'Trump atacou o Brasil sem qualquer fundamento econômico', diz Dario Durigan sobre tarifaço dos EUA
Secretário da Fazenda criticou tarifas impostas por Trump e apontou viés político, desrespeito à soberania e ao Judiciário brasileiro
247 - Durante palestra sobre regulamentação da inteligência artificial realizada nesta quinta-feira (31) em Brasília, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, classificou como um “ataque sem nenhum fundamento econômico” as tarifas impostas ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As informações são da CNN Brasil.
Durigan afirmou que as medidas têm motivação política e representam uma afronta à soberania nacional. “A gente viu um ataque unilateral ao país sem nenhum fundamento econômico, digo isso da cadeira em que estou hoje no Ministério da Fazenda. Salienta-se o aspecto político, o aspecto de intervenção e a falta de respeito ao Brasil, à nossa tecnologia — dou o exemplo do Pix —, da falta de respeito aos nossos processos democráticos e à nossa independência do Judiciário”, declarou.
O secretário participou do evento como representante do Poder Executivo e da pasta da Fazenda. Após a atividade, seguiu para o Palácio do Planalto, onde se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e um representante da Advocacia-Geral da União (AGU) para tratar das sanções e tarifas anunciadas por Washington.
Na véspera, Trump formalizou uma tarifa de 50% sobre uma parcela das exportações brasileiras. Ainda na quarta-feira (30), a Casa Branca anunciou sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na chamada Lei Magnitsky.
Em sua fala, Durigan reforçou a necessidade de o Brasil adotar uma postura firme frente às agressões externas. Para ele, o país é aberto ao diálogo e à negociação de serviços e produtos, mas não pode admitir interferência em princípios fundamentais. “Nossos produtos e nossos serviços estão sempre passíveis de serem negociados. A gente está sempre disposto a sentar, a negociar, a rever. Mas nossos valores e nossa soberania não estão em negociação”, concluiu.
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