Gleisi condena 'chantagem' de Trump e 'ataques dos EUA à soberania brasileira'
Em alusão ao bolsonarismo, ministra afirma que "as forças que até pouco tempo impuseram retrocessos ao país mais uma vez ameaçam a democracia do Brasil"
247 A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou nesta terça-feira (5) as sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes como "chantagem" e um ataque à soberania nacional.
"É necessário ressaltar, recordar a história e ressaltar o caráter democrático deste pleno diante do momento que estamos vivendo. As mesmas forças que até pouco tempo impuseram retrocessos ao país mais uma vez ameaçam a democracia do Brasil, provocando ataques de um governo estrangeiro à soberania nacional", disse Gleisi durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS), conhecido como "Conselhão", em referência à pressão feita por Trump para livrar Jair Bolsonaro (PL), seu aliado, de processos judiciais que tramitam na Suprema Corte do Brasil.
"As sanções impostas às vendas de nossos produtos para os EUA não encontram a mínima justificativa técnica ou comercial. Não passam de uma chantagem de seu presidente com o objetivo explícito de intervir em um processo judicial no Brasil", ressaltou a ministra.
"Ainda mais afrontosas são as retaliações agressivas contra ministros do STF, em especial ao ministro Alexandre de Moraes, por sua atuação em defesa das instituições democráticas. Esses ataques configuram coação no curso do devido processo legal, agressão ao STF e à soberania do poder judiciário no Brasil", completou.
Gleisi também ressaltou que as sanções e ameaças do governo Trump “atingem diretamente o setor exportador brasileiro, atingem empresários e trabalhadores, prejudicam as famílias e a economia, avançam contra o nosso sistema nacional de pagamento instantâneos, o nosso Pix, e a regulamentação do funcionamento das plataformas digitais do país. mais grave ainda, avançam contra nossa democracia".
"Uma democracia não pode se submeter aos desígnios pessoais e ilegais de quem quer que seja. Um país soberano não pode se submeter ao arbítrio do estrageiro em detrimento da nacionalidade . A defesa da soberania nacional e a defesa da democracia caminham juntas, portanto, neste momento histórico”, destacou.
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