Magda Chambriard é "irretocável" e equilibra interesses do país e de investidores na Petrobras, diz Silveira
Ministro de Minas e Energia elogia gestão da presidente da estatal e afirma que, ao contrário do passado, há hoje estabilidade e diálogo com o governo
247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), elogiou publicamente a atuação da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmando que sua gestão tem sido exemplar na conciliação entre os interesses dos investidores privados e os compromissos da empresa com o desenvolvimento do Brasil. Em entrevista publicada pela Folha de S. Paulo, Silveira definiu como “irretocável” a atuação da executiva à frente da estatal.
A avaliação contrasta com o período anterior da companhia, sob a presidência de Jean Paul Prates, quando o ministro protagonizou embates públicos com a direção da empresa. Silveira reconheceu as divergências e reiterou que sua postura estava alinhada ao que foi prometido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha de 2022: ampliar os investimentos da Petrobras, especialmente em áreas estratégicas como fertilizantes e gás natural.
“Eu não tinha uma relação difícil com o presidente Jean-Paul. Na verdade, havia uma discordância natural de um programa que o presidente Lula se comprometeu na campanha”, afirmou. “Aumentar os investimentos da Petrobras em fertilizantes, aumentar a capacidade da Petrobras, ampliar o fornecimento de gás para o Brasil”.
Com a chegada de Magda Chambriard à presidência da Petrobras, Silveira aponta uma mudança significativa no clima institucional. Ele ressalta a experiência da engenheira e destaca a liderança feminina no comando da estatal.
“Hoje, com a presidenta Magda, nós temos muito mais estabilidade. Ela tem um diálogo permanente”, disse. “É uma pessoa que tem muita experiência e, por ser mulher, levou o tom e a autoridade própria da mulher para a direção da Petrobras, trouxe outras duas diretoras muito experientes que vêm dando muitas alegrias na área de exploração e produção da companhia”.
Projeto em Sergipe e alinhamento estratégico com o governo - O ministro também citou como exemplo do bom relacionamento atual o diálogo da presidente com outras áreas do governo, como a Casa Civil, sobre investimentos no estado de Sergipe. A região é vista pelo Planalto como modelo para uma nova abordagem regulatória do setor de gás.
Apesar de críticas sobre possíveis atrasos no projeto Sergipe Águas Profundas (Seap), Silveira descartou qualquer motivação política ou sabotagem por parte da estatal, atribuindo os ajustes no cronograma a critérios técnicos.
“Não há essa maldade da Petrobras. Eu ouvi isso [que a estatal adia propositalmente o projeto], mas conheço bem a personalidade da presidenta Magda e posso afirmar que ela concilia os interesses da empresa com os interesses nacionais. Ela mantém pulso firme no interesse do investidor, tem extrema responsabilidade com a gestão. Mas ela compreende que a Petrobras é uma empresa de controle do governo, que deve servir também aos interesses do país, ao interesse do povo brasileiro”.
Segundo ele, os eventuais adiamentos, como os citados no Seap, não resultam de decisões políticas ou meramente administrativas, mas de uma análise criteriosa baseada em dados econômicos e projeções técnicas.
“Quando se fala que o Seap vai atrasar mais três meses, mais quatro meses, muitas vezes não é uma decisão política, nem uma decisão apenas da gestão, é uma decisão econômica, calcada em dados, baseada em dados objetivos sobre a possibilidade de esses investimentos acontecerem”, explicou. “Mas com relação à intenção e, mais do que isso, ao trabalho da presidenta Magda, é irretocável”.
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