TV 247 logo
      HOME > Brasília

      Defesa de Mauro Cid nega que ele tenha sido coagido a delatar trama golpista e defende validade de colaboração premiada

      STF iniciou nesta terça-feira (2) o julgamento da contra Jair Bolsonaro e outros sete acusados por conspiração em 2022

      Mauro Cid - 09/06/2025 (Foto: Ton Molina/STF)
      Paulo Emilio avatar
      Conteúdo postado por:

      247 - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou na tarde desta terça-feira (2) o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus, acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O processo é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, que abriu a sessão com a leitura de seu relatório. As informações são do g1.

      Na sequência, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou a acusação formal, sustentando que os réus, incluindo Bolsonaro, atuaram em um plano para desestabilizar as instituições democráticas do país. Com isso, teve início a fase das sustentações orais das defesas, em que os advogados dos acusados expõem seus argumentos perante os ministros.

      O primeiro defensor a se pronunciar foi o advogado Jair Alves Ferreira, que defende o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid fechou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal em 2023 e é considerado peça-chave nas investigações. Ferreira destacou a importância da delação premiada e rebateu críticas feitas por outras defesas. “Isso aqui não é coação. Mauro Cid está reclamando da posição do delegado. Isso é direito”, afirmou o advogado.

      Ele também fez questão de afastar qualquer suspeita de que o militar teria sido pressionado a colaborar: “Nós não concordamos com o pedido de condenação do ministro [Paulo] Gonet. Mas nem por isso eu posso dizer que ele me coagiu, nem o ministro Alexandre de Moraes, nem o delegado”, declarou.

      Após a manifestação dos advogados de Cid, a ordem dos discursos seguirá em ordem alfabética, com cada defesa dispondo de até uma hora para se pronunciar. A defesa do ex-ajudante de ordens está dividida entre dois advogados: Ferreira, que foca na validade da colaboração premiada, e Cezar Bittencourt, responsável por tratar dos fatos apresentados no processo.

      O julgamento prosseguirá com os argumentos das demais defesas, enquanto os ministros da Primeira Turma avaliam a denúncia que poderá resultar na abertura de ação penal contra Jair Bolsonaro e os demais réus.

      Acompanhe o julgamento pela TV 247: 

       

      Relacionados

      Carregando anúncios...