mas também à noite e nas primeiras horas da manhã. “Essas aeronaves entram sem notificação de plano de voo e atravessam a região de informação de Caracas sem autorização, o que pode gerar acidentes aéreos em nosso Caribe”, alertou.
<h3>Intensificação das operações militares</h3>
O ministro detalhou que entre as aeronaves identificadas estão o RC-135, utilizado para coleta de informações eletrônicas em tempo real, o Boeing KC-135 Stratotanker, especializado em reabastecimento aéreo, e o E-3 Sentry, equipado com sistemas de alerta e controle aéreo. Segundo ele, essas incursões permitem que os EUA alcancem até mesmo o território interno da Venezuela.
“Estamos preparados para cada um desses voos militares dos EUA. Sabemos o que estão fazendo, sabemos o desdobramento que têm no Mar do Caribe, com a plena intenção de semear a guerra”, declarou Padrino López, acusando a administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tentar justificar um plano de intervenção militar para derrubar o governo de Nicolás Maduro.
<h3>Incidente com embarcação pesqueira</h3>
O ministro também relatou um episódio ocorrido na sexta-feira envolvendo o destróier norte-americano USS Jason Dunham (DDG-109), que teria agredido o barco pesqueiro venezuelano Carmen Rosa, tripulado por nove pescadores de atum. A embarcação estava a 48 milhas náuticas da Ilha La Blanquilla, dentro da Zona Econômica Exclusiva do país.
Padrino López manifestou solidariedade aos pescadores e assegurou que o governo garantirá sua proteção: “Não caiam no terror, os pescadores de Venezuela têm a proteção do governo bolivariano, do presidente da República e nós vamos acompanhar nossos pescadores para que exerçam sua atividade produtiva de pesca, devidamente autorizada, em nossos mares e águas jurisdicionais, e os vamos proteger”.
<h3>Advertência a governos vizinhos</h3>
Em vídeo divulgado em seu canal no Telegram, o ministro lançou ainda uma advertência aos governos de Trinidad e Tobago e Guiana, acusando-os de colaborar com a estratégia de Washington. “Se nos atacarem a partir de seu território, vocês também receberão uma resposta, e isso em legítima defesa”, afirmou.A Venezuela vem denunciando nas últimas semanas o crescente desdobramento militar dos Estados Unidos no Caribe, classificando-o como uma ameaça grave à paz regional e uma violação ao estatuto de Zona de Paz estabelecido pela CELAC em 2014.

Vladimir Padriño López, ministro da Defesa da Venezuela

Venezuela denuncia EUA por intensificar operações de espionagem em seu território

247 - O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, denunciou em coletiva de imprensa que aviões militares dos Estados Unidos têm intensificado sua presença próxima ao espaço aéreo venezuelano. Segundo ele, as aeronaves norte-americanas estariam violando protocolos internacionais de segurança ao não apresentarem planos de voo, o que, segundo o governo venezuelano, eleva o risco de acidentes.
De acordo com Padrino López, os patrulhamentos que antes ocorriam em horários diurnos passaram a ser realizados também durante a noite e a madrugada. Ele acrescentou que, apenas em agosto, o número de operações de inteligência e reconhecimento contra o país triplicou.
<h3>Tipos de aeronaves detectadas</h3>
Na conferência, o ministro afirmou que a noite de sábado foi marcada pela detecção de diferentes aeronaves militares norte-americanas. Entre elas, estariam aviões de inteligência, tanques aéreos para reabastecimento em pleno voo e modelos RC-135, utilizados para coleta de dados em tempo real em até 200 milhas de distância.
Padrino também mencionou a presença do Boeing E-3 Sentry, um sistema de alerta e controle aerotransportado, e do Boeing P-8 Poseidon, especializado em patrulhamento marítimo. Para Caracas, esse tipo de operação evidencia um esforço dos Estados Unidos para aumentar sua capacidade de monitoramento no Caribe.
<h3>Reação do governo venezuelano</h3>
O governo da Venezuela acusa Washington de usar essas manobras como parte de uma estratégia para pressionar por mudanças políticas internas e, ao mesmo tempo, visar o controle de seus recursos naturais.
Em resposta, o presidente Nicolás Maduro convocou voluntários para se alistarem na Milícia Bolivariana, braço auxiliar das Forças Armadas, reforçando a defesa da soberania nacional diante do que chamou de “ameaça externa”.

Luis Mauro Filho

Venezuela denuncia aumento de voos militares dos EUA próximos às suas costas

247 - A vice-presidenta da Venezuela, Delcy Rodríguez, exigiu neste sábado (13), que os Estados Unidos cessem de imediato as ações de assédio militar contra o país e seus pescadores. A declaração foi divulgada em seu canal no Telegram e repercutida pela Telesur. A declaração foi feita após um incidente envolvendo a Marinha norte-americana, que atacou uma embarcação pesqueira venezuelana dentro da Zona Econômica Exclusiva (ZEE).
Um navio de guerra dos EUA interceptou e ocupou um barco de pesca com nove tripulantes, operação que Caracas classificou como uma violação direta da soberania nacional. Rodríguez acusou Washington de manter uma política de perseguição militar e econômica contra a população venezuelana.
Em sua manifestação, Delcy Rodríguez foi categórica ao denunciar a ação norte-americana:
"O governo dos EUA deve cessar imediatamente sua vergonhosa perseguição militar à Venezuela e sua perseguição aos nossos pescadores", afirmou.
Ela ainda destacou que a pressão externa não irá dobrar o país:
"A Venezuela jamais se renderá e, em nenhuma circunstância, unida na unidade nacional, defenderá seu sagrado direito à paz".
A dirigente venezuelana também ressaltou que a ofensiva militar se soma aos “danos e perdas suficientes” provocados pelo “bloqueio econômico criminoso” imposto por Washington.

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