Silveira diz esperar que Petrobras reduza ainda mais os combustíveis

247  - Em meio a um cenário internacional marcado por tensões geopolíticas, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo está atento à volatilidade do mercado global de petróleo e trabalha para reduzir os impactos dos preços sobre os consumidores brasileiros. A declaração foi dada em entrevista ao jornal Valor Econômico.

Apesar do clima de incerteza nos mercados, Silveira demonstrou otimismo quanto à possibilidade de novos cortes nos preços dos combustíveis. “Temos condição e espero que a empresa ainda reduza mais os preços dos combustíveis. É a minha expectativa, se nós continuarmos com o Brent nos níveis que estão hoje”, afirmou o ministro, em referência ao preço do barril de petróleo no mercado internacional.

Silveira também comentou o andamento do processo de licenciamento ambiental da Petrobras para exploração na Margem Equatorial, considerada uma nova fronteira energética do país. Segundo ele, a estatal já realizou simulações técnicas solicitadas pelo Ibama, e agora cabe à empresa entregar os resultados para análise.“Após as simulações, o próximo passo é o licenciamento. É natural agora que a Petrobras acelere o processo de simulação e entregue os resultados ao Ibama. Se ele [Ibama] pediu as simulações, já deu uma sinalização clara que entendeu a importância de licenciar e do Brasil poder conhecer o potencial e de poder pesquisar na região”, afirmou.

No campo da política social, Silveira destacou a iminente publicação da medida provisória do Auxílio Gás, prevista para agosto. O programa é uma das apostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ampliar sua base de apoio entre os brasileiros de baixa renda.

“O botijão de gás será entregue às famílias brasileiras mais carentes do Cadastro Único, 17 milhões de famílias receberão. Nós queremos iniciar esse processo ainda este ano”, disse o ministro.

Ao ser questionado sobre possíveis candidaturas em 2026, Silveira evitou confirmar planos, mas deixou em aberto a possibilidade de disputar um cargo eletivo por Minas Gerais. Ele reiterou, no entanto, seu compromisso com o projeto político liderado por Lula.

“Eu me julgo jovem aos 55 anos de idade e ainda com alguma energia para poder contribuir com o País e com o meu Estado. Naturalmente, pelo projeto que eu participo hoje e acredito que é o melhor para o Brasil, que é a continuidade do governo do presidente Lula até 2030, eu vou discutir e vou ouvi-lo do ponto de vista do macroprojeto.”