247 - Em uma ligação telefônica, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, abordou temas centrais da agenda internacional com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A conversa tratou da guerra em Gaza, do conflito na Ucrânia e da cooperação bilateral entre os dois países.
Segundo a Prensa Latina, que citou informações da Diretoria de Comunicações Presidenciais da Turquia, Erdogan reafirmou o engajamento de Ancara nos esforços para alcançar um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e facilitar a entrada de ajuda humanitária para a população civil, fortemente afetada pela escalada dos confrontos.
<h3>Esforços de mediação e diplomacia ativa</h3>
Na mesma chamada, o líder turco destacou a importância de reativar canais diplomáticos voltados à resolução pacífica da guerra entre Rússia e Ucrânia. Erdogan ressaltou que qualquer saída deve estar ancorada em princípios de justiça e estabilidade regional, frisando que a Turquia seguirá desempenhando um papel ativo na busca por soluções negociadas.
A conversa entre Erdogan e Putin ilustra a tentativa turca de se firmar como mediadora relevante em crises internacionais, ao mesmo tempo em que preserva suas relações de proximidade com Moscou.

José Reinaldo

Presidentes da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e da Rússia, Vladimir Putin

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Mundo

Erdogan e Putin dialogam sobre genocídio em Gaza e guerra na Ucrânia

247 - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou por telefone com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira (6). O diálogo abordou a situação atual no Oriente Médio e questões regionais sensíveis.
De acordo com informações divulgadas pelo Kremlin e repercutidas pela RT, a conversa incluiu uma análise detalhada do plano apresentado pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Faixa de Gaza. Durante a ligação, Putin “reafirmou a posição inabalável da Rússia em favor de uma solução abrangente para a questão palestina, baseada nos fundamentos do direito internacional já estabelecidos”.
Compromisso histórico com a causa palestina
A Rússia mantém, há décadas, o apoio à criação de um Estado palestino soberano. Esse posicionamento, segundo Moscou, está alinhado com as resoluções da ONU e o direito internacional. Atualmente, cerca de 80% dos 193 países-membros das Nações Unidas reconhecem oficialmente o Estado da Palestina, reforçando o isolamento diplomático de Israel nesse ponto.
Durante o telefonema, Putin e Netanyahu também discutiram outros temas de relevância regional. Segundo o comunicado oficial, “foi manifestado interesse em buscar soluções de negociação para a situação em torno do programa nuclear iraniano e na continuação da estabilização na Síria”.
Sanções ao Irã e gestos diplomáticos
A conversa ocorre em meio à retomada de sanções contra o Irã por conta de seu programa nuclear, medida adotada apesar das tentativas de mediação diplomática de Rússia e China no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Moscou e Pequim têm defendido o diálogo como caminho para evitar a escalada de tensões no Oriente Médio.
Durante o telefonema, Netanyahu aproveitou para felicitar Putin por seu aniversário, celebrado em 7 de outubro. O líder russo, por sua vez, “parabenizou Benjamin Netanyahu e o povo israelense pela chegada do feriado judaico de Sucot”, segundo o comunicado.
O teor da conversa reforça o papel de Moscou como ator estratégico na região e a continuidade do histórico apoio russo à causa palestina, que remonta à diplomacia soviética e mantém relevância nas negociações internacionais atuais.

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Em conversa por telefone com Netanyahu, Putin reafirma 'posição inabalável' da Rússia sobre questão palestina

247 – Os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Venezuela expressaram, em uma conversa telefônica, profunda preocupação com as ações militares dos Estados Unidos no Mar do Caribe, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores russo. A notícia foi publicada originalmente pela RT Brasil.
O chanceler russo Sergey Lavrov e o ministro venezuelano Yván Gil conversaram neste domingo (5) e destacaram que a crescente presença militar norte-americana na região representa um risco significativo para a estabilidade e a segurança do continente. “A escalada das ações de Washington na região poderia ter consequências de grande alcance para a região”, diz a nota oficial do Itamaraty russo.
Durante o diálogo, Lavrov foi categórico ao condenar o novo ataque perpetrado pelas forças dos Estados Unidos em 3 de outubro, quando um navio venezuelano foi alvejado em águas internacionais próximas ao território da Venezuela. Segundo o chanceler russo, “Moscou condena veementemente o novo ataque perpetrado pelo Exército dos EUA em 3 de outubro contra um navio em águas internacionais perto da Venezuela”.
A chancelaria russa também reiterou que a ação americana constitui uma violação do direito internacional e da soberania venezuelana, sublinhando que episódios como este “aumentam a tensão militar e ameaçam a paz regional”. Moscou e Caracas reforçaram a importância da cooperação entre os dois países para garantir a segurança marítima e defender o princípio de não intervenção.
O incidente, que ocorreu sob o governo do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, foi recebido com indignação por aliados da Venezuela e da Rússia, que enxergam na postura de Washington uma tentativa de intimidação geopolítica e de pressão militar sobre governos soberanos da América Latina.
A Rússia e a Venezuela mantêm estreita parceria estratégica e militar, e ambos os países têm denunciado o aumento das operações navais e aéreas norte-americanas no Caribe como parte de uma política de contenção e ameaça. A posição de Lavrov reforça o alinhamento de Moscou com Caracas diante do que classificam como “ações provocativas” dos Estados Unidos.

Redação Brasil 247

Sul Global

Moscou condena novo ataque dos EUA contra lancha perto da Venezuela

247 – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reafirmou o compromisso de seu país em defender os interesses soberanos das nações do Sul Global, durante seu discurso no Clube Valdai de Discussões Internacionais, realizado em Sochi. A análise foi feita por Viktor Kheifets, professor do departamento de teoria e história das relações internacionais da Universidade de São Petersburgo, em entrevista à Sputnik Brasil.
Segundo Kheifets, a fala de Putin não demonstrou intenção de ampliar o confronto com o Ocidente, mas sim de fortalecer a representatividade e os interesses dos países emergentes. “A Rússia quer demonstrar que cada país tem interesses soberanos”, afirmou o professor à agência.
<h2>BRICS como símbolo de cooperação</h2>
Um dos pontos centrais do discurso foi a valorização do BRICS como espaço de integração e cooperação. Putin destacou que cada grupo de países tem o direito de formar blocos de acordo com seus interesses, desde que isso não signifique hostilidade a outros.
“O bloco não tem a intenção de destruir a ordem mundial existente, mas busca reformá-la, fazendo o que é mais justo, mostrando o potencial de todos os países, e não apenas de um pequeno grupo”, destacou Kheifets, reforçando a leitura sobre a posição do presidente russo.
<h2>Defesa do multilateralismo e da coexistência</h2>
O analista enfatizou ainda a importância do recado transmitido pelo líder russo: o BRICS não se coloca contra nenhuma outra aliança internacional. Para Putin, a chave para a paz duradoura é a coexistência, e não a eliminação de adversários.
“A paz duradoura não pode ser alcançada apenas pedindo que alguém deixe de existir. O mundo precisa aprender a coexistir considerando todos os pontos de vista possíveis”, disse Kheifets, resumindo a mensagem do discurso.
<h2>Discurso longo e abrangente</h2>
Ontem (2), Vladimir Putin discursou por quase quatro horas no Clube Valdai, respondendo também a perguntas da audiência. Ele abordou temas como o conflito na Ucrânia, as relações da Rússia com Estados Unidos e Europa, além da situação em Gaza.
Grande destaque foi dado ao avanço do multilateralismo e à necessidade de reequilibrar o poder internacional, em um contexto em que o Sul Global busca maior voz em fóruns de decisão globais.

Presidente russo, Vladimir Putin, particia de fórum em Sochi

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Putin defende voz e direitos do Sul Global: analista explica discurso do líder russo no Clube Valdai

247 - O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o mundo já vive sob uma ordem multipolar e que o Ocidente perdeu a capacidade de impor sua hegemonia global. As declarações foram feitas durante a sessão plenária do Fórum Valdai, realizado em Sóchi, onde o líder russo abordou a guerra na Ucrânia, as relações com os Estados Unidos e a crescente militarização europeia.
Segundo a agência TASS, que compilou os principais trechos de seu discurso, Putin destacou que o cenário internacional passa por rápidas transformações e que os países devem estar preparados para mudanças drásticas. Ele defendeu que em um mundo multipolar não há espaço para modelos rígidos ou filosofias de blocos, ressaltando o fortalecimento de organizações como os BRICS e a Organização para Cooperação de Xangai (OCS).
Um mundo em transformação e o fim da hegemonia ocidental
Putin afirmou que "praticamente nada é predeterminado" nas relações internacionais atuais, destacando que cada país deve agir com ponderação e pragmatismo. Para ele, a tentativa de alguns países de manter uma postura de confronto é "anacrônica e insensata".
Sobre o Ocidente, o presidente russo declarou que os Estados Unidos e seus aliados atingiram o auge de sua influência no fim do século XX, mas que hoje não existe — e nunca existirá — uma força capaz de ditar unilateralmente as regras ao restante do planeta. "Tentativas foram feitas, mas todas terminaram em fracasso", disse.
Militarização da Europa e críticas a líderes europeus
O chefe do Kremlin criticou duramente os líderes europeus, acusando-os de fomentar uma "histeria antirrussa" para encobrir crises internas. "Francamente, sinto vontade de dizer a eles: acalmem-se, descansem um pouco e, finalmente, lidem com seus próprios problemas", afirmou.
Ele alertou ainda que Moscou acompanha de perto o aumento da militarização no continente europeu e prometeu que a resposta da Rússia "não demorará a chegar".
Guerra na Ucrânia e balanço militar
Putin afirmou que o conflito continua a ser alimentado por interesses ocidentais e acusou Kiev de tratar seus cidadãos como "material descartável". Ele garantiu que as forças russas mantêm a iniciativa no campo de batalha, consolidando o controle em várias regiões.
Entre os avanços militares, destacou a tomada de dois terços de Kupyansk, no leste da Ucrânia, e o controle total de Kirovsk, em Donetsk. Segundo ele, tropas russas já entraram em cidades estratégicas como Seversk e Konstantinovka, enquanto Volchansk estaria prestes a ser conquistada integralmente.
O líder russo também apresentou números expressivos sobre as perdas ucranianas: cerca de 44.700 soldados mortos em setembro, metade em caráter irreparável, e 150 mil deserções entre janeiro e agosto. "Há confusão nas fileiras do exército ucraniano; eles não entendem o que está acontecendo na linha de frente", disse.&nbsp;
Relações com os Estados Unidos e negociações internacionais
Apesar de reconhecer divergências entre Moscou e Washington, Putin afirmou que "soluções mutuamente aceitáveis" ainda são possíveis, desde que haja respeito. Ele elogiou o pragmatismo da atual administração norte-americana, destacando que prefere tratar com líderes que declaram seus objetivos de forma direta.
O presidente russo também mencionou o líder americano Donald Trump, classificando-o como um "parceiro de conversa confortável" que "sabe ouvir e escutar". Putin disse que Moscou está disposta a apoiar a proposta de Trump para um acordo de dois Estados no conflito entre Israel e Palestina, caso essa iniciativa possa levar a uma solução definitiva na Faixa de Gaza.
As falas de Vladimir Putin no Fórum Valdai reforçam a posição russa de que o equilíbrio global está em mudança, com o enfraquecimento da hegemonia ocidental e o fortalecimento de blocos alternativos de cooperação. Ao mesmo tempo, o Kremlin sinaliza abertura para negociações pragmáticas com Washington, ainda que mantenha sua posição firme no conflito da Ucrânia.

Putin afirma que hegemonia ocidental está em declínio

247 – O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira (25) que a Rússia está comprometida em fortalecer a segurança de suas instalações nucleares e rejeitou o que chamou de “colonialismo tecnológico” no setor. As declarações foram feitas durante a abertura do World Atomic Week, realizado em Moscou, com a presença de delegações de países como Belarus, Mianmar, Armênia, Etiópia, Irã, Uzbequistão, Egito e Níger, além do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi. A informação foi publicada pelo Valor Econômico <a href="https://valor.globo.com/mundo/noticia/2025/09/25/putin-rejeita-colonialismo-tecnolgico-e-anuncia-nova-era-da-energia-nuclear-na-rssia.ghtml" target="_new">aqui</a>.
Putin destacou que a Rússia não busca criar dependência tecnológica em seus parceiros internacionais. “Rejeitamos o colonialismo tecnológico. Isso significa que não tornamos nossos parceiros dependentes de soluções técnicas russas. Pelo contrário, estamos ajudando-os a criar sua própria indústria nuclear nacional soberana”, afirmou o líder, em evento organizado pela estatal Rosatom, uma das maiores empresas do setor nuclear no mundo.
<h2>Nova tecnologia de ciclo fechado</h2>
Durante o discurso, Putin anunciou que a Rússia lançará o primeiro sistema de energia nuclear com ciclo fechado de combustível, a ser instalado na região de Tomsk, na Sibéria Ocidental. Diferentemente das usinas convencionais, esse modelo permite o reprocessamento e a reciclagem do combustível, reduzindo o volume de resíduos e elevando a eficiência energética.
Apesar do custo elevado, especialistas consideram essa inovação um passo estratégico para tornar a energia nuclear mais sustentável e competitiva no cenário global. O presidente também revelou que a Rússia se prepara para a produção em massa de usinas nucleares tanto terrestres quanto flutuantes, o que, segundo ele, marca o início de uma “nova ordem tecnológica fundamental”.
<h2>Compromissos internacionais e segurança nuclear</h2>
Putin enfatizou que a guerra na Ucrânia tem acirrado tensões internacionais e aumentado as preocupações com a segurança nuclear, mas reforçou que a Rússia continua cumprindo suas obrigações globais. “A Rússia cumpre rigorosamente todas as suas obrigações nucleares, independentemente da situação política. A regulamentação nuclear deve ser tal que seja mantido um equilíbrio entre o desenvolvimento da energia nuclear pacífica e o fortalecimento do regime de não proliferação”, declarou.
Segundo o presidente, a segurança nuclear será tratada como “prioridade absoluta” na política energética russa. Ele defendeu ainda a necessidade de ampliar os instrumentos de financiamento internacional para projetos do setor: “Acredito que devemos construir mais usinas nucleares e ampliar os instrumentos internacionais de financiamento, com acesso igualitário às tecnologias”.
<h2>Energia limpa e integração com os Brics</h2>
O líder russo relacionou a expansão nuclear à crescente demanda por energia limpa e de baixo carbono, especialmente para setores intensivos em consumo, como data centers e aplicações de inteligência artificial.
Putin lembrou ainda o papel dos Brics no apoio a esse movimento: “No início deste ano o Novo Banco de Desenvolvimento, criado pelos países do Brics, confirmou sua disposição para financiar projetos nucleares. Já no final do ano passado, por iniciativa da Rússia, foi criado um mecanismo para coordenar os esforços dos países do Brics, uma plataforma sobre energia nuclear”.
O evento reforça a estratégia do Kremlin de posicionar a energia nuclear como peça-chave no futuro energético global, combinando inovação tecnológica, sustentabilidade e cooperação internacional.

Putin rejeita ‘colonialismo tecnológico’ e anuncia ‘nova era’ da energia nuclear na Rússia

247 - Quase metade do efetivo ativo da Rússia está atualmente mobilizada no confronto contra a Ucrânia, segundo declarou o presidente russo Vladimir Putin. A informação foi divulgada em reunião com líderes de bancadas parlamentares realizada nesta quinta-feira (18), conforme noticiou a RT.
Putin detalhou que cerca de 700 mil soldados estão posicionados ao longo da linha de contato, superando em mais de 100 mil a última estimativa feita em janeiro de 2024, quando ele havia mencionado 600 mil combatentes em atividade. O anúncio foi feito no contexto do programa “Tempo de Heróis”, voltado para preparar veteranos militares para funções no serviço público.
“Mais de 700.000 soldados estão posicionados ao longo da linha de contato, então precisamos selecionar entre eles. Precisamos escolher aqueles que estejam dispostos e sejam adequados para essa linha de trabalho”, afirmou o presidente russo.

Putin visitou um posto de comando em Mulino, noroeste da Rússia

Putin revela número de soldados russos em combate na Ucrânia

247 - Em uma reunião histórica, o líder norte-coreano Kim Jong-un se comprometeu a apoiar a Rússia em sua guerra contra a Ucrânia, chamando esse apoio de "dever fraternal", informa a Reuters. A conversa entre Kim e o presidente russo Vladimir Putin ocorreu na quarta-feira (3), em Pequim, durante as celebrações do fim da Segunda Guerra Mundial, que também marcaram o desfile militar conjunto com o presidente chinês Xi Jinping.
Este encontro é um marco nas relações internacionais da Coreia do Norte, visto que foi o primeiro do tipo com os três líderes em uma mesma ocasião desde os primeiros dias da Guerra Fria. A reunião teve lugar em meio a um grande desfile militar, onde Kim, Putin e Xi posaram juntos, sorrindo e conversando, consolidando ainda mais a relação trilateral entre os países. O encontro também permitiu a Kim a oportunidade de se reunir com Putin e Xi ao mesmo tempo, o que não havia acontecido até então, além de interagir com outros líderes presentes no evento. O encontro é uma vitória política e diplomática para a República Popular Democrática da Coreia.
A Agência de Notícias Norte-Coreana (KCNA) revelou detalhes importantes sobre a reunião entre Kim e Putin, que abordaram questões internacionais e regionais de grande relevância. Putin, em suas declarações, elogiou muito a atuação dos soldados norte-coreanos que estão lutando ao lado da Rússia no conflito com a Ucrânia, e destacou que as relações entre os dois países são “especiais, de confiança, amizade e aliança”. A Coreia do Norte, de fato, tem contribuído com apoio militar à Rússia, incluindo envio de soldados, munição de artilharia e mísseis. Estima-se que cerca de 2.000 soldados norte-coreanos tenham perdido a vida no campo de batalha, e novas tropas estão previstas para serem enviadas.
Durante a conversa, Kim e Putin também discutiram detalhadamente os planos de longo prazo para a parceria entre seus países e reafirmaram a "vontade inabalável" de fortalecer ainda mais suas relações bilaterais. A KCNA sublinhou que os dois líderes expressaram um compromisso mútuo em elevar os laços de amizade a um novo patamar, reforçando o caráter estratégico da aliança.
Este encontro também reforça um pacto de defesa mútua assinado no ano passado, no qual ambos os países se comprometem a se apoiar em caso de um ataque armado. A visita de Kim a Pequim e o fortalecimento das relações com a Rússia são, portanto, marcos significativos em uma nova fase da política internacional da Coreia do Norte, que continua a consolidar alianças estratégicas com potências globais como a Rússia e a China.
A &nbsp;visita de Kim Jong-un a Pequim e seu encontro com os líderes de Rússia e China não apenas simbolizam o estreitamento das relações entre os três países, mas também refletem um posicionamento cada vez mais firme da Coreia do Norte no cenário internacional, ao lado de Moscou e Pequim, no contexto das tensões globais envolvendo a Ucrânia.

Putin e Kim Jong-un reúnem-se em Pequim e reforçam aliança

Kim Jong-un reafirma apoio total à Rússia e discute parcerias com Putin

247 - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, encerrou sua visita oficial de quatro dias à China nesta quarta-feira (3) com uma coletiva de imprensa que gerou grande repercussão internacional. Durante a conversa com jornalistas, Putin abordou temas centrais sobre o conflito com a Ucrânia, a postura russa em relação à OTAN e à União Europeia, além de comentar sobre as perspectivas para futuras negociações. As declarações foram divulgadas pelo site Sputnik Internacional.
Entre os principais pontos abordados por Putin, um dos mais destacados foi o pedido feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que o líder russo agendasse um encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Contudo, Putin afirmou que, embora nunca tenha descartado a possibilidade de um encontro, a atual situação da Ucrânia torna esse tipo de diálogo "um caminho para lugar nenhum". Em suas palavras, “a Ucrânia tem o direito de escolher seu próprio sistema de segurança, mas não deve fazê-lo às custas da Rússia”.
O presidente russo também reiterou a oposição de Moscou à adesão da Ucrânia à OTAN, embora tenha afirmado que a Rússia não se opõe à entrada da Ucrânia na União Europeia. Putin destacou que a Rússia sempre esteve disposta a negociar e respeitar a autonomia ucraniana, mas sempre com a preservação de seus próprios interesses. Em relação a um ponto crucial do conflito, o líder russo negou que a questão das "garantias de segurança para a Ucrânia em troca de território" tenha sido levantada, afirmando que a Rússia não está lutando por territórios, mas sim pelos direitos das pessoas que vivem nas regiões em disputa.
Em suas declarações, Putin também fez questão de lembrar que a Rússia já havia oferecido à Ucrânia, em 2022, a retirada de suas tropas do Donbass e a possibilidade de encerrar o conflito. Contudo, ele afirmou que, após a retirada das tropas de Kiev, a Ucrânia mudou sua posição, o que teria complicado ainda mais o cenário. O presidente russo também sugeriu que a Ucrânia realizasse um referendo sobre as questões territoriais, o que, segundo ele, exigiria o levantamento da lei marcial e a realização de eleições.
Putin também elogiou o trabalho do negociador russo, Vladimir Medinsky, nas conversas com a Ucrânia, destacando sua "contenção e profissionalismo". Ele comentou ainda sobre as críticas enfrentadas por Steve Witkoff, enviado especial dos Estados Unidos para a Ucrânia, que, segundo Putin, tem se mostrado eficaz ao transmitir as posições da Rússia e dos EUA nas negociações.
Ao abordar a situação interna dos Estados Unidos, Putin fez um comentário sobre o que ele chamou de "partido da guerra", que estaria atacando aqueles que defendem uma postura mais pacífica. Ele afirmou que a “agenda belicista” quer levar a Ucrânia a continuar lutando até o último ucraniano, em um cenário de desgaste contínuo.
Por fim, Putin reforçou que a Rússia está disposta a elevar os níveis de negociação com a Ucrânia, mas sem ceder a pressões externas ou comprometer sua segurança nacional. O presidente russo encerrou a coletiva destacando que, apesar das dificuldades, a Rússia segue aberta ao diálogo, respeitando as decisões dos povos e buscando soluções que assegurem a estabilidade e segurança de todos os envolvidos.

Conheça os destaques das declarações de Putin sobre a Ucrânia durante coletiva de imprensa na China

247 - Moscou e Nova Délhi estão empenhadas em fortalecer uma parceria estratégica privilegiada especial, afirmou o presidente russo Vladimir Putin durante encontro com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi. A reunião ocorreu à margem da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), em Tianjin, China, segundo a agência russa TASS.
Putin lembrou que, em 21 de dezembro, completam-se 15 anos da declaração conjunta que elevou os laços bilaterais ao patamar de parceria estratégica privilegiada. Segundo o líder russo, essa trajetória consolidou uma relação sólida em diferentes áreas, sustentada pela confiança mútua e pelo apoio das sociedades de ambos os países.
<h3>Cooperação em múltiplos níveis</h3>
Durante a reunião, o presidente russo ressaltou que os vínculos entre os dois países avançam de forma consistente.
&nbsp;“Podemos afirmar com segurança que os laços multifacetados entre a Rússia e a Índia estão se desenvolvendo ativamente com base nesses princípios. Laços foram estabelecidos em vários níveis”, destacou Putin.
Ele também elogiou o aumento do intercâmbio turístico e a expansão das relações comerciais e econômicas, sublinhando tendências positivas nesses setores.
<h3>Coordenação internacional e confiança histórica</h3>
Putin frisou que Moscou e Nova Délhi atuam lado a lado em fóruns multilaterais. “Coordenamos estreitamente nossas atividades no cenário internacional, inclusive nas Nações Unidas, nos BRICS, no Grupo dos 20 e, claro, na OCX. Hoje, temos uma boa oportunidade para discutir os principais objetivos da cooperação bilateral multifacetada em diversos campos”, afirmou.
O presidente russo reforçou ainda o tom pessoal e histórico do vínculo entre as duas nações.
&nbsp;“Caro Sr. Primeiro-Ministro, meu caro amigo, a Rússia e a Índia mantêm há décadas relações especiais de amizade e confiança, que são a base do nosso relacionamento futuro”, declarou.
<h3>Uma parceria acima de divisões políticas</h3>
Para Putin, a cooperação com a Índia vai além de questões de governo e de partidos. Ele destacou que os laços bilaterais contam com o respaldo da maioria da população de ambos os países, o que garante estabilidade e continuidade no relacionamento.
Esse compromisso de longo prazo, segundo o líder russo, tem permitido a construção de uma parceria estratégica que se mantém como referência no cenário internacional.

Rússia e Índia reforçam parceria estratégica em encontro entre Putin e Modi

247 – O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, compartilharam nesta segunda-feira (1º) uma visão comum sobre a construção de uma nova ordem global durante a abertura da cúpula da Organização para a Cooperação de Xangai (OCX), realizada em Tianjin, no norte da China. A reportagem é da Reuters.
Em seu discurso de abertura, Xi afirmou que a OCX já representa um modelo de “novo tipo de relações internacionais” e defendeu que os países membros aproveitem o “mercado de megaescala” da região para fortalecer o comércio, os investimentos e a cooperação em setores estratégicos como energia, infraestrutura, ciência, tecnologia e inteligência artificial.
<blockquote>&nbsp;“Devemos defender a multipolarização igual e ordenada do mundo, uma globalização econômica inclusiva e promover a construção de um sistema de governança global mais justo e equitativo”, disse Xi.</blockquote>
Putin, por sua vez, apoiou abertamente a iniciativa chinesa e destacou que a organização representa a revitalização do “verdadeiro multilateralismo”. Segundo ele, a utilização crescente de moedas nacionais nas trocas comerciais entre os países membros é um passo fundamental para a consolidação de um novo sistema de estabilidade política e socioeconômica na Eurásia.
<blockquote>&nbsp;“Esse sistema de segurança, ao contrário dos modelos eurocêntricos e euro-atlânticos, consideraria genuinamente os interesses de um amplo espectro de países, seria verdadeiramente equilibrado e não permitiria que uma nação garantisse sua segurança às custas de outras”, declarou o presidente russo.</blockquote>
<h2>Solidariedade do Sul Global e críticas aos EUA</h2>
O encontro em Tianjin contou com a presença de mais de 20 líderes mundiais, incluindo o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, além de representantes da Ásia Central, Oriente Médio, Sul da Ásia e Sudeste Asiático. O gesto foi visto como uma forte demonstração de solidariedade do Sul Global.
Xi aproveitou seu pronunciamento para criticar indiretamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cujo conflito tarifário tem afetado economias emergentes. Na semana passada, as exportações indianas foram alvo de uma tarifa de 50% imposta por Washington.
O líder chinês também anunciou 2 bilhões de yuans (US$ 280 milhões) em ajuda gratuita aos países membros neste ano, além de 10 bilhões de yuans em empréstimos a serem disponibilizados por meio do consórcio bancário da OCX.
<h2>Reaproximação entre China e Índia</h2>
Às margens da cúpula, Xi e Modi realizaram seu primeiro encontro em sete anos. Ambos reforçaram a ideia de que China e Índia devem ser vistas como parceiras de desenvolvimento, e não como rivais, discutindo caminhos para ampliar os laços comerciais em meio às incertezas provocadas pela guerra tarifária global.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também esteve presente e destacou o papel “fundamental” da China na defesa do multilateralismo global.
<h2>A expansão da Organização para a Cooperação de Xangai</h2>
Criada inicialmente por seis países da Eurásia, a OCX se expandiu nos últimos anos e hoje reúne 10 membros permanentes e 16 parceiros entre observadores e países em diálogo. O bloco, que nasceu com foco em segurança regional, busca se consolidar cada vez mais como uma plataforma global de integração econômica e política, oferecendo uma alternativa às estruturas dominadas pelo Ocidente.

Xi Jinping recebe líderes internacionais na cúpula da OCX

Xi e Putin defendem nova ordem global em cúpula da Organização para a Cooperação de Xangai

PEQUIM (Reuters) - Rússia e China se opõem às sanções "discriminatórias" no comércio global que impedem o desenvolvimento socioeconômico do mundo, disse o presidente russo, Vladimir Putin, em entrevista por escrito à agência de notícias oficial chinesa Xinhua.
Os dois países continuarão a trabalhar para reduzir as barreiras comerciais mútuas, disse Putin na entrevista publicada no sábado (horário local), às vésperas de uma visita do líder russo ao maior parceiro comercial da Rússia.
Putin estará na China de domingo a quarta-feira, em uma visita de quatro dias que o Kremlin chamou de "sem precedentes".
O presidente russo participará primeiro da cúpula de dois dias da Organização de Cooperação de Xangai, na cidade portuária de Tianjin, no norte do país. Em seguida, Putin viajará para Pequim para manter conversações com o presidente chinês, Xi Jinping, e assistir a um grande desfile militar chinês que marca o fim da Segunda Guerra Mundial após a rendição formal do Japão.
"Em resumo, a cooperação econômica, o comércio e a colaboração industrial entre nossos países estão avançando em várias áreas", disse Putin.
"Durante minha próxima visita, certamente discutiremos outras perspectivas de cooperação mutuamente benéfica e novas medidas para intensificá-la em benefício dos povos da Rússia e da China."
A visita à China - a primeira de Putin desde maio do ano passado - ocorre no momento em que ele busca reverter a desaceleração do comércio bilateral, enquanto a guerra da Rússia na Ucrânia continua, apesar de uma recente cúpula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Alasca.
Quando as nações ocidentais cortaram os laços com a Rússia após a invasão da Ucrânia por Moscou em fevereiro de 2022, a China veio em seu socorro, comprando petróleo russo e vendendo produtos de carros a eletrônicos que levaram o comércio bilateral a um recorde de US$245 bilhões em 2024.
Putin e Xi declararam uma parceria estratégica "sem limites" em 2022. Os dois se encontraram mais de 40 vezes na última década.

Presidente da China, Xi Jinping, conversa com o presidente russo, Vladimir Putin 

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