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      Alexandre Silveira diz que quer disputar o Senado por Minas com apoio de Lula

      Ministro de Minas e Energia afirma que deseja voltar ao Congresso em 2026 e garante lealdade a Lula: “serei escalado onde for mais útil”

      O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), manifestou o desejo de disputar uma das duas vagas ao Senado por Minas Gerais nas eleições de 2026. A declaração foi dada durante entrevista à Folha de S. Paulo, em que também reforçou seu alinhamento político com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

      “Se eu tivesse que escolher, eu gostaria muito de servir ao meu estado como senador da República”, afirmou. Apesar da intenção, Silveira destacou que seguirá o comando político do Palácio do Planalto: “reafirmo o meu compromisso de ser escalado pelo presidente Lula onde ele entender que eu serei mais útil para o seu projeto, para o projeto de país que ele representa”.

      Palanques em Minas em jogo - Com mais de 16 milhões de eleitores, Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país e se tornou peça-chave nas estratégias para 2026. A formação de uma frente competitiva no estado tem sido debatida por Lula e seus aliados. Uma das possibilidades cogitadas é a candidatura do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD) ao governo estadual, embora o parlamentar ainda não tenha oficializado sua intenção de concorrer.

      Para a disputa ao Senado, além de Silveira, estão cotados o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Setores do PT também cogitam lançar a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), mas a própria gestora já sinalizou que pretende concluir seu mandato na administração municipal.

      Silveira exerceu mandato como senador entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2023, ao assumir a vaga deixada por Antonio Anastasia, nomeado para o Tribunal de Contas da União (TCU). Tentou se reeleger em 2022, com apoio do PT, mas foi derrotado por Cleitinho Azevedo (Republicanos).

      Se quiser se candidatar novamente, o ministro terá que deixar o cargo até 4 de abril de 2026, conforme determina a legislação eleitoral.

      Divergências internas no PSD - O caminho de Silveira dentro do PSD, no entanto, é atravessado por disputas internas. Apesar de integrar o governo Lula com três ministérios —além de Silveira, André de Paula (Pesca) e Carlos Fávaro (Agricultura)—, o partido apresenta divisão no Congresso, com parte significativa da bancada apoiando a direita.

      Silveira minimiza a cisão e afirma que a maioria da legenda está ao lado de Lula. “A maior parte do partido em estados importantes e estratégicos” apoia a reeleição do presidente, disse, citando os senadores Otto Alencar (BA), Omar Aziz (AM), Carlos Fávaro (MT) e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

      Sobre a liderança partidária, Silveira elogiou Gilberto Kassab: “é natural que um partido desse tamanho tenha suas diferenças internas. Agora, nós temos o maior líder partidário desse país, que é o presidente Gilberto Kassab. Ninguém sabe construir tanto convergência e entendimento quanto Kassab”.

      No entanto, Kassab tem dado sinais de distanciamento em relação ao governo federal. Além de apoiar publicamente uma possível candidatura do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), à Presidência da República, Kassab é um dos principais auxiliares de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, aliado de Jair Bolsonaro (PL).

      Em Minas Gerais, o PSD ainda não definiu seu rumo. No plano estadual, a legenda mantém aliança com o governador Romeu Zema (Novo), adversário de Lula. O nome mais cotado para a sucessão mineira no grupo governista é o vice-governador Mateus Simões (Novo), com quem dirigentes do PSD chegaram a discutir possível filiação. Simões, porém, tem posição abertamente hostil ao presidente Lula.

      Recentemente, Simões chegou a declarar que Lula deveria ser “extirpado da história” de Minas. A fala provocou reação imediata de Silveira, que a classificou como “um contrassenso e um gesto de oportunismo”.

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