Correia critica apoio de parlamentares da extrema direita a Bolsonaro: ‘Conselho de Ética é pouco para esses canalhas’
'Vai se refugiar na Câmara?', questionou o parlamentar sobre o político da extrema direita
247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) publicou nesta terça-feira (22) uma mensagem de repúdio ao apoio dos parlamentares da extrema direita na Câmara a Jair Bolsonaro (PL), que está com sério risco de ser preso após descumprir a medida cautelar de não conceder entrevista. Investigadores apuram obstrução judicial e risco de fuga para o exterior. Esses dois motivos levaram o Supremo Tribunal Federal a emitir novas ordens judiciais contra o ex-mandatário, réu no inquérito da trama golpista conduzido pelo STF.
“Foragido. Bolsonaro segue na Câmara recebendo guarida dos golpistas que obstruem a justiça. Será que o réu, impedido de se aproximar das embaixadas, vai se refugiar na Câmara? Conselho de Ética é pouco para os canalhas que embarcarem nessa. De invadir a Câmara eles entendem”, escreveu o parlamentar na rede social X.
Na Câmara, bolsonaristas levaram uma bandeira em apoio a Donald Trump depois que o governo do presidente norte-americano anunciou um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras, abriu uma investigação comercial contra o Brasil e suspendeu vistos de ministros do STF, por conta do processo judicial envolvendo Bolsonaro.
O ex-mandatário é acusado de cinco crimes - golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado, e dano qualificado pela violência ou grave ameaça.
Determinações judicial no Brasil e o governo Donald Trump
Além de estar proibido de conceder entrevistas, Bolsonaro usa tornozeleira eletrônica, após medidas cautelares determinadas pelo STF. O ex-mandatário foi submetido a um regime de recolhimento domiciliar, devendo permanecer em casa das 19h às 6h nos dias úteis, e durante todo o dia aos finais de semana e feriados.
O político também está proibido de utilizar redes sociais sob qualquer forma — seja pessoalmente ou por meio de terceiros —, não pode se aproximar ou ingressar em sedes diplomáticas de nações estrangeiras, como embaixadas e consulados, e tampouco manter contato com representantes internacionais ou embaixadores.
A Polícia Federal apura indícios de que o ex-mandatário teria atuado para dificultar ações da Justiça, com base em suas relações com o presidente norte-americano, Donald Trump. Este mês, o governo dos EUA anunciou a elevação para 50% das taxas sobre exportações brasileiras, citando questões judiciais envolvendo Bolsonaro como um dos motivos para a medida. Os Estados Unidos também iniciaram uma sindicância sobre práticas comerciais do Brasil.
Com a guerra comercial lançada pelo chefe da Casa Branca, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou publicamente a postura de Washington e afirmou que o país adotará contramedidas conforme a Lei de Reciprocidade Econômica.
O dispositivo legal permite ao governo brasileiro responder a medidas protecionistas de outros países, com a revisão de acordos comerciais, a limitação de investimentos externos, e a revisão de obrigações em matéria de patentes e direitos autorais.
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