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      Haddad confirma reunião com Bessent para discutir tarifaço e afirma que que Brasil vai "recorrer às instâncias devidas"

      Ministro da Fazenda confirma negociação com secretário do Tesouro dos EUA para reverter tarifa de 50% sobre exportações brasileiras

      Fernando Haddad e Scott Bessent (Foto: Diogo Zacarias / MF)
      Paulo Emilio avatar
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      O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (31) que o governo brasileiro intensificará os esforços diplomáticos para reverter a medida adotada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impõe uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A declaração foi feita na entrada do Ministério da Fazenda, em Brasília, após o governo americano oficializar a medida por meio de uma ordem executiva assinada na véspera.

      Segundo O Globo, Haddad afirmou que uma nova rodada de negociações será realizada com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. "A assessoria do secretário Bessent fez contato conosco ontem e que finalmente vai marcar a segunda conversa [...] haverá agora uma rodada de negociações, e vamos levar às autoridades americanas o nosso ponto de vista, e obviamente vamos recorrer às instâncias devidas, tanto nos EUA quanto organismos internacionais", disse.

      A medida do presidente Donald Trump foi publicada na tarde de quarta-feira (30) em comunicado oficial da Casa Branca. De acordo com o texto da ordem executiva, os produtos brasileiros passarão a ser taxados com uma tarifa adicional de 40%, além dos 10% já existentes. O aumento passará a valer sete dias após a assinatura do decreto, afetando mercadorias registradas ou retiradas de armazém para consumo a partir das 0h01 (horário de verão do leste dos EUA) do sétimo dia.

      Apesar da rigidez da sanção, o governo estadunidense apresentou uma lista com quase 700 exceções, que exclui produtos estratégicos para os Estados Unidos como petróleo, suco de laranja e aviões. No entanto, a carne bovina — uma das principais exportações brasileiras para o mercado norte-americano — ficou de fora das exceções e será diretamente afetada pela nova tarifa.

      Ainda de acordo com a reportagem, Haddad também sinalizou a possibilidade de se deslocar aos Estados Unidos para discutir pessoalmente o assunto com autoridades do governo Trump. Ainda segundo Haddad, “caso haja uma agenda estruturada”, ele disse considerar viajar a Washington acompanhado do vice-presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, na tentativa de encontrar alternativas para mitigar o impacto econômico da medida, que ameaça setores-chave da economia brasileira, como a indústria e o agronegócio.

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