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Safatle critica sanção dos EUA contra Moraes: "capitalismo é extensão de interesses imperiais"

Filósofo criticou o uso da Lei Magnitsky "para defender interesses mafiosos norte-americanos"

Vladimir Safatle (Foto: Reprodução/Youtube)

247 - O professor e filósofo Vladimir Safatle criticou duramente, nesta quarta-feira (30), a decisão do governo Donald Trump de impor sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com base na Lei Global Magnitsky. Em publicação na rede X (antigo Twitter), Safatle disse que a medida revela o caráter profundamente geopolítico e imperial do sistema financeiro global.

 “O uso da Lei Magnitsky para defender interesses mafiosos norte-americanos, impedindo magistrados brasileiros até de usar cartão de crédito, mostra como o capitalismo nada tem de global e descentralizado. Ele é territorial, extensão de interesses nacionais e imperiais”, escreveu.

A crítica de Safatle se soma a uma série de reações no Brasil diante da sanção inédita a uma autoridade do Judiciário brasileiro. A medida do governo Trump afeta diretamente a capacidade de Moraes de realizar transações internacionais, incluindo o uso de cartões de crédito e movimentações bancárias que envolvam o sistema financeiro dos EUA — mesmo que de forma indireta.

A sanção foi resultado de uma campanha liderada por aliados de Jair Bolsonaro em Washington, incluindo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo. Ambos acusam Moraes de perseguição política e censura contra o ex-presidente e seus apoiadores.

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