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      Gleisi demonstra apoio às medidas anunciadas por Moraes contra Jair e Eduardo Bolsonaro: ‘traidores precisam obedecer à Justiça’

      A ministra denunciou mentiras de Jair Bolsonaro, réu no inquérito da trama golpista

      Gleisi Hoffmann (Foto: Valdenio Vieira/SEAUD-PR)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, publicou nesta segunda-feira (21) uma mensagem de apoio ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que determinou algumas medidas cautelares contra Jair Bolsonaro (PL), réu no inquérito da trama golpista. 

      “Decisões do ministro Alexandre de Moraes mostram aos Bolsonaros e outros traidores que no Brasil a Justiça tem de ser obedecida. Jair Bolsonaro não pode desafiar a proibição de usar as redes sociais para mentir e Eduardo Bolsonaro não pode continuar atuando impunemente contra o país, a partir dos EUA. Precisam aprender a respeitar a lei!”, escreveu a titular da SRI na rede social X. 

      O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou uma série de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro por obstrução judicial e risco de fuga para o exterior. Moraes deu 24 horas para a defesa do ex-mandatário explicar o suposto descumprimento de medidas cautelares. O magistrado advertiu que, se os advogados não se manifestarem no prazo estipulado, poderá decretar imediatamente a prisão de Bolsonaro, conforme prevê o artigo 312, §1º, do Código de Processo Penal. 

      Algumas medidas cautelares foram a suspensão de suas atividades em plataformas digitais – proibindo não apenas publicações diretas, mas também mensagens transmitidas por intermediários.

      Além do veto às redes sociais, o ex-presidente está submetido a um regime de recolhimento domiciliar diferenciado: durante os dias úteis, deve permanecer em sua residência no período noturno (das 19h às 6h). Aos sábados, domingos e feriados, a restrição se estende por todas as 24 horas do dia.

      As medidas, decretadas no contexto do inquérito sobre a alegada tentativa de subverter a ordem democrática, representam um endurecimento das condições impostas ao ex-chefe do Executivo.

      O político da extrema-direita é acusado de cinco crimes na investigação do plano golpista conduzida pelo STF. As penas, somadas, ficam acima dos 40 anos de prisão. 

      Eduardo Bolsonaro

      O ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias e dos bens de Eduardo Bolsonaro (PL-SP).O parlamentar está impedido de fazer transações financeiras, inclusive receber doações em dinheiro, via Pix, realizadas por Jair Bolsonaro, seu pai, para bancar a estadia nos Estados Unidos.

      Segundo o próprio ex-mandatário, cerca de R$ 2 milhões já foram enviados para Eduardo. Em março deste ano, o deputado pediu licença do mandato e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política. A licença terminou no domingo (20). O parlamentar já disse que não vai renunciar.

      Conforme regimento interno da Câmara dos Deputados, o deputado pode ser cassado por faltas ao não retornar ao Brasil. Ele é investigado no STF por incitar o governo norte-americano a adotar medidas contra o governo brasileiro e o STF em decorrência da ação penal da trama golpista, que tem Bolsonaro como um dos réus. 

      Governo Trump e o BRICS

      Investigadores apuram obstrução judicial e risco de fuga por parte de Jair Bolsonaro por causa das articulações dele com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump. Este mês, o chefe da Casa Branca anunciou um tarifaço de 50% contra as exportações brasileiras, e citou o processo da trama golpista como argumento para o início da guerra comercial.

      Ministros do STF, políticos e ativistas do campo progressista denunciam que a iniciativa do governo americano viola a soberania nacional brasileira. O presidente Lula afirmou que o Brasil responderá aos EUA com a Lei de Reciprocidade Econômica e também aposta na ampliação de outros mercados como aqueles que fazem parte do BRICS. 

      Analistas destacaram que a expansão do BRICS foi outro motivo para as tarifas anunciadas por Trump, em carta endereçada ao presidente Lula no dia 9 de julho. 

      Emergindo como força antagônica ao unilateralismo estadunidense, o agrupamento BRICS vem aprofundando significativamente os laços de colaboração entre países em desenvolvimento. Estatísticas compiladas pela ComexVis demonstram a magnitude do bloco: concentra quase dois quintos da economia planetária (39% do PIB em PPC), participa com um quarto do intercâmbio comercial internacional e abriga mais de um terço da superfície continental do globo.

      A supremacia do conglomerado se estende aos recursos estratégicos: controla impressionantes 72% das jazidas mundiais de terras raras - elementos vitais para indústrias tecnológicas de ponta. Na esfera energética, conforme dados da Agência Internacional de Energia, o BRICS domina parcelas expressivas da produção mundial: responde por 43,6% do crude extraído, 36% do gás natural disponível e impressionantes 78,2% do carvão mineral consumido globalmente.

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