247 - Neste domingo (9), durante evento “Presença Suíça na COP30”, no Museu Paraense Emílio Goeldi, a Embaixada da Suíça no Brasil anunciou oficialmente a doação de 5 milhões de francos suíços — equivalentes a aproximadamente R$ 33 milhões — ao Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A informação foi recebida como um fortalecimento da cooperação bilateral na agenda de conservação da floresta.
O aporte marca a duplicação da contribuição suíça ao Fundo, que com esse novo valor passa superar os R$ 60 milhões desde o início da parceria. O anúncio foi formalizado no evento “Presença Suíça na COP30”, organizado pela Embaixada da Suíça, pela Swissnex e pela Agência Suíça de Cooperação, na presença de altos representantes dos governos brasileiro e suíço, além da presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana.
Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o gesto reforça a confiança internacional no Brasil e na governança do Fundo Amazônia. Segundo ele:
<blockquote>“A nova contribuição da Suíça confirma que estamos no caminho certo. O Fundo Amazônia atingiu um patamar inédito: passamos de cerca de R$ 300 milhões anuais para mais de R$ 1,2 bilhão por ano em financiamentos, apoiando 650 instituições em 75% dos municípios da Amazônia. É uma prova de que resultados concretos geram confiança. Agora, o nosso desafio é transformar o arco do desmatamento no arco da restauração, com ciência, tecnologia, inclusão social e cooperação internacional. Proteger a Amazônia é proteger o futuro do planeta - e fazemos isso junto com quem acredita nessa agenda”.</blockquote>
Já a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou o valor estratégico da parceria:
<blockquote>“Estamos vivendo um momento decisivo. Reduzimos o desmatamento, fortalecemos a fiscalização e ampliamos o apoio às populações da floresta porque recuperamos as instituições e a governança ambiental do país. O Fundo Amazônia já está presente em 75% dos municípios da região, apoiando projetos que vão do combate às queimadas à segurança alimentar dos povos indígenas. Cada parceria internacional, como esta com a Suíça, é mais do que um aporte financeiro: é um compromisso compartilhado com a vida, com a floresta e com um modelo de desenvolvimento que gere justiça climática e oportunidades sustentáveis. Proteger a Amazônia é proteger o futuro do planeta”.</blockquote>
Segundo o embaixador da Suíça no Brasil, Hanspeter Mock:
<blockquote>“Por meio dessa parceria, apoiamos os esforços do governo federal para fortalecer a capacidade dos órgãos ambientais responsáveis pelo monitoramento, pela prevenção e pelo combate ao desmatamento ilegal, à degradação ambiental e aos incêndios florestais. O Ministério do Meio Ambiente anunciou recentemente resultados impressionantes na redução do desmatamento na Amazônia, alcançando, no último ano, o terceiro menor índice já registrado na história da região. Sentimo-nos honrados em contribuir para esse avanço e em caminhar ao lado do Brasil nesse trabalho”.</blockquote>
O novo montante reforça o papel do Fundo Amazônia como principal instrumento global de financiamento de ações de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) e dá seguimento à retomada dos aportes internacionais, após suspensão de doações em anos anteriores.
Em dezessete anos de operação, o Fundo já beneficiou cerca de 260 mil pessoas por meio de mais de 600 organizações comunitárias e com apoio a 144 projetos em todos os nove estados da Amazônia Legal. O mecanismo tem sido destacado como relevante para o cumprimento dos compromissos brasileiros no âmbito do Acordo de Paris e do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm).
Com a Suíça, o Brasil agrega mais um país doador ao Fundo, que já contava com contribuições de Alemanha, Noruega, Reino Unido, Dinamarca, Estados Unidos, Japão, Irlanda e União Europeia. A transparência dos dados — doações, contratos e desembolsos disponíveis publicamente — fortalece a credibilidade do modelo.
Durante a COP30, o BNDES também anunciou que, desde 2023, já mobilizou cerca de R$ 7 bilhões em iniciativas de restauração ecológica, mane­jo sustentável e desenvolvimento de cadeias florestais. No bioma amazônico, o programa “Arco da Restauração”, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, já mobilizou R$ 2,4 bilhões.

Guilherme Levorato

Autoridades no evento “Presença Suíça na COP30”

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COP30

Suíça dobra aporte e repassa R$ 33 milhões ao Fundo Amazônia durante a COP30

247 - O Brasil recebe neste domingo (9) uma nova contribuição da Suíça para o Fundo Amazônia, durante o evento “Presença Suíça na COP30”, no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA). A cerimônia conta com a participação do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
A Suíça confirmou a doação de 5 milhões de francos suíços — o equivalente a cerca de R$ 33 milhões — para reforçar os investimentos voltados à preservação da floresta amazônica e ao desenvolvimento sustentável da região.
O evento reúne autoridades dos dois países, entre elas o embaixador da Suíça no Brasil, Hanspeter Mock, o embaixador suíço para o Meio Ambiente e chefe da delegação suíça na COP30, Felix Wertli, a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, e o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.
<h2>Cooperação ambiental e desenvolvimento sustentável</h2>
O Fundo Amazônia é considerado a maior iniciativa global de financiamento para a redução de emissões causadas por desmatamento e degradação florestal. Gerido pelo BNDES sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente, o fundo tem se consolidado como um modelo de cooperação internacional em políticas climáticas e preservação ambiental.
Desde sua criação, o Fundo Amazônia já apoiou 144 projetos que beneficiaram mais de 600 organizações comunitárias e cerca de 260 mil pessoas em toda a região. As ações incluem prevenção ao desmatamento, fortalecimento da bioeconomia, valorização dos saberes tradicionais e incentivo à inclusão produtiva de comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas.
A nova contribuição suíça reforça o papel estratégico do Fundo Amazônia na promoção de iniciativas sustentáveis e na proteção da floresta, ampliando o alcance de programas que conciliam conservação ambiental com melhoria das condições de vida da população amazônica.

Suíça anuncia nova doação de R$ 33 milhões ao Fundo Amazônia durante evento em Belém

247 – A China e a Suíça anunciaram, na última semana, a publicação de um documento conjunto voltado ao fortalecimento de sua parceria estratégica e ao aprofundamento da cooperação bilateral e multilateral. O texto foi emitido durante a quarta rodada do Diálogo Estratégico entre os ministros das Relações Exteriores, realizada na cidade de Bellinzona, no sul da Suíça.
Segundo noticiou o <a href="https://portuguese.people.com.cn/n3/2025/1011/c309809-20375664.html">Diário do Povo</a>, o encontro reuniu o chanceler chinês Wang Yi e o conselheiro federal suíço Ignazio Cassis. A visita marca a celebração dos 75 anos de relações diplomáticas entre os dois países e, em 2026, completará uma década da chamada parceria estratégica inovadora.
No documento, Pequim e Berna destacaram a relevância do acordo de livre comércio, em vigor desde 2014, ressaltando que o tratado desempenha papel essencial na cooperação econômica. Ambos os lados afirmaram estar dispostos a avançar nas negociações para atualizar o acordo em um patamar mais elevado, com o objetivo de impulsionar ainda mais a cooperação econômica, defender o livre comércio e apoiar uma globalização econômica mais equilibrada, inclusiva e aberta.
Além da área comercial, os dois governos manifestaram interesse em reforçar laços em setores como cultura, educação e turismo, buscando ampliar o entendimento mútuo e a amizade entre os povos.
O documento também prevê ações conjuntas em campos estratégicos, como finanças, inteligência artificial, direitos humanos, proteção ambiental e desenvolvimento verde e sustentável. A Suíça declarou apoio à criação da Organização Internacional para Mediação (IOMed), proposta pela China, e demonstrou disposição em cooperar nesse novo organismo multilateral.
Ambos os países reafirmaram o compromisso com o sistema internacional centrado na ONU e a ordem baseada no direito internacional, além de fortalecer a atuação conjunta em fóruns como a Organização Mundial do Comércio (OMC).
O governo suíço ainda destacou positivamente a Iniciativa de Governança Global, apresentada pelo presidente chinês Xi Jinping, como contribuição para a reforma do sistema internacional. Segundo o documento, a Suíça se comprometeu a apoiar propostas que respeitem o direito internacional.

Redação Brasil 247

Diário do Povo

China e Suíça fortalecem parceria estratégica em novo documento conjunto

247 - O ator Wagner Moura foi premiado no festival de Zurique pelo papel como protagonista do filme "O Agente Secreto", longa dirigido pelo cineasta Kleber Mendonça Filho. Ambientado no Brasil em 1977, durante a Ditadura Militar (1964-1985), a obra conta a história de um professor que se muda de São Paulo para Recife (PE) numa tentativa de deixar o passado e recomeçar a vida. A vivência dele na capital pernambucana não sai como o planejado.
"Wagner Moura recebeu o Golden Eye Award por sua carreira e performance extraordinária em O Agente Secreto de Kleber Mendonça Filho. Ele é o primeiro ator sul-americano a receber este prêmio", afirmou a organização do evento na Suíça. O relato foi publicado na <a href="https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2025/09/wagner-moura-recebe-premio-em-zurique-por-o-agente-secreto.shtml">Folha de S.Paulo</a>.
O artista comentou a conquista em vídeo divulgado no perfil oficial do festival. "É um reconhecimento que eu carrego, e entendo que não se trata apenas de mim e do que faço, mas do cinema sul-americano. Isso me deixa muito orgulhoso".
O cineasta elogiou o ator. "Wagner é alguém que eu amo. Ele é um bom amigo. É incrivelmente carismático. É uma estrela de cinema. Um grande ator e uma pessoa incrível. Ou seja, é o pacote completo".
Antes de O Agente Secreto, Kleber Mendonça dirigiu o documentário Retratos Fantasmas (2023), a ficção distópica Bacurau (2019), codirigido com Juliano Dornelles; Aquarius (2016), protagonizado por Sônia Braga; O Som ao Redor (2012) e Crítico (2008).

Leonardo Lucena

Com O agente secreto, Kleber Mendonça Filho reafirma seu compromisso com obras que combinam crítica social

Cultura

Wagner Moura recebe prêmio em Zurique por atuação no filme 'O Agente Secreto', de Kleber Mendonça Filho

CGTN – O presidente chinês, Xi Jinping, e Karin Keller-Sutter, presidente da Confederação Suíça, trocaram neste domingo felicitações pelo 75º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países.
Em sua mensagem, Xi observou que a China e a Suíça dão um exemplo de cooperação amistosa entre países com diferentes sistemas sociais e estágios de desenvolvimento.
Xi disse que desde o estabelecimento de laços diplomáticos há 75 anos, os dois lados cultivaram um espírito de cooperação de igualdade, inovação e resultados ganha-ganha, alcançando resultados frutíferos nas arenas bilaterais e multilaterais, melhorando o bem-estar de seus povos e fazendo contribuições positivas para a manutenção do multilateralismo e do livre comércio.
Xi disse que atribui grande importância ao desenvolvimento das relações China-Suíça e está pronto para trabalhar com Keller-Sutter para aproveitar o 75º aniversário dos laços como uma oportunidade para aprofundar a cooperação empresarial e financeira e os intercâmbios entre pessoas, elevar a parceria estratégica inovadora China-Suíça a um novo nível e fazer novas contribuições para promover um mundo multipolar igualitário e ordenado e uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva.
Em sua mensagem, Keller-Sutter disse que, nos últimos 75 anos, a Suíça e a China mantiveram intercâmbios, diálogos e cooperação prática baseados no respeito mútuo, estabelecendo uma parceria diversificada e sólida.
A entrada em vigor do acordo de livre comércio entre os dois países em 2014 e o estabelecimento de sua parceria estratégica inovadora em 2016 são marcos nas relações Suíça-China, significando a contínua expansão e aprofundamento da cooperação em vários campos, disse ela.
Olhando para o futuro, Keller-Sutter disse que a Suíça está disposta a continuar aprofundando os intercâmbios e a cooperação com a China e fortalecendo a amizade de longo prazo entre os dois países.
fonte: Xinhua

China

Xi Jinping e presidente da Suíça trocam felicitações pelo 75º aniversário de relações

247 - A Suíça anunciou nesta terça-feira (19) que poderá conceder imunidade ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, caso ele participe de uma conferência de paz organizada no país. A afirmação, segundo <a href="https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/08/19/suica-admite-dar-imunidade-a-putin-se-comparecer-a-conferencia-de-paz.ghtml">O Globo</a>, foi feita pelo ministro das Relações Exteriores suíço, Ignazio Cassis, em entrevista coletiva em Berna, ao lado de seu homólogo italiano, Antonio Tajani.
Segundo Cassis, a decisão decorre de regras aprovadas em 2024 pelo governo federal suíço, que autorizam a concessão de imunidade a pessoas alvo de mandados de prisão internacional quando se trata de encontros oficiais destinados à mediação de conflitos. O chanceler, no entanto, ressaltou que a medida tem limites claros: “Essa medida não se aplica a deslocações por motivos pessoais”, frisou.
Putin é alvo de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) desde 2023, acusado de envolvimento no sequestro e deportação de crianças ucranianas para a Rússia, a partir de territórios ocupados durante a guerra. O Kremlin nega as acusações e classifica o processo como politicamente motivado.
O anúncio da diplomacia suíça ocorre em um momento de intensa movimentação diplomática em torno do conflito no Leste Europeu. Na segunda-feira (18), em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para uma cúpula com líderes europeus, que buscou discutir alternativas para um cessar-fogo e a retomada das negociações de paz.
Os 27 países da União Europeia devem realizar nesta quarta-feira (20) um balanço das reuniões em Washington. O bloco europeu avalia o impacto da aproximação entre Kiev e Washington e os possíveis desdobramentos para futuras negociações, nas quais a presença de Putin ainda é vista como incerta, apesar do sinal enviado por Berna.

Paulo Emilio

O presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou - 12/8/2025

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Mundo

Suíça admite dar imunidade a Putin em conferência de paz

247 - A presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, afirmou nesta terça-feira (12) que o governo não seria contrários à escalação do ex-tenista Roger Federer ou do presidente da Fifa, Gianni Infantino, para negociar com o governo Donald Trump a redução da carga tarifária de 39% determinada pelos Estados Unidos sobre as importações suíças.&nbsp;
"Se personalidades que o conhecem conversarem com ele, não seremos contra", disse Keller-Sutter ao canal local Tele Zueri após ser questionada sobre Infantino ou Federer conversando com Trump.
"Essa não é uma estratégia que podemos adotar oficialmente. Não sei se isso realmente ajudaria no final", complementou.&nbsp;

Suíça discute escalar Roger Federer para negociar tarifas com o governo Trump

WASHINGTON/ZURIQUE, 6 de agosto (Reuters) – A presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, deixou Washington de mãos vazias nesta quarta-feira após uma viagem organizada às pressas para tentar impedir a aplicação de uma tarifa de 39% sobre as exportações suíças para os Estados Unidos — seu maior mercado, segundo três fontes com conhecimento do assunto.
Keller-Sutter afirmou ter tido uma “reunião muito boa” com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. No entanto, uma das fontes informou que ela não se encontrou com o presidente norte-americano Donald Trump nem com autoridades de alto escalão da área comercial.
A presidente buscava negociar uma tarifa de 10%, proposta rejeitada pelas autoridades norte-americanas, segundo essa fonte. A mesma pessoa acrescentou que a maioria dos países está enfrentando tarifas muito mais altas e que a redução do déficit comercial dos EUA continua sendo a prioridade de Trump.
Segundo uma fonte suíça familiarizada com as discussões, Washington estaria interessado em ampliar suas exportações de energia e defesa para a Suíça. Em troca, os suíços buscam a redução de tarifas sobre bens vendidos aos EUA, que são grandes compradores de relógios, máquinas e chocolates suíços.
Trump havia anunciado em abril uma tarifa de 31% para produtos suíços como parte de sua campanha para reorganizar o comércio global. Na semana passada, porém, aumentou a alíquota para 39%.
“Hoje tivemos uma reunião muito boa. Tivemos uma troca muito amigável e aberta”, disse Keller-Sutter a jornalistas após o encontro no Departamento de Estado, em Washington. Ela não respondeu à pergunta sobre novas ofertas que a Suíça estaria disposta a fazer. A tarifa mais alta entra em vigor nesta quinta-feira.
Mais tarde, nas redes sociais, Keller-Sutter escreveu que discutiu com Rubio a cooperação bilateral, a situação das tarifas e temas internacionais.
Uma fonte próxima à delegação suíça informou que a comitiva já se preparava para deixar Washington sem um acordo, e que o gabinete do país deverá se reunir entre quinta ou sexta-feira.
“Viemos com a intenção de apresentar novas ideias ao governo americano para resolver a questão tarifária, o que fizemos”, afirmou essa fonte. “Estamos prontos para que as negociações continuem.”
A decisão de Trump, na semana passada, de aplicar uma das tarifas mais altas desde o início da reconfiguração do comércio global pegou a Suíça de surpresa e ameaça causar danos severos à sua economia fortemente exportadora.
Keller-Sutter e o ministro da Economia, Guy Parmelin, voaram para Washington na terça-feira, em uma tentativa de última hora para tentar evitar a entrada em vigor da tarifa de 39%.
De acordo com uma das fontes, novas rodadas de conversas seguem possíveis, mesmo depois de a tarifa começar a valer.
Parmelin já havia sugerido que a Suíça poderia comprar gás natural liquefeito dos EUA como forma de obter um acordo melhor.
No mês passado, a União Europeia garantiu uma tarifa de 15% em troca de um acordo com Washington que inclui a compra de US$ 750 bilhões em gás natural liquefeito, petróleo e produtos de energia nuclear ao longo dos próximos três anos.
Embora a UE não tenha feito uma promessa formal de adquirir mais armamentos dos EUA, indicou aos negociadores americanos que os fornecedores do país se beneficiariam com o aumento dos gastos com defesa, em linha com os compromissos assumidos na OTAN sob pressão de Trump.
Essas concessões, juntamente com um compromisso de aumentar os investimentos nos EUA, foram consideradas decisivas para o fechamento do acordo, segundo uma fonte familiarizada com as negociações entre EUA e UE.
A Suíça já compra equipamentos militares dos EUA e fez um pedido de 6 bilhões de francos suíços (US$ 7,43 bilhões) para adquirir caças F-35A Lightning II da Lockheed Martin.
Embora o governo suíço afirme estar concentrado em melhorar sua oferta a Washington e não planeje medidas retaliatórias, alguns políticos no país têm defendido o cancelamento do contrato dos F-35 devido à disputa comercial.
<h3>Impacto econômico iminente</h3>
Mais cedo nesta quarta-feira, Keller-Sutter e sua equipe se reuniram com empresários suíços, entre eles o presidente da Roche, Severin Schwan, e os fundadores da gestora Partners Group, Alfred Gantner e Marcel Erni. Também participou do encontro Daniel Jaeggi, presidente da empresa global de energia e commodities Mercuria.
O grupo discutiu a situação das tarifas, informou o governo suíço, sem fornecer mais detalhes.
Outros encontros ainda estão previstos com executivos de empresas suíças que atuam nos Estados Unidos. Associações empresariais alertam que dezenas de milhares de empregos suíços podem estar ameaçados se a tarifa de 39% for aplicada.
Fabricantes de queijo, por exemplo, esperam uma queda acentuada nas vendas para os EUA, que responderam por 11% das exportações suíças de queijos como Gruyère e Emmental no ano passado.
“Os impostos são enormes”, disse Anthony Margot, produtor de queijos da quinta geração de sua família. “Não podemos substituir um mercado como os Estados Unidos da noite para o dia.”
O índice suíço de referência, Swiss Market Index, caía 1% nas negociações da tarde desta quarta-feira.
Após conversas com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, a Suíça havia chegado a um esboço de declaração conjunta com os EUA no início de julho, que incluía uma tarifa de 10%.
No entanto, Trump voltou atrás na sexta-feira, após o que autoridades americanas descreveram como uma ligação telefônica difícil com Keller-Sutter. Fontes suíças confirmaram que a ligação não foi bem-sucedida, mas negaram qualquer ruptura entre os dois líderes.
Durante sua visita, a presidente suíça não se encontrou com Greer, Bessent nem com o secretário de Comércio, Howard Lutnick, informou uma das fontes à Reuters.
Cotação: US$ 1 = 0,8080 francos suíços
Reportagem adicional de Dave Graham e Manuel Ausloos. Edição de Miranda Murray, Joe Bavier e Nia Williams

Luis Mauro Filho

A presidente suíça, Karin Keller-Sutter, fala com a imprensa após uma coletiva de imprensa, após se reunir em reuniões bilaterais separadas com as delegações chinesa e americana antes das negociações comerciais em Genebra, Suíça, em 9 de maio de 2025

Suíça deixa Washington sem acordo e enfrentará tarifa de 39% dos EUA

247 - Se inicia nesta quarta-feira (2), na Suíça, a 14ª edição da Eurocopa Feminina, principal competição de seleções da Europa. O torneio reúne 16 equipes divididas em quatro grupos e será disputado até 27 de julho, quando a final acontecerá no estádio St. Jakob-Park, em Basileia.&nbsp;
A atual campeã, Inglaterra, busca o bicampeonato após conquistar o título em 2022. A seleção espanhola, vencedora da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Copa+do+Mundo">Copa do Mundo</a> de 2023 e da Liga das Nações 2023/24, é uma das favoritas, contando com jogadoras como Aitana Bonmatí e Alexia Putellas, ambas premiadas com a Bola de Ouro.&nbsp;
Os grupos da competição são:
<ul>
 <li>&nbsp;Grupo A: Suíça, Noruega, Islândia e Finlândia</li>
 <li>&nbsp;Grupo B: Espanha, Portugal, Bélgica e Itália</li>
 <li>&nbsp;Grupo C: Alemanha, Polônia, Dinamarca e Suécia</li>
 <li>Grupo D: França, Inglaterra, País de Gales e Países Baixos</li>
 <li> </li>
</ul>
Na rodada de abertura, Islândia enfrenta a Finlândia, e a anfitriã Suíça jogou contra a Noruega. A fase de grupos ocorre até 13 de julho, seguida pelas quartas de final (16 a 19 de julho), semifinais (22 e 23 de julho) e a final em 27 de julho.&nbsp;
No Brasil, os jogos da Eurocopa Feminina 2025 são transmitidos pela CazéTV no YouTube.
A <a href="https://www.brasil247.com/search?term=UEFA+">UEFA </a>anunciou que esta edição terá uma premiação recorde de 41 milhões de euros, com a seleção campeã podendo receber até 5,1 milhões de euros, somando bônus por desempenho.
A competição é realizada em oito cidades suíças: Basileia, Berna, Genebra, Zurique, Lucerna, Sion, Thun e São Galo. A partida de abertura e a final acontecem em Basileia, no estádio St. Jakob-Park.

Futebol - Liga das Nações Feminina - Liga A - Bélgica x Inglaterra - Den Dreef, Leuven, Bélgica - 8 de abril de 2025 Jogadores belgas comemoram após a partida

Esporte

Eurocopa Feminina 2025 começa na Suíça com Espanha e Inglaterra entre as favoritas

247 - O governo do Reino Unido decidiu retirar toda a sua equipe diplomática do Irã em resposta ao agravamento da crise entre Teerã e Israel. A medida, segundo a AFP, foi confirmada nesta sexta-feira (20) e acompanha decisões semelhantes tomadas por outros países aliados dos Estados Unidos, como Suíça e Portugal, que também suspenderam temporariamente suas atividades diplomáticas na república islâmica, 
“Devido à atual situação de segurança, tomamos a medida de precaução de retirar temporariamente nosso pessoal britânico do Irã. Nossa embaixada continua funcionando à distância”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores britânico em nota oficial. “Levamos extremamente a sério a proteção de nosso pessoal e dos cidadãos britânicos, e há muito tempo desaconselhamos qualquer viagem ao Irã”, acrescentou o comunicado.
Pouco antes, a Suíça havia anunciado o fechamento provisório de sua embaixada em Teerã. Apesar disso, o governo suíço segue representando os interesses dos Estados Unidos no país, papel que exerce desde 1980, em razão da ausência de relações diplomáticas formais entre Washington e Teerã.
“O pessoal expatriado deixou o território iraniano e está em segurança”, informou o Ministério das Relações Exteriores da Suíça. Em 17 de junho, cinco diplomatas e seus acompanhantes já haviam deixado o país com destino ao Turcomenistão. Outros sete, entre eles a embaixadora Nadine Olivieri Lozano, seguiram por terra até o Azerbaijão. O governo suíço afirmou ainda que mantém “contato estreito” com o pessoal local, que, por segurança, já não frequenta as instalações da embaixada.
A Austrália também tomou medida semelhante nesta sexta-feira. A ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, anunciou a suspensão das operações da embaixada australiana em Teerã e a retirada do corpo diplomático e familiares. “Não é uma decisão tomada de forma leviana. Está baseada na deterioração do ambiente de segurança no Irã”, declarou a ministra, em entrevista coletiva concedida em Adelaide. O governo australiano orientou todos os seus cidadãos que se encontram no Irã a deixarem o país o quanto antes, caso possam fazê-lo com segurança. Segundo Wong, aproximadamente 2.000 australianos e seus familiares querem deixar o território iraniano, enquanto cerca de 1.200 cidadãos do país se encontram atualmente em Israel.
Além de Reino Unido, Suíça e Austrália, outros países como Portugal, Bulgária, Chéquia e Nova Zelândia optaram por suspender temporariamente as atividades de suas missões diplomáticas no Irã.
As decisões foram motivadas pela escalada do conflito entre Irã e Israel. Na última semana, Israel — que acusa o Irã de estar perto de desenvolver armamento nuclear — lançou ataques aéreos contra alvos iranianos, gerando confrontos letais.
Em meio à crescente tensão, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quinta-feira (19) que pretende tomar uma decisão sobre uma possível intervenção militar no Irã “dentro de duas semanas”, em coordenação com Israel.

Primeiro-ministro britânico, Keir Starmer

Reino Unido retira diplomatas do Irã em meio a escalada do conflito com Israel

CGTN – O governo da República Popular da China e o governo dos Estados Unidos da América divulgaram nesta segunda-feira (12) a declaração conjunta sobre as negociações econômicas e comerciais realizada em Genebra, Suíça.
Segundo o documento, as duas partes conseguiram importantes consensos, cancelando as tarifas extraordinárias antes do dia 14 deste mês.
Washington concorda em cancelar as tarifas decididas pelos Decretos Administrativos nº 14259 de 8 de abril de 2025 e nº 14266 de 9 de abril de 2025. Além disso, a tarifa de 24% definida pelo Decreto Administrativo nº 14257 será suspensa em 90 dias e a parte estadunidense mantém apenas uma extra tarifa de 10% sobre os produtos chineses.
Por outro lado, a parte chinesa também vai suspender a tarifa de 24% em 90 dias e aumentar apenas uma tarifa de 10% sobre os produtos importados dos EUA. Além disso, Beijing decidiu suspender ou cancelar todas as contramedidas não tarifárias aplicadas desde o dia 2 de abril.
Fonte: CMG

Nicolas Iwashita

China e EUA divulgam declaração conjunta sobre negociações comerciais na Suíça

CGTN – O presidente da China, Xi Jinping, enviou no primeiro dia de 2025 uma mensagem de felicitações à nova presidente do Conselho Federal da Suíça, Karin Keller-Sutter, pelo seu empossamento.
Xi Jinping destacou que este ano marca o 75º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre China e Suíça. Ao longo de 75 anos, ambas as partes, com base no espírito de cooperação igualitária, inovadora e mutuamente benéfica, promoveram progressos significativos nos intercâmbios e na cooperação em diversos setores.
O líder chinês salientou que atribui grande importância ao desenvolvimento das relações entre as duas nações e está disposto a trabalhar junto com a presidente, aproveitando o marco do 75º aniversário, para fortalecer ainda mais a confiança política mútua, aprofundar a cooperação de benefício mútuo e continuar promovendo a parceria estratégica inovadora entre China e Suíça em benefício de ambos os povos.
Tradução: Wang Siqi
Revisão: Denise Melo

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