<p><b>SÃO PAULO (Reuters) -</b> A exportação de carne bovina do Brasil para a China, maior comprador do produto brasileiro, aumentou 38,3% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, para 187,34 mil toneladas, <a href="https://www.brasil247.com/agro/exportacao-de-carne-bovina-do-brasil-atinge-recorde-aponta-secretaria-de-comercio-exterior">colaborando para embarques totais recordes registrados pelo país no mês passado</a>, apontou nesta quarta-feira a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).</p>
<p>Os números do governo compilados pela Abrafrigo confirmam reportagem da Reuters com dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), de que a exportação brasileira de carne bovina atingiu um novo recorde em setembro.</p>
<p>De maneira geral, o Brasil tem exportado mais para novos e antigos mercados em meio a um rearranjo no comércio global diante das tarifas dos Estados Unidos. Os números mostram que a China tem garantido mais produto no mercado brasileiro em meio a uma "guerra tarifária" com os EUA. No mercado de soja, o país também está exportando volumes recordes, já que chineses estão evitando a oleaginosa norte-americana.</p>
<p>A demanda global pela carne do Brasil tem ajudado o país a contornar tarifas dos EUA impostas às importações do produto brasileiro, notou a Abrafrigo.</p>
<p>As exportações totais da indústria de carne bovina (incluindo carne in natura e industrializada, miudezas comestíveis e sebo, entre outros subprodutos) alcançaram, em setembro, receita de US$1,92 bilhão e embarque de 373.867 toneladas, alta de 49% em faturamento e 17% em volume frente ao mesmo mês de 2024, disse a associação.</p>
<p>"Esse forte desempenho ocorreu no segundo mês de vigência das taxas adicionais impostas a produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos, mostrando que o setor vem conseguindo superar com sucesso as adversidades e aproveitar novas oportunidades comerciais, compensando a queda nas vendas para o país norte-americano", afirmou a entidade em nota.</p>
<p>As vendas totais do setor de carne bovina brasileiro para os Estados Unidos, que ainda são o segundo maior mercado do Brasil no acumulado do ano, recuaram 41% em setembro, para US$102,9 milhões.</p>
<p>Em setembro, a União Europeia foi o segundo maior destino da carne bovina brasileira, principalmente por compras de países como Itália, Holanda e Espanha. As receitas geradas somaram US$131,7 milhões (+106% em relação a setembro de 2024), e embarques de 15.322 toneladas (+83%).</p>
<p>"Além disso, os países da União Europeia também remuneram melhor o produto brasileiro, com preço médio que alcançou US$8.739 por tonelada de carne bovina in natura em setembro de 2025", disse a Abrafrigo.</p>
<p>No acumulado do ano até setembro, as vendas para o bloco europeu somaram US$676 milhões (+63,5%), com embarques de 83.679 toneladas (+44,4%), o que coloca a UE como o terceiro maior comprador da carne bovina brasileira.</p>
<p>Segundo a Abrafrigo, de janeiro a setembro, 130 países elevaram as suas compras de carne bovina brasileira, enquanto 48 reduziram.</p>

Guilherme Paladino

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Agro

Exportação de carne bovina do Brasil à China cresceu 38% em setembro

<p><b>247 - </b>O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (7) que ainda é cedo para definir os próximos passos nas relações entre Brasil e Estados Unidos. A declaração foi feita após o telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente estadunidense, Donald Trump.&nbsp;</p>
<h2>“Vamos aguardar um pouquinho”, diz Alckmin</h2>
<p>&nbsp;“Vamos aguardar um pouquinho. O telefonema do presidente Lula e do presidente Trump foi ontem, foi muito bom, vamos aguardar agora os próximos passos”, disse Alckmin após uma reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de acordo com o <a href="https://www.estadaoconteudo.com.br/home.htm?rfelmano%20de%20freitas%20rea%20Time">Estadão Conteúdo</a>. O contato entre Lula e Trump foi visto como um passo relevante para destravar pautas econômicas e ambientais que vinham sendo discutidas de forma indireta.</p>
<h2>Haddad prevê diálogo técnico antes de encontro presidencial</h2>
<p>Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as conversas entre Brasil e Estados Unidos devem avançar primeiro em nível ministerial. Segundo ele, o governo estuda a possibilidade de uma reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, durante sua viagem a Washington na próxima semana.“Essa aproximação é importante para alinhar visões sobre investimentos e comércio”, disse Haddad em declaração anterior.</p>

Brasil

Alckmin pede cautela sobre próximos passos nas relações com os EUA

<p><b>247 -</b> O governo brasileiro avalia que a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação ao Brasil sofreu uma mudança significativa nas últimas semanas . Com isso, integrantes do Palácio do Planalto e do Itamaraty acreditam que o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, terá pouca margem de manobra para interferir nas negociações sobre tarifas e sanções contra autoridades brasileiras. As informações são do <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/10/07/linha-da-casa-branca-mudou-e-nao-tem-como-rubio-ir-contra-avalia-governo-brasileiro.ghtml">g1</a>.&nbsp;</p>
<p>Até o momento, Trump não indicou quais serão as contrapartidas exigidas para a flexibilização do chamado “tarifaço” e das sanções. A expectativa é que, nos próximos dias, o presidente americano se reúna com Rubio e defina oficialmente os parâmetros das negociações.</p>
<h2>Canal direto entre Lula e Trump destrava diálogo</h2>
<p>Marco Rubio, conhecido por seu perfil ideológico e crítico a governos de esquerda, além de ter histórico de interlocução com o bolsonarismo, era visto por analistas como um possível obstáculo às negociações. No entanto, fontes do governo brasileiro reforçam que “a única figura que dá a linha no governo americano é Donald Trump e que Rubio cumpre exatamente tudo aquilo que o presidente determina”.</p>
<p>Um auxiliar de Lula destacou que, durante o telefonema entre os presidentes, “essa troca de contatos mostra que o Rubio não vai ter como dar o tom dessa conversa”. Segundo ele, “Rubio e sua equipe pararam de postar coisas contra o Brasil, o que mostra certo enquadramento. É um indício de que a Casa Branca continuará conduzindo as negociações. Rubio não vai poder criar problema".</p>
<p>Fontes ouvidas pela reportagem ressaltaram que o telefonema entre Lula e Trump foi organizado diretamente pela Casa Branca, sem envolvimento do Departamento de Estado, reforçando a centralização da condução da política externa americana. Para viabilizar a ligação, a embaixada dos Estados Unidos no Brasil atuou como intermediária com o Palácio do Planalto.</p>
<h2>Relação de Rubio com o Brasil</h2>
<p>Marco Rubio mantém relação de longa data com o chanceler Mauro Vieira, desde o período em que era senador e Vieira atuava como embaixador em Washington. Os dois se encontraram presencialmente em julho deste ano e têm mantido contatos por mensagens. Apesar disso, apoiadores de Bolsonaro se comunicam com integrantes do segundo escalão do Departamento de Estado e outros órgãos, sem contato direto com Rubio.</p>
<h2>Fatores da mudança de postura de Trump</h2>
<p>O governo brasileiro aponta três fatores que explicam a mudança de postura do presidente americano: a atuação diplomática brasileira, a pressão do setor privado e a percepção de que a tática de pressionar o Judiciário brasileiro não surtiu efeito.</p>
<p>Fontes do Palácio do Planalto ressaltam que bolsonaristas tentaram convencer Trump de que haveria forte mobilização contra o governo Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF), o que poderia favorecer o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) ou até mesmo a aprovação de uma anistia. Nada disso se concretizou. O debate sobre anistia e redução de penas para os condenados pela trama golpista no Congresso perdeu força, enquanto a imagem do governo Lula foi fortalecida.</p>
<h2>"Cavalo de pau"</h2>
<p>Um diplomata brasileiro afirmou que “eles não têm como dar um 'cavalo de pau' no tarifaço, mas estão criando as condições para recuar. Pode demorar, se estender até as eleições de 2026, mas pode ser que no curto prazo já haja algum alívio”, referindo-se à possibilidade de Trump ampliar a lista de produtos brasileiros sem incidência da sobretaxa de 50%.</p>

Paulo Emilio

O presidente dos EUA, Donald Trump, com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio

Trump redefine relação com o Brasil e enquadra Rubio, avalia Planalto

<p><b>247 - </b>O Brasil pode ter ganhos significativos com o avanço das negociações comerciais com os Estados Unidos, segundo análise da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta segunda-feira (6). O estudo da entidade foi realizado após a conversa telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e destaca 1.908 produtos listados na Ordem Executiva de 5 de setembro, abrangendo tarifas recíprocas de 10% e medidas setoriais. Segundo a coluna <a href="https://veja.abril.com.br/coluna/radar/a-avaliacao-da-cni-sobre-a-conversa-de-lula-e-trump-e-o-futuro-do-tarifaco/">Radar</a>, da revista Veja, a CNI avalia que “essa negociação pode abrir espaço para isentar 7,8 bilhões de dólares em exportações brasileiras aos EUA”.</p>
<h2>Tarifas adicionais e interlocutores das negociações</h2>
<p>Durante o diálogo, Lula solicitou a revogação da tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros. Para conduzir os próximos passos, o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, foram designados como interlocutores oficiais das tratativas.</p>
<h2>CNI reforça importância do avanço comercial</h2>
<p>O presidente da CNI, Ricardo Alban, avaliou que o momento representa um avanço concreto na retomada das negociações, reforçando a relação de respeito mútuo entre os dois países. “Para a indústria, é muito relevante esse avanço das tratativas. Desde o início, nós defendemos o diálogo, pautado pelo respeito e pela significância desta parceria bicentenária. Vamos acompanhar e contribuir com o que for possível”, afirmou Alban, de acordo com a reportagem. </p>

Indústria

Diálogo Lula-Trump pode aliviar exportações em US$ 7,8 bi, diz CNI

<p><b>247 - </b>A ligação telefônica feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira (6), pode ter impacto direto na agenda do Senado Federal. De acordo com a coluna do jornalista <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/ligacao-de-trump-a-lula-pode-adiar-votacao-no-senado">Igor Gadelha</a>, do Metrópoles, o telefonema abriu espaço para o governo brasileiro repensar o calendário de votação de um projeto que concede benefícios fiscais a setores afetados pelo tarifaço americano.</p>
<p>Antes do contato entre os dois líderes, os senadores se preparavam para votar, na quarta-feira (8/10), dois destaques que modificariam o texto-base da proposta — já aprovada em setembro — que retira da meta fiscal as despesas e renúncias fiscais resultantes das medidas contra o aumento das tarifas impostas pelos EUA.</p>
<h2>Planalto considera adiar votação após apelo de Lula a Trump</h2>
<p>Nos bastidores, integrantes do Palácio do Planalto reconhecem que o governo avalia adiar a votação no Senado. A decisão seria uma estratégia para aguardar o andamento das negociações diplomáticas entre os dois países, após Lula ter pedido pessoalmente a Trump a revogação das sobretaxas americanas.</p>
<p>A intenção, segundo assessores, é evitar que o Congresso avance antes que haja uma sinalização concreta da Casa Branca sobre a possibilidade de flexibilizar o tarifaço. Uma eventual reunião presencial entre Lula e Trump também está sendo cogitada.</p>
<h2>“O contato foi inicial”, dizem aliados do presidente</h2>
<p>Aliados de Lula confirmaram ao Metrópoles que “o contato entre os dois presidentes foi inicial”, e destacaram que é necessário acompanhar a evolução das conversas entre as diplomacias brasileira e norte-americana para um cenário mais definido.</p>
<p>Esses interlocutores avaliam que a ligação representa uma abertura de diálogo importante, mas alertam que ainda não há garantias de que os Estados Unidos recuarão nas tarifas impostas a exportadores brasileiros.</p>
<h2>Projeto fiscal busca compensar perdas com tarifaço</h2>
<p>O projeto em discussão é considerado estratégico para o governo Lula. Ele autoriza o aumento da participação em fundos garantidores, cria incentivos fiscais para exportadores prejudicados e ajusta a meta fiscal ao excluir despesas emergenciais resultantes do tarifaço.</p>
<p>A proposta é vista como parte essencial da resposta brasileira às medidas de Trump, que impactaram setores como o agronegócio e a indústria de base. O governo espera usar o texto para mitigar as perdas e reforçar a competitividade dos produtos nacionais.</p>
<h2>Expectativa é que negociações definam próximos passos</h2>
<p>Com o telefonema e a sinalização de diálogo direto entre os dois presidentes, o Planalto deve aguardar os próximos movimentos diplomáticos antes de retomar a votação. Caso as tratativas avancem, o adiamento poderá consolidar uma estratégia conjunta entre Itamaraty e Congresso para alinhar a política econômica à diplomacia.</p>
<p>Enquanto isso, o mercado e os setores exportadores acompanham de perto o desfecho, que pode redefinir a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos nos próximos meses.</p>

Economia

Após ligação entre Lula e Trump, Senado pode adiar votação sobre benefícios fiscais a empresas afetadas pelo tarifaço

<p><b>247 -</b> O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em <a href="https://imirante.com/noticias/sao-luis/2025/10/06/ipolitica-exclusivo-lula-fala-pela-1a-vez-sobre-a-conversa-dele-com-tump">entrevista</a> ao Grupo Mirante durante agenda oficial no Maranhão, que sua recente conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi “extraordinariamente boa” e abordou de forma ampla os principais problemas na relação bilateral entre os dois países.</p>
<p>De acordo com o presidente brasileiro, o diálogo ocorreu em tom amistoso e permitiu que ambos tratassem com franqueza da questão comercial, considerada por ele o ponto central da conversa.</p>
<blockquote>“Eu mostrei para ele que os Estados Unidos são superavitários em relação ao Brasil. Em 2024, por exemplo, o Brasil teve um déficit de mais de US$ 28 bilhões em bens e serviços. Por isso, disse que o melhor jeito de começar era falando de zerar as taxações”, declarou o presidente, segundo reportou a jornalista Carla Lima, do Grupo Mirante.</blockquote>
<p>Lula também disse ter pedido a Trump que reavaliasse punições e sobretaxas impostas a produtos e autoridades brasileiras, além de convidá-lo a conhecer o país pessoalmente.</p>
<blockquote>“Eu disse a ele que não sei o que disseram para ele sobre o Brasil, mas ele precisa saber da verdade. Precisamos conversar olho no olho”, afirmou.</blockquote>
<p>Durante a entrevista, concedida nesta segunda-feira (6), durante agenda oficial no Maranhão, Lula destacou que o Brasil e os Estados Unidos devem “ser exemplo para o mundo”, por se tratarem das “duas maiores democracias ocidentais”.</p>
<p>O presidente brasileiro também disse ter ficado surpreso com a cordialidade de Trump e revelou que os dois chegaram a trocar contatos pessoais após a conversa virtual.</p>
<p><i>A entrevista completa erá exibida nesta terça-feira (7), no programa Bom Dia Mirante, no quadro Bastidores.</i></p>

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos EUA, Donald Trump

Lula diz que conversa com Trump foi "extraordinariamente boa" e defende fim das tarifas

<p><b>247 - </b>O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com um tom afável e até carinhoso durante telefonema, segundo fontes do governo brasileiro ouvidas pelo <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/natuza-nery/post/2025/10/06/trump-afavel-carinhoso-dizem-fontes-governo-conversa-entre-presidentes.ghtml">g1</a>. A ligação durou cerca de 30 minutos e foi marcada por cordialidade e momentos de descontração. Fontes do governo afirmam que quem liderou a pauta foi Lula, aproveitando a conversa para pedir que Trump reavalie o chamado “tarifaço” e as sanções aplicadas a autoridades brasileiras.</p>
<h2>Conversa cordial </h2>
<p>“Trump mostrou-se muito diferente da imagem pública que se tinha dele. Não foi arrogante. Foi bem afável. Diria até carinhoso”, relatou um interlocutor que acompanhou a ligação.</p>
<p>O presidente brasileiro reforçou que não guarda mágoa e comentou que apenas três países do G20 têm déficit comercial com os Estados Unidos — Brasil, Austrália e Reino Unido.</p>
<h2>Trump não assumiu compromissos</h2>
<p>Apesar da cordialidade, Trump não assumiu compromissos diretos. Ele indicou que o Secretário de Estado, Marco Rubio, será responsável por conduzir as tratativas sobre tarifas, sanções e eventual encontro presencial entre os dois líderes.</p>
<h2>Momentos de descontração e boa "química"</h2>
<p>O diálogo também teve espaço para leveza. Lula brincou sobre o fato de ambos serem octogenários, e Trump respondeu: “Mais forte hoje do que quando tinha 40 anos”. Lula riu e concordou, destacando a boa “química” entre eles e a importância de Brasil e Estados Unidos encontrarem pontos em comum em temas de interesse mútuo.</p>
<h2>Bolsonaro não entrou na conversa</h2>
<p>Um ponto que chamou atenção dos auxiliares de Lula foi que Jair Bolsonaro (PL) não foi citado em nenhum momento durante o telefonema, apesar de o tarifaço ter sido motivado, em parte, pelo julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe. O ex-mandatário braileiro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tramar um golpe de Estado após ser derrotado no pleito presidencial de 2022. </p>

Trump surpreendeu Lula com tom afável e cordial, dizem interlocutores

<p><b>247 -</b> O vice-presidente Geraldo Alckmin disse nesta segunda-feira (6) que o presidente dos Estados Unidos, &nbsp;Donald Trump, designou seu secretário de Estado, Marco Rubio, como interlocutor oficial para tratar do tarifaço aplicado ao Brasil. A informação foi divulgada pelo próprio Alckmin, em relato à imprensa sobre a conversa por videoconferência entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).</p>
<p>Segundo Alckmin, o diálogo com o mandatário norte-americano foi "muito boa a conversa, melhor do que esperávamos". "O presidente Lula destacou a disposição do Brasil para o diálogo e para a negociação", completou o vice, de acordo com <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/10/06/alckmin-diz-que-trump-designou-marco-rubio-como-interlocutor-para-tarifaco-conversa-melhor-do-que-esperavamos.ghtml">O Globo.</a> Ele ainda afirmou que Lula pontuou que sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o cancelamento de vistos de autoridades brasileiras "deveriam ser rediscutidas".</p>
<h2>Próximos passos e possível encontro presencial</h2>
<p>Ainda não há previsão para uma nova conversa, mas Alckmin ressaltou que a troca de telefones entre Lula e Trump representa um sinal positivo de abertura ao diálogo. A ligação durou cerca de 30 minutos e ocorreu duas semanas após o encontro na Assembleia Geral da ONU, quando Trump já havia sinalizado que uma reunião bilateral seria marcada.</p>
<p>O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou do encontro virtual, avaliou a conversa como "positiva" do ponto de vista econômico. O diálogo telefônico abre caminho para um possível encontro presencial, que poderia ocorrer na Malásia, durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) no fim do mês. Auxiliares de Lula destacaram a importância de o primeiro contato acontecer em ambiente virtual, antes de avançar para uma reunião face a face.</p>
<h2>Restauração de relações bilaterais</h2>
<p>Em nota oficial, o governo brasileiro descreveu o contato como "uma oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente". O comunicado destacou ainda que o Brasil é um dos três países do G20 com superávit na balança de bens e serviços em relação aos Estados Unidos.</p>
<h2>“Química” entre os líderes</h2>
<p>O diálogo entre os presidentes começou a ser gestado na ONU, em 23 de setembro, quando Trump elogiou Lula — chamando-o de “um cara muito legal” — e afirmou que ambos haviam combinado uma reunião para discutir a relação bilateral. À época, Trump já havia anunciado um aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros, citando, entre outros motivos, supostas interferências do Judiciário brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.</p>
<p>Durante o breve encontro na ONU, Trump destacou a rapidez do contato: "Eu estava entrando (para discursar) e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu e nos abraçamos. Combinamos que vamos nos encontrar na próxima semana. Não tivemos muito tempo para conversar, uns 20 segundos. Em retrospecto, que bom que eu esperei, porque isso não tem funcionado bem (o diálogo com Lula), mas conversamos".</p>
<p>O presidente americano enfatizou ainda ter percebido "uma química" entre os dois: "Ele parecia um cara muito legal. Na verdade, ele gostou de mim, eu gostei dele. Eu só faço negócios com pessoas de quem eu gosto. Tivemos ao menos 39 segundos de uma química excelente". Lula, por sua vez, afirmou ter ficado surpreso com o gesto: "Eu fui surpreendido porque eu tinha acabado o meu discurso, eu já estava saindo, ia pegar minhas papeletas e ir embora, quando o Trump veio para o meu lado, sabe? Com uma cara muito simpática, muito agradável, sabe? E eu acho que pintou uma química mesmo".</p>

Alckmin: ‘conversa com Trump foi melhor que esperávamos’

<p><b>247 </b>- O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, classificou como “boa, amistosa e positiva” a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada na segunda-feira (6).</p>
<p>Segundo informações divulgadas pelo jornal <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/bela-megale/post/2025/10/conversa-entre-lula-e-trump-deixou-bolsonaro-de-fora-diz-celso-amorim.ghtml"><i>O Globo</i></a>, Amorim confirmou que o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro não foi mencionado durante o diálogo. “O nome (de Bolsonaro) não fez parte da conversa”, afirmou o assessor, destacando que o encontro virtual marcou uma retomada de aproximação diplomática entre os dois países.</p>
<h2><b>Diálogo será ampliado por equipes econômicas</b></h2>
<p>Amorim explicou que a comunicação entre os governos de Brasil e Estados Unidos continuará, agora com a participação de membros de alto escalão das áreas econômicas. “O diálogo terá continuidade e será conduzido por integrantes da área econômica dos dois governos”, disse.</p>
<p>Além de Amorim, participaram da videoconferência o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o chanceler Mauro Vieira. Do lado norte-americano, também estavam presentes representantes da equipe econômica da Casa Branca.</p>
<h2><b>Clima amistoso e planos para novo encontro</b></h2>
<p>Em nota oficial, o Palácio do Planalto informou que Lula e Trump relembraram a “boa química” entre ambos, demonstrada durante a Assembleia Geral da ONU, realizada duas semanas antes em Nova York. O texto afirma ainda que os líderes combinaram um encontro presencial, previsto para ocorrer na Malásia, durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).</p>
<p>A viagem do presidente Lula a Kuala Lumpur está programada para o dia 24 de outubro. O possível reencontro entre os dois chefes de Estado é visto por diplomatas como um passo importante na consolidação de uma nova fase de diálogo entre Brasília e Washington.</p>

Otávio Rosso

Mundo

Lula e Trump não citaram Bolsonaro em conversa, diz Celso Amorim

<p><b>247 - </b>Em uma videoconferência realizada nesta segunda-feira (6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o encontro entre os dois, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas em setembro, foi uma das “poucas coisas boas” que lhe aconteceram no evento. As ifnformações são da coluna da jornalista <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2025/10/trump-diz-a-lula-que-encontro-entre-eles-foi-uma-das-poucas-coisas-boas-da-onu.shtml">Mônica Bergamo</a>, da Folha de S.Paulo.</p>
<h2>Críticas de Trump à ONU</h2>
<p>Conhecido por seu ceticismo em relação à ONU, Trump voltou a expressar descontentamento com a instituição durante seu discurso na Assembleia. &nbsp;Na ocasião, &nbsp;ele reclamou até de questões práticas, mencionando que a escada rolante não funcionou quando ele e a primeira-dama norte-estadunidense, Melania Trump, precisaram utilizá-la.</p>
<h2>Conversa sobre tarifas e vistos</h2>
<p>Durante a conversa nesta segunda-feira, os líderes abordaram temas econômicos e diplomáticos. Lula chamou atenção para o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros e também para a suspensão dos vistos de sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). &nbsp;Trump não respondeu diretamente às observações feitas pelo presidente brasileiro.</p>
<h2>Relação bilateral e próximos passos</h2>
<p>Apesar das divergências, os dois presidentes reconheceram a importância estratégica de suas nações. Segundo a reportagem, ambos afirmaram que Brasil e Estados Unidos são os maiores países da América e até do Ocidente.</p>
<p>O diálogo terminou com o compromisso de &nbsp;que os temas tratados serão discutidos em detalhe entre as equipes de alto nível dos respectivos governos, mantendo aberto o canal diplomático entre os dois países.</p>

Trump diz a Lula que encontro entre eles foi "uma das poucas coisas boas" na ONU

<p>A conversa virtual entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada na manhã desta segunda-feira (6), marcou um importante passo para a reaproximação entre os dois países. O encontro, segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/10/06/conversa-entre-lula-e-trump-abre-caminho-para-encontro-presencial-que-podera-ser-na-malasia.ghtml">O Globo</a>, abre caminho para uma reunião presencial em território neutro, prevista para o fim do mês, na Malásia, durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).</p>
<h2>Ambiente controlado e cautela diplomática</h2>
<p>De acordo com auxiliares do Planalto, a decisão de realizar um primeiro contato virtual foi estratégica. Lula quis evitar qualquer exposição pública antes de um eventual encontro cara a cara, permitindo que o diálogo ocorresse em um ambiente “controlado e de alto nível técnico”.</p>
<p>De acordo com a reportagem, participaram da videoconferência os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social), além do vice-presidente Geraldo Alckmin, titular da pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio.</p>
<h2>Tensões comerciais e sanções dos EUA</h2>
<p>O diálogo ocorre em um contexto de forte tensão diplomática. Os Estados Unidos impuseram sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e abriram uma investigação baseada na Seção 301 do código comercial americano, sob alegação de “práticas desleais”.</p>
<p>Entre os pontos contestados por Washington estão o uso do Pix — considerado uma distorção de mercado —, o desmatamento na Amazônia, o contrabando na região da Rua 25 de Março, subsídios ao etanol, políticas fiscais para big techs e casos de corrupção que teriam afetado empresas americanas.</p>
<h2>Condições impostas por Trump e impasses judiciais</h2>
<p>Durante discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, há duas semanas, Trump antecipou a disposição de “negociar com o Brasil”, mas impôs condições: pediu a suspensão do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro (PL) e incluiu nomes de cidadãos brasileiros — entre eles o ministro Alexandre de Moraes — em uma lista de sanções.</p>
<p>Essas exigências complicam o avanço das tratativas, mas diplomatas avaliam que a retomada do diálogo é um passo necessário para conter a escalada da crise e reconstruir pontes entre os governos.</p>
<h2>Diplomacia e busca por equilíbrio</h2>
<p>Lula, contudo, tem enfatizado a importância do multilateralismo e do respeito à soberania nacional, posicionando o Brasil como um ator disposto a cooperar, mas sem abrir mão de sua autonomia.&nbsp;</p>
<h2>Expectativas para o encontro na Malásia</h2>
<p>Caso se confirme, o encontro presencial entre Lula e Trump na Malásia pode se tornar o momento mais simbólico de reaproximação diplomática entre Brasília e Washington desde o início das sanções.</p>

Retomada do diálogo entre Lula e Trump abre espaço para reunião presencial

<p><b>247 </b>- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou na manhã desta segunda-feira (6) com o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio às tensões comerciais entre Brasília e Washington. A videochamada, que durou cerca de 30 minutos, teve tom amistoso e tratou principalmente das novas tarifas impostas pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros.</p>
<p>O diálogo foi articulado ao longo do fim de semana por meio de tratativas entre o Itamaraty e a Casa Branca. Também participaram o vice-presidente Geraldo Alckmin e o chanceler Mauro Vieira. Segundo nota oficial divulgada pelo governo brasileiro, Lula afirmou que o encontro virtual representou “uma oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”.</p>
<p>Durante a conversa, o presidente brasileiro solicitou a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e o fim das restrições aplicadas contra autoridades do país. “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu telefonema do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. Em tom amistoso, os dois líderes conversaram por 30 minutos”, informa o comunicado. Ainda segundo a nota, Lula ressaltou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os EUA mantêm superávit na balança de bens e serviços.</p>
<p>Trump, por sua vez, designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar continuidade às negociações com o vice-presidente Alckmin, o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o chanceler Mauro Vieira. Os dois presidentes também acordaram em se encontrar pessoalmente em breve. Lula sugeriu que a reunião ocorra durante a Cúpula da ASEAN, na Malásia, e reforçou o convite para que Trump participe da COP30, que será realizada em Belém (PA), no próximo ano.</p>
<p>Fontes do Ministério das Relações Exteriores informaram que o governo brasileiro busca preservar o fluxo comercial e evitar retaliações mútuas. Para Lula, “o diálogo é essencial para manter abertos os canais de cooperação e defender os setores mais afetados pelas tarifas”, especialmente o de aço, alumínio e biocombustíveis.</p>
<p>A postura de cautela do Itamaraty reflete a complexidade da relação entre os dois países desde o retorno de Trump à Casa Branca. Diplomatas brasileiros avaliam que a imprevisibilidade do líder norte-americano exige prudência e planejamento nas conversas bilaterais. Ainda assim, o contato direto entre os presidentes é visto como um passo importante para reconstruir pontes diplomáticas e econômicas após meses de tensão.</p>
<p>O governo brasileiro encerrou a nota informando que Lula e Trump trocaram telefones pessoais “para estabelecer via direta de comunicação”.</p>

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