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      Motta critica Eduardo Bolsonaro por atuar nos EUA contra o Brasil: "ninguém pode concordar"

      Presidente da Câmara diz que Eduardo Bolsonaro pode defender suas ideias, mas não deve agir contra o interesse nacional: "isso não pode ser admitido"

      Hugo Motta (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou duramente o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está licenciado e nos Estados Unidos. Segundo Motta, as tratativas do parlamentar com autoridades estadunidenses contribuíram para o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump ao Brasil, medida que aumentou as taxas de importação sobre produtos brasileiros. “Ninguém pode concordar” com esse tipo de postura, afirmou o presidente da Câmara em entrevista à Veja nesta segunda-feira (11).

      Motta ressaltou que cada deputado tem autonomia para defender suas posições, mas condenou ações que possam gerar prejuízos ao Brasil. “Eu não posso concordar com a atitude de um parlamentar que está fora do país trabalhando muitas vezes para que medidas cheguem ao seu país de origem e tragam danos à economia do seu país. Isso não pode ser admitido”, declarou.

      O presidente da Câmara também afirmou que, embora Eduardo Bolsonaro possa defender politicamente suas crenças e até a inocência de Jair Bolsonaro (PL), não deveria agir contra o interesse nacional. “Ninguém pode concordar em ter seu país sendo prejudicado pela atitude de um parlamentar”, reforçou.

      Sobre o impacto das sobretaxas, Motta disse que a Câmara está mobilizada para tentar reduzir seus efeitos. “Estamos de prontidão para garantir que esses danos possam ser diminuídos”, afirmou.

      Na entrevista, Motta também abordou o motim feito por parlamentares bolsonaristas na última sexta-feira (8). Motta encaminhou à Corregedoria Parlamentar denúncias contra 14 deputados de oposição que participaram de um protesto que obstruiu o plenário por cerca de 30 horas, impedindo a realização de sessões. A decisão foi tomada durante reunião da Mesa Diretora. Entre os citados estão Marcel Van Hattem (Novo-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Júlia Zanatta (PL-SC) e Zé Trovão (PL-SC), denunciados por PT, PSB e PSOL. Os parlamentares podem ter seus mandatos suspensos por até seis meses.

      “O momento político é um dos mais complexos que estamos vivendo, por isso, temos de dialogar com ministro da Suprema corte, conversar com nossos colegas da casa vizinha, do Senado e internamente para manter a Câmara dos Deputados funcionando, manter a pauta do dia a dia sendo feita com responsabilidade, com assuntos que sejam de interesse da população brasileira e, claro, sempre buscando através do diálogo e vencendo a crise institucional que o país atravessa. Vamos seguir sempre colocando os interesses do país em primeiro lugar, de não negociar nossa democracia, nossa soberania, proteger nossa indústria, nossos interesses e empregos”, disse motta sobre a pressão dos parlamentares por anistia aos participantes dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023

      Motta avaliou que o cenário político atual exige diálogo com o Supremo Tribunal Federal, o Senado e outros parlamentares para preservar o funcionamento da Câmara e manter o foco em pautas de interesse da população. “Vamos seguir sempre colocando os interesses do país em primeiro lugar, de não negociar nossa democracia, nossa soberania, proteger nossa indústria, nossos interesses e empregos”, disse.

      Ainda segundo ele, há resistência ao tema da anistia aos golpistas dentro da Casa. “O que eu sinto aqui dentro do ambiente que converso, com o contato que tenho com os parlamentares, é que há uma certa dificuldade com anistia ampla, geral e irrestrita”, observou.

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