Lindbergh: ‘queremos a cassação imediata de Eduardo e a perda do mandato de Zambelli’

247 - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), defendeu nesta quarta-feira (13) a “cassação imediata” de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a “declaração da perda do mandato de Carla Zambelli (PL-SP) pela Mesa Diretora” da Câmara. Conforme sugeriu o petista, os deputados federais da extrema direita adotam condutas golpistas e desafiam a soberania brasileira. 

Em postagem publicada na rede social X, o deputado Lindbergh Farias também afirmou que recorreu à Procuradoria-Geral da República (PGR) para a “responsabilização penal dos envolvidos” no motim feito na semana passada por deputados bolsonaristas. 

O petista fez uma comparação entre a iniciativa dos aliados de Jair Bolsonaro (PL) na Câmara e os atos golpistas do 8 de Janeiro de 2023. “O motim de 6 de agosto, o 8 de Janeiro dos engravatados, foi um ato de abolição violenta do Estado Democrático de Direito”.

Parlamentares da oposição ao governo Lula pretendiam dificultar o andamento do funcionamento da Câmara. A ideia era priorizar a votação de uma possível anistia a Bolsonaro, que é réu no inquérito da trama golpista, cumpre medidas cautelares e está em prisão domiciliar. 

O líder do PT pediu punição a Eduardo Bolsonaro e a Carla Zambelli por ações golpistas. O filho de Bolsonaro faz articulações com o governo Donald Trump (EUA) para aplicar sanções ao Brasil, por conta da investigação do plano golpista. 

Já Carla Zambelli tinha fugido do país após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal a dez anos de prisão no inquérito que investigou a invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça. As investigações apontaram que os participantes do esquema pretendiam inserir no CNJ um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. 

Atualmente, a Justiça italiana analisa um pedido de extradição de Zambelli para o Brasil, enquanto o ministro do STF é alvo de sanções aplicadas pelos EUA, mas o juiz da Corte afirmou a interlocutores que a medida "não vai mudar nada" para ele, por não ter bens, contas bancárias ou investimentos sob jurisdição norte-americana.

Segundo Lindbergh, “o Brasil está sob ataque”. “Traidores da pátria articulam-se com o governo Trump, que já assinou ordem executiva para sancionar autoridades brasileiras. Aqui dentro, usam o Parlamento para tentar paralisar e constranger as instituições”, denunciou. 

“Nossa posição é firme: queremos a revisão do despacho da Mesa para aplicar o Ato 180/2025 e punir quem impediu o funcionamento do Parlamento. Somos contra a anistia a golpistas e a anistia a deputados com o fim do foro especial. O Brasil precisa avançar e o Parlamento tem que pautar a aprovação da isenção do IR para quem ganha 5 mil reais e a regulação das redes sociais para proteção de crianças no mundo digital”.