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      Hugo Motta aposta em comissão para discutir "adultização" de crianças e reduzir tensão com bolsonaristas

      Presidente da Câmara quer transformar o debate em um gesto de "pacificação" e tirar o foco de pautas defendidas pela oposição, como o PL da anistia

      Hugo Motta (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu nesta terça-feira a criação de uma comissão geral para debater a chamada “adultização” de crianças nas redes sociais — assunto que ganhou repercussão nacional após a viralização de um vídeo do influenciador Felca.

      A sessão, segundo o jornal O Globo, está marcada para esta quarta-feira (13) e deve contar com representantes da sociedade civil, especialistas em direito e ativistas. Qualquer proposta legislativa sobre o tema só será analisada depois da apresentação de um parecer pela comissão, prazo que pode chegar a 30 dias.

      Nos bastidores, a medida é vista como um movimento para “ganhar tempo” e esfriar o clima de embate que marcou a última semana no Congresso, após a mesa diretora da Câmara ser ocupada por deputados bolsonaristas. Motta quer transformar o debate em um gesto de “pacificação”, num momento em que a Câmara enfrenta atritos internos. A estratégia também mira deslocar o foco de pautas defendidas pela oposição, como a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e o fim do foro privilegiado — bandeiras apoiadas por aliados de Jair Bolsonaro.

      Mesmo entre partidos fora do PL, a percepção é de que não há ambiente para avançar com essas propostas agora. O líder do MDB, Isnaldo Bulhões Júnior, resumiu a situação afirmando que no “meu feeling é de que não tem clima”.

      Mais cedo, Hugo Motta recebeu em sua residência oficial o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, para tratar da pauta legislativa. Cavalcante disse que houve um acerto para priorizar o fim do foro privilegiado antes de retomar a discussão sobre anistia.

      “Depois da semana passada, a gente tem que aparar arestas, alinhar as coisas. Está tudo superado. O foco da reunião era a gente se acalmar depois do que aconteceu. Não vamos pautar a anistia agora. O acordo foi pautar o fim do foro, aprovar nas duas Casas e, depois, pautar a anistia. Assim, a gente tira a corda do pescoço dos parlamentares”.

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