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      Em jantar tenso, Gilmar Mendes enquadra bolsonaristas sobre Lei Magnitsky e ameaças ao Judiciário

      Reunião expôs crise com o Judiciário e tentativa de aliados de Bolsonaro de redirecionar investigações à primeira instância

      Ministro do STF Gilmar Mendes (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - Em uma tentativa de reduzir a tensão entre o bolsonarismo e o Judiciário, lideranças do PL sugeriram ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes que as ações que investigam a participação de Jair Bolsonaro (PL) em articulações golpistas fossem remetidas à primeira instância da Justiça.

      Durante a conversa, considerada tensa e improdutiva por interlocutores ouvidos pela CNN Brasil, os participantes alertaram Gilmar sobre a iminente aplicação da Lei Magnitsky por parte dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, mencionado nominalmente o ministro Alexandre de Moraes e, possivelmente, outros membros do STF. Em resposta, Gilmar Mendes teria dito que, se a medida de Washington fosse oficializada, o Supremo poderia reagir impedindo que instituições financeiras brasileiras cumprissem eventuais ordens vindas dos EUA.

      O encontro, segundo a reportagem, aconteceu na noite de segunda-feira (28), em um jantar articulado por Gilmar Mendes. Estiveram presentes o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o líder da legenda na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, que atuou como intermediador da reunião.

      Na terça-feira (29), Gilmar manteve uma nova interlocução com o advogado Fábio Wajngarten, ex-ministro do governo Bolsonaro. Wajngarten, que havia se encontrado dias antes com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em Miami, relatou o clima entre os apoiadores do ex-mandatário.

      Segundo relatos de aliados de Jair Bolsonaro 9PL), a conversa entre Gilmar e Wajngarten foi considerada mais construtiva, em parte devido à relação de longa data entre ambos. Embora ainda sem acordos formais, a disposição do ministro do STF em escutar foi recebida como um sinal de possível reavaliação do rumo dos processos, especialmente diante da posição divergente apresentada recentemente pelo ministro Luiz Fux.

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