Trump e Putin podem iniciar em encontro no Alasca o caminho para o fim do conflito na Ucrânia
Reunião histórica entre o presidente dos Estados Unidos e o líder russo deve tratar de segurança europeia, comércio e relações bilaterais
247 – O encontro de 15 de agosto entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, será realizado no Alasca, local escolhido por sua ligação histórica com ambos os países e por oferecer a distância geográfica necessária para evitar a presença de terceiros. As informações foram publicadas pela Sputnik International neste sábado (9).
Segundo Matthew Crosston, professor de segurança nacional e diretor de transformação acadêmica na Bowie State University, nos EUA, a escolha do local carrega um forte simbolismo diplomático. “Para mim, isso é Putin e Trump dizendo: ‘Ok, todos, prestem atenção: esta é a REUNIÃO REAL e, como tal, os únicos dois atores REAIS com poder REAL estarão aqui, ou seja, Rússia e EUA’”, declarou à Sputnik. Crosston acrescentou que a realização no Alasca também reflete o reconhecimento do papel de Putin na arena internacional.
Expectativas e limites do encontro
Embora não espere avanços imediatos, Crosston acredita que o encontro pode iniciar o processo de resolução do conflito na Ucrânia. “Isso não significa que a cúpula do Alasca seja apenas um gesto simbólico sem impacto real. Muitas vezes, os resultados mais significativos só aparecem publicamente algum tempo depois”, destacou. Para ele, o encontro não será uma simples formalidade, mas um espaço para lançar as bases de negociações de paz.
Significado geopolítico do Alasca
Earl Rasmussen, tenente-coronel reformado do Exército dos EUA e consultor internacional, também ressaltou à Sputnik a importância estratégica da localização. “Isso torna a área muito simbólica. Além disso, o Ártico é uma região-chave para o desenvolvimento, oferecendo oportunidades econômicas e implicando questões de segurança”, afirmou. Ele destacou que a proximidade geográfica entre Rússia e Estados Unidos no Alasca e a relevância da região no comércio e na segurança, incluindo a extensa costa ártica russa, estarão no centro das discussões.
Temas na pauta e obstáculos externos
O encontro deverá abordar não apenas o conflito na Ucrânia e a segurança europeia, mas também o desenvolvimento econômico e comercial. Rasmussen alerta, porém, que países europeus, especialmente o Reino Unido, podem tentar dificultar possíveis acordos.
Apesar disso, ele vê a reunião como um avanço positivo e afirma que a possibilidade de Trump visitar a Rússia futuramente é promissora. “O diálogo contínuo, independentemente de discordâncias ou resoluções, é positivo, ao contrário da abordagem anterior de tentar isolar a Rússia, que se mostrou ineficaz”, disse. Para Rasmussen, qualquer progresso resultante do encontro poderá beneficiar não só a paz, mas também as relações comerciais e a segurança global.
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