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      Suíça admite dar imunidade a Putin em conferência de paz

      Regras aprovadas pelo governo federal suíço em 2024 autorizam imunidade a alvos de prisão internacional em mediações de conflitos

      O presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou - 12/8/2025 (Foto: Sputnik/Vyacheslav Prokofyev/Pool via REUTERS)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - A Suíça anunciou nesta terça-feira (19) que poderá conceder imunidade ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, caso ele participe de uma conferência de paz organizada no país. A afirmação, segundo O Globo, foi feita pelo ministro das Relações Exteriores suíço, Ignazio Cassis, em entrevista coletiva em Berna, ao lado de seu homólogo italiano, Antonio Tajani.

      Segundo Cassis, a decisão decorre de regras aprovadas em 2024 pelo governo federal suíço, que autorizam a concessão de imunidade a pessoas alvo de mandados de prisão internacional quando se trata de encontros oficiais destinados à mediação de conflitos. O chanceler, no entanto, ressaltou que a medida tem limites claros: “Essa medida não se aplica a deslocações por motivos pessoais”, frisou.

      Putin é alvo de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) desde 2023, acusado de envolvimento no sequestro e deportação de crianças ucranianas para a Rússia, a partir de territórios ocupados durante a guerra. O Kremlin nega as acusações e classifica o processo como politicamente motivado.

      O anúncio da diplomacia suíça ocorre em um momento de intensa movimentação diplomática em torno do conflito no Leste Europeu. Na segunda-feira (18), em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para uma cúpula com líderes europeus, que buscou discutir alternativas para um cessar-fogo e a retomada das negociações de paz.

      Os 27 países da União Europeia devem realizar nesta quarta-feira (20) um balanço das reuniões em Washington. O bloco europeu avalia o impacto da aproximação entre Kiev e Washington e os possíveis desdobramentos para futuras negociações, nas quais a presença de Putin ainda é vista como incerta, apesar do sinal enviado por Berna.

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