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      EUA avaliam novas "sanções em tempo real" contra o Brasil durante julgamento de Bolsonaro

      Casa Branca estuda ampliar punições econômicas e diplomáticas ao país a depender do desfecho do julgamento da trama golpista no STF

      Trump faz comentários sobre tarifas na Casa Branca 02/04/2025 (Foto: REUTERS/Carlos Barria)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O governo dos Estados Unidos pode reagir em tempo real ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) — réu por participar de uma suposta trama de golpe de Estado — com a adoção de novas sanções contra o Brasil. A decisão final dependerá diretamente do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

      Segundo a coluna da jornalista Mariana Sanches, do UOL, circula em Washington a possibilidade de ampliar as medidas já em vigor. Entre elas estão novas cassações de vistos de autoridades brasileiras, sanções financeiras contra integrantes do STF e até a inclusão de produtos nacionais em uma lista sujeita a tarifas de 50%, medida que já afeta diversos setores da economia brasileira desde o dia 6 de agosto. Nem a Casa Branca nem o Departamento de Estado responderam aos questionamentos formais da reportagem sobre a adoção imediata de novos bloqueios econômicos e diplomáticos.

      Na carta em que anunciou o tarifaço de 50%, Trump declarou que sua decisão estava ligada ao julgamento de Bolsonaro, classificado por ele como uma "caça às bruxas". O presidente estadunidense exigiu que o processo fosse interrompido "imediatamente". Em outra ocasião, ao ser questionado pela imprensa brasileira, Trump reforçou seu apoio ao aliado, chamando Bolsonaro de "um homem honesto".

      Atualmente, não há negociações comerciais em andamento entre Brasil e Estados Unidos, já que o governo estadunidense condiciona qualquer diálogo tarifário ao desenrolar do processo no STF.

      A pressão internacional também é alimentada por aliados próximos de Bolsonaro. O influenciador e blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) confirmaram ao UOL que viajarão a Washington no próximo dia 3 de setembro, segundo dia do julgamento no Supremo. O julgamento começa na terça-feira (2) e deve se estender até o dia 12 de setembro.

      Segundo Eduardo Bolsonaro, a visita terá como objetivo repassar informações atualizadas à Casa Branca sobre o andamento do processo e os debates na Corte. Contudo, nem ele nem Figueiredo revelaram com quais autoridades norte-americanas irão se reunir, nem os assuntos detalhados das conversas.

      Os dois têm liderado uma campanha em defesa de sanções mais duras contra o Brasil, com o argumento de que isso poderia obrigar o país a aprovar uma anistia ao ex-mandatário e seus aliados. Até o momento, essas articulações contribuíram para medidas como o aumento tarifário de 50%, a investigação sobre supostas práticas comerciais desleais, a restrição de vistos a ministros do STF e do governo Lula e a aplicação de sanções da Lei Global Magnitsky ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso de Bolsonaro.

      Segundo Eduardo Bolsonaro, a visita terá como objetivo repassar informações atualizadas à Casa Branca sobre o andamento do processo e os debates na Corte. Contudo, nem ele nem Figueiredo revelaram com quais autoridades norte-americanas irão se reunir, e nem os assuntos detalhados das conversas.

      Os dois têm liderado uma campanha em defesa de sanções mais duras contra o Brasil, com o argumento de que isso poderia obrigar o país a aprovar uma anistia ao ex-mandatário e seus aliados. Até o momento, essas articulações contribuíram para medidas como o aumento tarifário de 50%, a investigação sobre supostas práticas comerciais desleais, a restrição de vistos a ministros do STF e do governo Lula e a aplicação de sanções da Lei Global Magnitsky ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso de Bolsonaro.

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