Trump diz que acordo de paz é melhor que cessar-fogo após telefonema com Zelensky

247 – O telefonema entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, realizado após a cúpula do Alasca na última sexta-feira (15), “não foi fácil”, segundo informou o jornalista Barak Ravid, do site Axios, citado pela RT. A ligação durou cerca de uma hora e contou também com a participação do secretário de Estado Marco Rubio e do enviado especial Steve Witkoff, que haviam participado das negociações com a delegação russa.

De acordo com Ravid, a ligação posterior foi ampliada para incluir líderes da União Europeia e da OTAN, entre eles os chefes de governo do Reino Unido, França, Itália, Alemanha, Finlândia, Polônia, além do secretário-geral da aliança militar, Mark Rutte, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A conversa coletiva se estendeu por mais 30 minutos.

Trump defende acordo de paz imediato

Embora tenha descrito o telefonema como “difícil”, Ravid destacou que Trump manteve a posição de que “um acordo de paz rápido é melhor do que um cessar-fogo”. O próprio presidente norte-americano confirmou essa visão em uma mensagem publicada posteriormente, afirmando:

 “Foi determinado por todos que a melhor forma de acabar com a guerra horrível entre Rússia e Ucrânia é ir diretamente para um Acordo de Paz, que encerraria a guerra, e não um simples Acordo de Cessar-Fogo, que muitas vezes não se sustenta.”

Zelensky, por sua vez, declarou que durante a ligação ficou acertado que ele viajará a Washington na próxima segunda-feira (17) para discutir pessoalmente os desdobramentos da cúpula.

Divergências sobre cessar-fogo

A Ucrânia e seus aliados ocidentais têm pressionado há meses pela adoção de um cessar-fogo temporário. Moscou, entretanto, argumenta que tal medida apenas daria tempo para Kiev receber mais armamentos do Ocidente, manter a mobilização forçada de soldados e se reestruturar militarmente, em um momento em que as tropas russas buscam ampliar sua vantagem no campo de batalha.

Repercussão da cúpula no Alasca

Apesar das divergências, tanto Trump quanto o presidente russo, Vladimir Putin, classificaram a reunião no Alasca como produtiva. Trump declarou que houve avanços em direção à resolução do conflito e pediu a Zelensky que “faça um acordo” o quanto antes.

A expectativa agora recai sobre a visita do líder ucraniano aos Estados Unidos e as possíveis negociações diretas que poderão definir os próximos passos na guerra, que já ultrapassa dois anos de duração e causa devastação na região.