<p><b>247 –</b> O economista e professor Jeffrey Sachs criticou duramente a política externa dos Estados Unidos e a condução da guerra na Ucrânia pelo atual presidente Donald Trump, avaliando que a reunião marcada para ocorrer no Alasca com o presidente russo Vladimir Putin é cercada por confusão, contradições e ausência de um plano claro para a paz. As declarações foram feitas em entrevista publicada no cana do professor Glenn Diesen que o entrevistou, onde Sachs apontou que o encontro poderia representar uma chance real de encerrar as hostilidades, mas que o cenário geopolítico e a falta de coragem política indicam um resultado limitado.</p>
<blockquote>&nbsp;“Trump não explica sua visão, não apresenta documentos oficiais e governa com mensagens curtas, ambíguas ou incorretas nas redes sociais. É um ambiente caótico e perigoso para lidar com potências nucleares”, afirmou Sachs, ao analisar o anúncio de última hora sobre o encontro.</blockquote>
<h2>Críticas à postura dos EUA e da Europa</h2>
<p>Sachs lembrou que, apesar de Trump ter reconhecido no início do mandato que a expansão da Otan foi uma provocação contra Moscou, ele rapidamente recuou diante das pressões internas e externas. Para o economista, Washington adota uma política externa guiada por interesses do complexo industrial-militar e da CIA, ignorando a opinião pública, que majoritariamente quer o fim do conflito.</p>
<p>Segundo o professor, a Europa também tem responsabilidade na escalada, ao seguir uma estratégia de isolamento diplomático da Rússia e dependência quase total dos EUA, abrindo mão de qualquer autonomia estratégica. Ele criticou líderes europeus por se recusarem a dialogar com Moscou e por agirem com “subserviência” a Washington, mesmo com aprovação popular em queda.</p>
<blockquote>&nbsp;“Onde está um líder europeu que fale sobre as causas da guerra e proponha um sistema de segurança coletiva? Não existe. É incrível”, disse Sachs, ressaltando que apenas Viktor Orbán e Robert Fico rompem o silêncio entre os líderes do continente.</blockquote>
<h2>Raízes do conflito e falhas diplomáticas</h2>
<p>O economista reiterou que a guerra na Ucrânia decorre de décadas de políticas expansionistas dos EUA e da Otan, citando episódios como a intervenção nos Bálcãs, a retirada de tratados de controle de armas, o apoio a golpes de Estado e a recusa em cumprir acordos de paz como o de Minsk 2. Ele apontou que o objetivo de Washington, desde os anos 1990, tem sido enfraquecer ou até fragmentar a Rússia.</p>
<blockquote>&nbsp;“Este conflito nunca deveria ter acontecido. É fruto da ampliação da Otan, do golpe apoiado pelos EUA em 2014 e do fracasso da diplomacia ocidental. Há muito mais agressões vindas do Ocidente do que de Moscou”, disse.</blockquote>
<h2>Expectativas para o encontro no Alasca</h2>
<p>Apesar do pessimismo, Sachs acredita que a guerra poderia ser encerrada rapidamente caso Trump anunciasse publicamente que a Otan não irá mais se expandir e que cessarão as provocações contra a Rússia. Ele defendeu que o presidente norte-americano desconsidere as pressões do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e de líderes europeus, afirmando que a prioridade deve ser uma negociação direta entre Washington e Moscou.</p>
<blockquote>&nbsp;“O presidente dos Estados Unidos deveria dizer a verdade e parar de jogar este jogo com uma guerra por procuração que já matou um milhão de ucranianos”, declarou.</blockquote>
<p>Para Sachs, a insistência em prolongar o conflito, mesmo diante de pesquisas que mostram maioria da população ucraniana e americana favorável ao cessar-fogo, é resultado de uma “conspiração de poucos” ligada a interesses militares e estratégicos.</p>
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Redação Brasil 247

Trump diz estar ansioso por segundo encontro com Putin

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Mundo

Jeffrey Sachs critica incoerência dos EUA e vê reunião entre Trump e Putin como oportunidade perdida para a paz

<p><b>247 -</b> &nbsp;A Casa Branca está trabalhando para programar uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky. A informação foi confirmada pelo vice-presidente dos EUA, JD Vance, neste domingo (10), durante entrevista ao programa <i>Sunday Morning Futures</i>, da emissora Fox News.</p>
<p>De acordo com Vance, ainda não há data confirmada, mas a intenção é viabilizar um encontro entre os três líderes antes da cúpula entre Trump e Putin marcada para sexta-feira (15), no Alasca. Inicialmente anunciada como uma reunião bilateral, a cúpula gerou preocupação entre os aliados europeus da Ucrânia, que defendem a inclusão de Zelensky nas negociações.</p>
<p>“Um dos maiores impasses é que Vladimir Putin disse que nunca se sentaria com Zelensky, o chefe da Ucrânia, e o presidente agora conseguiu mudar isso”, afirmou Vance. Ele acrescentou que a Casa Branca está tratando da “programação e coisas do tipo em torno de quando esses três líderes poderiam se sentar e discutir o fim deste conflito”.</p>
<p>Durante a entrevista, Vance também declarou: “O objetivo é tentar encontrar uma solução negociada com a qual ucranianos e russos possam conviver”. E completou: “Não vai deixar ninguém super feliz, provavelmente russos e ucranianos não vão gostar no final”.</p>
<p>A perspectiva de uma reunião entre Trump e Putin sem a presença de Zelensky provocou reação imediata na Europa. A União Europeia convocou uma reunião de emergência para esta segunda-feira (11) à tarde, com o objetivo de discutir a guerra na Ucrânia e influenciar as negociações antes da cúpula.</p>
<p>No domingo, Zelensky se pronunciou nas redes sociais. “A Rússia está fazendo de tudo para prolongar as hostilidades, se recusa a parar com as mortes apesar dos prazos anunciados e está tentando negociar melhores posições no terreno para futuros ataques. Esse comportamento destrutivo da Rússia deve ser interrompido”, escreveu.</p>
<p>Ele também reforçou a posição da Ucrânia sobre participar das decisões que afetam seu território. “A Ucrânia está pronta para trabalhar da forma mais produtiva possível com todos os parceiros em prol da paz real. As questões relativas à Ucrânia devem ser decididas com a participação da Ucrânia”, declarou.</p>
<p>O embaixador dos Estados Unidos na OTAN, Matthew Whitaker, afirmou à CNN que Zelensky <i>poderia</i> participar da reunião de cúpula, mas não deu detalhes sobre essa possibilidade.</p>

Otávio Rosso

Vice-presidente dos EUA, JD Vance - 18/03/2025

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Casa Branca tenta organizar encontro entre Trump, Putin e Zelensky antes da cúpula no Alasca

<p><b>247 –</b> O encontro de 15 de agosto entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, será realizado no Alasca, local escolhido por sua ligação histórica com ambos os países e por oferecer a distância geográfica necessária para evitar a presença de terceiros. As informações foram publicadas pela <a href="https://sputnikglobe.com/20250809/trump-and-putin-could-lay-the-groundwork-for-end-of-ukrainian-conflict-in-alaska-1122584885.html"><b>Sputnik International</b></a> neste sábado (9).</p>
<p>Segundo Matthew Crosston, professor de segurança nacional e diretor de transformação acadêmica na Bowie State University, nos EUA, a escolha do local carrega um forte simbolismo diplomático. <i>“Para mim, isso é Putin e Trump dizendo: ‘Ok, todos, prestem atenção: esta é a REUNIÃO REAL e, como tal, os únicos dois atores REAIS com poder REAL estarão aqui, ou seja, Rússia e EUA’”</i>, declarou à Sputnik. Crosston acrescentou que a realização no Alasca também reflete o reconhecimento do papel de Putin na arena internacional.</p>
<h2>Expectativas e limites do encontro</h2>
<p>Embora não espere avanços imediatos, Crosston acredita que o encontro pode iniciar o processo de resolução do conflito na Ucrânia. <i>“Isso não significa que a cúpula do Alasca seja apenas um gesto simbólico sem impacto real. Muitas vezes, os resultados mais significativos só aparecem publicamente algum tempo depois”</i>, destacou. Para ele, o encontro não será uma simples formalidade, mas um espaço para lançar as bases de negociações de paz.</p>
<h2>Significado geopolítico do Alasca</h2>
<p>Earl Rasmussen, tenente-coronel reformado do Exército dos EUA e consultor internacional, também ressaltou à Sputnik a importância estratégica da localização. <i>“Isso torna a área muito simbólica. Além disso, o Ártico é uma região-chave para o desenvolvimento, oferecendo oportunidades econômicas e implicando questões de segurança”</i>, afirmou. Ele destacou que a proximidade geográfica entre Rússia e Estados Unidos no Alasca e a relevância da região no comércio e na segurança, incluindo a extensa costa ártica russa, estarão no centro das discussões.</p>
<h2>Temas na pauta e obstáculos externos</h2>
<p>O encontro deverá abordar não apenas o conflito na Ucrânia e a segurança europeia, mas também o desenvolvimento econômico e comercial. Rasmussen alerta, porém, que países europeus, especialmente o Reino Unido, podem tentar dificultar possíveis acordos.</p>
<p>Apesar disso, ele vê a reunião como um avanço positivo e afirma que a possibilidade de Trump visitar a Rússia futuramente é promissora. <i>“O diálogo contínuo, independentemente de discordâncias ou resoluções, é positivo, ao contrário da abordagem anterior de tentar isolar a Rússia, que se mostrou ineficaz”</i>, disse. Para Rasmussen, qualquer progresso resultante do encontro poderá beneficiar não só a paz, mas também as relações comerciais e a segurança global.</p>

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin - 16/07/2018

Trump e Putin podem iniciar em encontro no Alasca o caminho para o fim do conflito na Ucrânia

<p><b>247 –</b> O presidente russo, Vladimir Putin, viajará ao Alasca na próxima semana para se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sem qualquer risco de ser detido, mesmo estando sob um mandado de prisão internacional. Segundo <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/por-que-putin-nao-sera-preso-nos-eua-apesar-de-mandado-internacional/?utm_source=social&amp;utm_medium=twitter-feed&amp;utm_campaign=internacional-cnn-brasil&amp;utm_content=link">reportagem da <i>CNN Brasil</i></a>, a razão é que nem a Rússia nem os EUA são signatários do Estatuto de Roma, tratado que criou o Tribunal Penal Internacional (TPI) em 2002.</p>
<p>O TPI expediu, em 2023, um mandado contra Putin, acusando-o de ser “supostamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de (crianças)” de áreas ocupadas da Ucrânia para a Rússia. O Kremlin chamou a medida de “ultrajante e inaceitável”. Desde então, o líder russo tem evitado viajar para países que fazem parte do tribunal. Em 2023, recusou convite para uma cúpula na África do Sul e também deixou de participar da Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro. No entanto, esteve na China e na Coreia do Norte, que não são membros do TPI.</p>
<h2>O papel do TPI e o precedente da Mongólia</h2>
<p>O TPI não possui poder de execução direta e depende que seus Estados-membros cumpram os mandados de prisão. Um caso emblemático ocorreu quando Putin visitou a Mongólia, país signatário do Estatuto de Roma. As autoridades locais alegaram que, com base no Artigo 98 do tratado, não poderiam violar a imunidade diplomática de um chefe de Estado.</p>
<p>O tribunal rejeitou o argumento, sustentando que outro artigo remove todas as imunidades e que os Estados-membros “têm o dever de prender e entregar indivíduos sujeitos a mandados do TPI, independentemente de cargo oficial ou nacionalidade”.</p>
<h2>A posição dos Estados Unidos</h2>
<p>Os Estados Unidos nunca aderiram ao Estatuto de Roma e, em fevereiro deste ano, Trump impôs sanções contra o TPI após a emissão de mandados contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant. Na ocasião, uma ordem executiva acusou o tribunal de realizar “ações ilegítimas e infundadas contra os Estados Unidos e nosso aliado próximo, Israel”.</p>
<p>O encontro entre Trump e Putin está marcado para 15 de agosto, no Alasca, com o objetivo de negociar um possível acordo que encerre a guerra na Ucrânia. Mesmo diante das acusações internacionais, a viagem do líder russo acontece em um cenário jurídico e político que o protege de qualquer ação coercitiva em território norte-americano.</p>

Presidente russo,  Vladimir Putin
25/06/2025


Putin não corre risco de prisão no Alasca; entenda

<p><b>2 de junho (Reuters) -</b> O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, propôs na segunda-feira reverter os limites da era Biden para a perfuração de petróleo e gás em uma área do Alasca que é a maior extensão de terra pública intocada do país.</p>
<p>A medida é consistente com a meta de Trump de cortar regulamentações para o desenvolvimento de petróleo e gás e aumentar a produção nacional de combustíveis como parte de sua agenda energética.</p>
<p>A regra, finalizada pela administração do ex-presidente Joe Biden no ano passado, proibia o arrendamento de petróleo e gás, em 10,6 milhões de acres (4,3 milhões de hectares) da Reserva Nacional de Petróleo no Alasca, ao mesmo tempo em que limita o desenvolvimento em mais de 2 milhões de acres adicionais (809.000 hectares).</p>
<p>A NPR-A, como é conhecida, é uma área de 9,3 milhões de hectares na encosta norte do Alasca, reservada em 1923 como um suprimento emergencial de petróleo para a Marinha dos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=EUA+">EUA</a>. A área foi aberta ao desenvolvimento comercial na década de 1970 e agora é administrada pelo Departamento de Administração de Terras do Departamento do Interior.</p>
<p>O Departamento do Interior disse que a regra da era Biden era inconsistente com a Lei de Produção de Reservas de Petróleo Naval de 1976, que autorizava o arrendamento de petróleo e gás na área.</p>
<p>"O Congresso foi claro: a Reserva Nacional de Petróleo no <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Alasca+">Alasca </a>foi reservada para apoiar a segurança energética dos Estados Unidos por meio do desenvolvimento responsável", disse o Secretário do Interior, Doug Burgum, em um comunicado. "A regra de 2024 ignorou essa determinação, priorizando a obstrução em detrimento da produção e minando nossa capacidade de aproveitar os recursos nacionais em um momento em que a independência energética americana nunca foi tão crucial."</p>
<p>Em abril passado, o Departamento do Interior do governo Biden finalizou a regulamentação para bloquear o desenvolvimento de petróleo e gás em 40% da Reserva Nacional de Petróleo do Alasca para proteger habitats de ursos polares, caribus e outros animais selvagens, além do modo de vida das comunidades indígenas, conforme havia dito na época.</p>
<p>Grupos ambientalistas elogiaram a regra de Biden por proteger habitats e recursos culturais, mas autoridades estaduais do Alasca disseram que as restrições custariam empregos e tornariam os EUA dependentes de recursos estrangeiros.</p>
<p>A encosta norte do Alasca é responsável por pouco mais de 3% da produção de petróleo dos EUA, de acordo com a Administração de Informação de Energia dos EUA.</p>

Luis Mauro Filho

Presidente dos EUA Donald Trump em Doha
 15/5/2025  

Tag: alasca

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