Sanções dos EUA contra Moraes repercutem na imprensa internacional
Medida baseada na Lei Magnitsky tem repercussão global e aprofunda tensão diplomática entre EUA e governo Lula
247 - A imposição de sanções pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), repercutiu amplamente na imprensa internacional. A decisão, formalizada nesta quarta-feira (30) com base na Lei Magnitsky — que autoriza punições a autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos — marca um novo estágio na crise entre o presidente estadunidense, Donald Trump, e o governo e o Judiciário brasileiros. As informações são do jornal O Globo.
A agência norte-americana Bloomberg destacou que a sanção ocorre em meio a uma escalada de pressão de Washington sobre Moraes, relator das ações judiciais contra Jair Bolsonaro (PL), que, segundo a publicação, “tentou um golpe após sua derrota nas eleições de 2022”.
A agência Reuters, por sua vez, associou a medida ao pacote de tarifas imposto ao Brasil anunciado recentemente por Trump. Segundo a matéria, o presidente dos Estados Unidos vinculou as novas taxas impostas ao Brasil àquilo que classificou como “caça às bruxas” contra Bolsonaro, seu aliado político mais próximo na América Latina.
Na Argentina, o jornal La Nación noticiou que a punição a Moraes integra a ofensiva do governo Trump contra o Brasil, motivada pelo julgamento em andamento de Bolsonaro por tentativa de golpe. A publicação vê a medida como parte da estratégia do republicano de confrontar diretamente o Judiciário brasileiro.
Já a emissora portuguesa RTP descreveu o episódio como mais um capítulo da “guerra comercial e diplomática” iniciada por Donald Trump contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a reportagem, o anúncio da sanção ocorre “a dois dias das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos ao Brasil entrarem em vigor”.
A sanção contra o ministro do STF amplia o clima de instabilidade nas relações bilaterais entre Brasília e Washington, intensificando os conflitos entre o presidente Trump — em seu segundo mandato — e as instituições democráticas brasileiras.
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