Nikolas Ferreira diz que contagem está apertada, mas que Hugo Motta votará anistia hoje
Bolsonarista não detalhou quantos apoios já estão confirmados, mas reconheceu o risco de derrota. Para a aprovação da urgência, são necessários 257 votos
247 - O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou à coluna de Thaís Bilenky, do UOL, que a votação da urgência da anistia será um teste difícil para a oposição. Segundo ele, a contagem de votos está apertada, mas o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), garantiu que levará o tema ao plenário ainda nesta quarta-feira (17). Para a aprovação da urgência, são necessários 257 votos.
Nikolas não detalhou quantos apoios já estão confirmados, mas reconheceu o risco de derrota. Parlamentares do Centrão também cobram o PT pela postura na votação da PEC da Blindagem, realizada na véspera, e avaliam travar projetos de interesse do governo.
Pressão do Centrão e impacto em medidas do governo
O líder do PP, deputado Doutor Luizinho, criticou a postura petista. “O PT complicou a MP da tarifa setor elétrico, mais até que a anistia”, afirmou. A medida provisória mantém a isenção da conta de luz para famílias em vulnerabilidade e é considerada essencial pelo governo Lula para as eleições de 2026.
Anistia ampla ou proposta modulada
No Congresso, há duas correntes principais. O grupo bolsonarista defende anistia total a réus e condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro. Já o Centrão prefere uma proposta modulada, que reduziria penas de forma pontual.
Segundo articulações internas, esse texto teria mais facilidade de aprovação no Senado. Avaliações de petistas indicam que a proposta do Centrão poderia reduzir a pena de Jair Bolsonaro de 27 para 19 anos de prisão.
Resistências no plenário
Apesar da pressão, há quem aposte no adiamento. O deputado Paulinho da Força (Solidariedade) disse que a urgência dificilmente será aprovada hoje. “A urgência da anistia de hoje não passa”, declarou. De acordo com ele, havia acordo com Hugo Motta para que a votação ocorresse apenas na semana seguinte ao julgamento de Bolsonaro.