247 - A Colômbia está preparando as condições necessárias para a celebração da 4ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac)-União Europeia, que será realizada na cidade de Santa Marta, no norte do país, nos dias 9 e 10 de novembro, informa a Prensa Latina.
De acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, na qualidade de presidente rotativa do bloco regional, a Colômbia buscará trazer uma voz unificada da América Latina e do Caribe para a reunião, permitindo-lhe influenciar grandes transformações globais ao mesmo tempo em que promove uma agenda compartilhada com a associação europeia em áreas-chave.
"Mais do que um encontro birregional, a Quarta Cúpula representa uma oportunidade para fortalecer a integração, promover o desenvolvimento sustentável e projetar uma voz comum no cenário global", enfatizou o Ministério das Relações Exteriores.
A organização definiu o encontro como um fórum político e diplomático histórico e de alto nível, onde países da América Latina, Caribe e Europa convergem para renovar compromissos sobre a Tríplice Transição (energética, digital e ambiental), autossuficiência em saúde e acesso equitativo a medicamentos.
Ela também observou que as conversas também abordarão agricultura sustentável e segurança alimentar, igualdade de gênero e direitos das populações afrodescendentes e indígenas, entre outros tópicos.
Alguns dos principais objetivos da cúpula são definir um roteiro para a cooperação entre os dois blocos até 2027 e promover uma declaração política com compromissos concretos com energia renovável, segurança alimentar, autossuficiência em saúde e financiamento do desenvolvimento.
O Ministério das Relações Exteriores observou que o comércio entre as duas regiões ultrapassa € 200 bilhões anualmente, ressaltando a importância de fortalecer o diálogo birregional eficaz e sustentável.
O Fórum da Sociedade Civil América Latina e Caribe-União Europeia também será realizado nos dias que antecedem a cúpula, nos dias 7 e 8 de novembro.
Além disso, serão realizados fóruns acadêmicos paralelamente ao encontro, bem como a segunda rodada de mesas redondas técnicas para troca de experiências em áreas prioritárias de trabalho, incluindo educação, mobilidade acadêmica, digitalização e inteligência artificial, multilinguismo e interculturalidade, além de diversos eventos culturais.

José Reinaldo

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América Latina

Colômbia prepara condições para realizar 4ª Cúpula Celac-União Europeia

247 - Os presidentes e primeiros-ministros da União Europeia se reuniram em Copenhague, na quarta-feira (1º), para uma cúpula informal que terminou sem soluções concretas para os principais desafios enfrentados pelo bloco. O encontro, realizado a portas fechadas, teve como foco a segurança regional, em um momento em que a Europa lida com ataques híbridos, drones e ameaças aéreas.
A reunião se estendeu além das duas horas inicialmente previstas, dobrando de duração. Apesar do tempo extra, fontes que acompanharam as discussões afirmaram que “pouca substância surgiu” das conversas, deixando sem resposta a maioria das questões-chave, destaca reportagem da agência noticiosa russa TASS.
Defesa europeia no centro do debate
Os líderes concentraram grande parte do diálogo em medidas de defesa, mas as divergências internas entre os Estados-membros impediram avanços práticos. O impasse reforça a dificuldade da União Europeia em alinhar estratégias conjuntas diante de novas formas de ameaça militar e digital.
Próximos passos em Copenhague
A capital dinamarquesa volta a ser palco de debates políticos nesta quinta-feira (2), quando será realizada a reunião da Comunidade Política Europeia. O encontro reunirá não apenas países da União Europeia, mas também outras nações do continente, ampliando a discussão sobre cooperação em segurança, defesa e estabilidade regional.
A falta de consenso entre os líderes europeus em Copenhague sinaliza que os debates sobre o futuro da defesa europeia ainda terão um longo caminho até se traduzirem em medidas concretas.

Bandeiras da União Europeia na sede da Comissão Europeia em Bruxelas - 08/11/2023

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Mundo

Líderes europeus encerram cúpula na Dinamarca sem avanços significativos

247 - Reunidos em Copenhague nesta quarta-feira (1º), chefes de governo da União Europeia declararam apoio à criação de um “muro de drones” para reforçar a defesa do bloco. A proposta surge dias depois de violações do espaço aéreo da Dinamarca por aeronaves não tripuladas. A informação foi divulgada pela agência Reuters, que acompanhou o encontro.
As recentes incursões — que também envolveram drones na Polônia e caças sobrevoando a Estônia — ampliaram a percepção de risco entre os países europeus e impulsionaram a agenda de segurança comum. Autoridades de Copenhague evitaram responsabilizar diretamente Moscou, mas a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, sugeriu que os episódios podem estar ligados ao governo russo.
<h3>Reação europeia às violações</h3>
“A Europa precisa ser capaz de se defender”, declarou Frederiksen ao fim da cúpula. Segundo ela, é urgente ampliar a produção de drones, fortalecer sistemas antidrones e estabelecer uma rede de medidas que permita neutralizar intrusões externas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou que o objetivo de Moscou vai além da intimidação militar. “A Rússia tenta nos testar. Mas também tenta semear divisão e ansiedade em nossas sociedades. Não permitiremos isso”, disse.
<h3>O conceito de “muro de drones”</h3>
Von der Leyen já havia sugerido, em setembro, a construção de um “muro de drones”: um sistema integrado de sensores e armas para detectar, rastrear e abater aeronaves hostis. A ideia ganhou força após 20 drones russos invadirem o espaço aéreo polonês, episódio que levou a OTAN a acionar caças, helicópteros e baterias Patriot, abatendo parte dos equipamentos.
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, classificou o projeto como “oportuno e necessário”. Já o premiê da Finlândia, Petteri Orpo, alertou: “A Rússia continuará, e precisamos estar preparados”.
<h3>Divergências sobre abrangência da defesa</h3>
Apesar do consenso em torno da ameaça, líderes divergiram quanto ao alcance da estratégia. A presidente da Comissão Europeia afirmou que a prioridade deve ser a fronteira leste do continente, próxima à Rússia. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, advertiu que a defesa do sul europeu não deve ser negligenciada. Emmanuel Macron, presidente da França, defendeu uma abordagem mais ampla: “Na realidade, precisamos de sistemas avançados de alerta precoce para antecipar melhor as ameaças”, afirmou.
<h3>Críticas de Moscou e novas tensões</h3>
O Kremlin rejeitou qualquer envolvimento nos incidentes e reagiu negativamente à iniciativa europeia. O porta-voz Dmitry Peskov afirmou que “a história mostrou que erguer muros sempre é algo ruim”.
Além da defesa aérea, a cúpula de Copenhague marcou a primeira discussão entre os 27 membros da UE sobre o uso de ativos russos congelados no bloco para financiar empréstimos à Ucrânia. A proposta divide opiniões e foi classificada por Moscou como “roubo puro e simples”.

Luis Mauro Filho

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, recebe o presidente francês, Emmanuel Macron, no dia da reunião informal de líderes da União Europeia em Copenhague, Dinamarca, em 1º de outubro de 2025

UE apoia criação de “muro de drones” após violações aéreas

247 – A Dinamarca anunciou neste domingo (28) que irá suspender todos os voos de drones civis no território nacional durante esta semana, como parte de um esquema especial de segurança para a cúpula da União Europeia (UE), que será realizada em Copenhague. A medida foi confirmada pelo Ministério dos Transportes.De acordo com a agência AFP, a decisão ocorre após dois dias consecutivos em que drones foram avistados sobrevoando instalações militares dinamarquesas.
O ministro dos Transportes, Thomas Danielsen, explicou em comunicado oficial que a proibição abrangerá todo o espaço aéreo dinamarquês no período de segunda a sexta-feira. “A Dinamarca receberá líderes da UE na próxima semana e nos concentraremos particularmente na segurança. Portanto, de segunda a sexta-feira, fecharemos o espaço aéreo dinamarquês para todos os voos de drones civis”, afirmou.
Quem desrespeitar a proibição do uso de drones durante o período estará sujeito a sanções, que podem incluir multa ou até dois anos de prisão, de acordo com a pasta.

Bianca Penteado

Dinamarca restringe uso de drones antes da cúpula da União Europeia

247 - Agricultores fizeram protestos em várias regiões da França e pediram ao governo do país europeu o bloqueio de um acordo de livre-comércio da União Europeia com países da América do Sul.
Trabalhadores afirmam que existe uma concorrência desleal pelos termos do acordo. Centenas de tratores circularam por dezenas de cidades e vilarejos do maior produtor agrícola da Europa.
Sindicatos rurais foram algumas das principais instituições que fizeram a convocação para os protestos. Um grupo de cerca de 20 veículos estacionou em frente aos portões do Palácio de Versalhes, sob a estátua de Luís XIV, informou o site France Info.

Leonardo Lucena

Agro

Agricultores franceses protestam com tratores contra acordo comercial União Europeia-Mercosul

Reuters - Agências de saúde da União Europeia (UE) e do Reino Unido declararam nesta terça-feira que o paracetamol pode ser utilizado durante a gravidez sem que haja evidência nova que justifique alterar as recomendações vigentes, contestando alertas recentes feitos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ligavam o uso do medicamento ao risco de autismo.<a href="https://www.reuters.com/business/healthcare-pharmaceuticals/eu-medicines-regulator-paracetamol-safe-be-used-during-pregnancy-2025-09-23/"> </a>
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também participou do contraponto, afirmando que as provas de uma eventual ligação entre paracetamol usado por gestantes e autismo permanecem “inconsistentes” e que é preciso cautela ao tirar conclusões prematuras.<a href="https://www.reuters.com/business/healthcare-pharmaceuticals/eu-medicines-regulator-paracetamol-safe-be-used-during-pregnancy-2025-09-23/"> </a>
A European Medicines Agency (EMA) afirmou que não há novos dados que indiquem a necessidade de modificar suas atuais recomendações. "As evidências disponíveis não encontraram ligação entre o uso de paracetamol durante a gravidez e o autismo", disse a EMA, reforçando que o medicamento continua sendo seguro quando usado na dose eficaz mais baixa possível e com a frequência mínima necessária.<a href="https://www.reuters.com/business/healthcare-pharmaceuticals/eu-medicines-regulator-paracetamol-safe-be-used-during-pregnancy-2025-09-23/"> </a>
O órgão regulador de saúde britânico também declarou seguro o uso de paracetamol por gestantes.
Na OMS, o porta-voz Tarik Jasarevic comentou que embora alguns estudos apontem para uma possível correlação, eles não foram replicados ou confirmados por pesquisas posteriores. “This lack of replicability really calls for caution in drawing casual conclusions,” disse ele num briefing em Genebra.<a href="https://www.reuters.com/business/healthcare-pharmaceuticals/eu-medicines-regulator-paracetamol-safe-be-used-during-pregnancy-2025-09-23/"> </a>
Viktor Ahlqvist, autor principal de um dos maiores estudos sobre o tema, que analisou cerca de 2,5 milhões de gestações na Suécia, disse que “não há suporte para que paracetamol na gravidez causaria autismo”. Ele ainda ressaltou que efeitos adversos vistos em crianças geralmente se relacionam aos problemas de saúde subjacentes que motivaram o uso do medicamento, não ao medicamento em si.<a href="https://www.reuters.com/business/healthcare-pharmaceuticals/eu-medicines-regulator-paracetamol-safe-be-used-during-pregnancy-2025-09-23/"> </a>
Trump, durante uma coletiva na Casa Branca, associou o uso de Tylenol (marca de paracetamol), vacinação infantil e outras práticas de saúde a riscos de desenvolvimento de autismo — afirmações que, segundo especialistas, carecem de evidência robusta.<a href="https://www.reuters.com/business/healthcare-pharmaceuticals/eu-medicines-regulator-paracetamol-safe-be-used-during-pregnancy-2025-09-23/"> </a>
As autoridades europeias e internacionais reforçam que, embora seja sempre prudente monitorar medicamentos usados por gestantes, atualmente não há base científica confiável para alterar as recomendações sobre o uso de paracetamol durante a gravidez nem para afirmar que ele está ligado ao autismo — em contraste com os alertas recentes do presidente Donald Trump.

Bandeiras da UE na sede da Comissão Europeia em Bruxelas 

União Europeia e OMS refutam alertas de Trump sobre autismo e gravidez

247 - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta sexta-feira (19) que as negociações entre Mercosul e União Europeia (UE) foram concluídas. “A negociação está concluída e, sendo concluído o debate no Conselho Europeu, o lado europeu estará pronto para a assinatura. O Mercosul já está pronto para a assinatura”, declarou Vieira, após se reunir com Kaja Kallas, representante da União Europeia para Segurança e Política Externa, segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/09/19/chanceler-de-lula-afirma-que-mercosul-esta-pronto-para-assinar-acordo-com-uniao-europeia.ghtml">O Globo</a>. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha para que o tratado seja oficializado em dezembro, durante reunião de chefes de Estado do bloco sul-americano.
<h2>Um acordo que levou 26 anos</h2>
As tratativas entre Mercosul e União Europeia começaram há mais de duas décadas e foram marcadas por avanços e retrocessos. A resistência de países como a França, contrários à ampliação das importações agrícolas, foi um dos principais entraves.
Para contornar a pressão, a Comissão Europeia apresentou salvaguardas que buscam proteger agricultores locais diante da entrada de produtos do Mercosul, reduzindo o impacto de uma abertura comercial imediata.
<h2>Aprovação parlamentar será decisiva</h2>
A parte comercial do acordo só entrará em vigor após aprovação do Parlamento Europeu. Do lado sul-americano, cada país integrante do Mercosul – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – precisará da aprovação de seus respectivos legislativos. Já a parte política do tratado depende da ratificação dos parlamentos dos 27 países da União Europeia, o que deve demandar um processo mais longo.
<h2>Decisão está nas mãos da Europa</h2>
Kaja Kallas, que também se reuniu com Lula em Brasília, ressaltou que a decisão final cabe agora ao Conselho Europeu. “Somos 27 democracias e há diferentes grupos, a discussão está acontecendo e esperamos que ocorra tudo bem”, afirmou.

Paulo Emilio

Sul Global

‘Mercosul está pronto para assinar o acordo comercial com a União Europeia’, diz Mauro Vieira

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou nesta sexta-feira (19) com o presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez, em ligação telefônica. Durante a conversa, os dois líderes ressaltaram a expectativa de que o Acordo Mercosul-União Europeia seja assinado em dezembro, durante a Cúpula do Mercosul em Brasília. Ambos destacaram a relevância estratégica do tratado no atual cenário de disputas tarifárias e desafios ao sistema multilateral de comércio.
<h2>Coordenação internacional e cúpulas regionais</h2>
Lula e Sánchez reafirmaram ainda o compromisso conjunto com a realização da Cúpula CELAC-União Europeia, programada para 9 e 10 de novembro em Santa Marta, na Colômbia. Os presidentes defenderam uma coordenação próxima para garantir avanços concretos durante o encontro.
Outro ponto tratado foi a agenda multilateral em Nova York, onde os dois chefes de Estado devem se reunir no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas.
<h2>Questão palestina e direitos humanos</h2>
Na conversa, Lula e Pedro Sánchez enfatizaram a importância histórica da Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, marcada para 22 de setembro. Ambos repudiaram as graves violações do direito internacional humanitário em Gaza, incluindo o deslocamento forçado da população e os planos de Israel de ocupar territórios palestinos.
<h2>Defesa da democracia e combate ao extremismo</h2>
Em Nova York, os presidentes do Brasil e da Espanha também irão co-presidir, no dia 24 de setembro, o evento “Em Defesa da Democracia: Combatendo os Extremismos”, ao lado dos mandatários do Chile, da Colômbia e do Uruguai. O encontro busca fortalecer alianças internacionais em defesa das instituições democráticas e no enfrentamento das ameaças extremistas.

Guilherme Levorato

Lula conversa com presidente da Espanha sobre acordo UE-Mercosul

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe nesta sexta-feira (19) a alta representante da União Europeia para Política Externa, Kaja Kallas, em Brasília. O encontro está marcado para às 11h, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, em tem como objetivo ampliar o diálogo entre o Brasil e o bloco.&nbsp;
A reunião conta também com a presença da embaixadora da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf. A expectativa é de que Lula e Kallas abordem temas considerados estratégicos, como a cooperação em defesa, a transição energética e o enfrentamento das mudanças climáticas, além de outras áreas de interesse comum.
<h2>Acordo Mercosul-UE em pauta</h2>
A visita ocorre em um momento em que o governo brasileiro busca intensificar as tratativas para a conclusão do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Lula, que tem defendido o fortalecimento das parcerias multilaterais, falou recentemente por telefone com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. No contato, realizado em 5 de setembro, o presidente reiterou o interesse do Brasil em assinar o tratado ainda em 2025.
<h2>Cooperação estratégica</h2>
Além do comércio, as discussões com Kaja Kallas devem incluir parcerias em inovação, investimentos sustentáveis e segurança internacional. Para analistas, o encontro simboliza o empenho do Brasil em consolidar sua posição como interlocutor relevante no cenário global, ao mesmo tempo em que reforça laços diplomáticos com a União Europeia em temas sensíveis da agenda internacional.

Otávio Rosso

Lula e Kaja Kallas - 19 de setembro de 2025

Lula recebe chefe da diplomacia da União Europeia em Brasília

(Reuters) - A União Europeia precisa buscar acordos comerciais com países como a Índia para reduzir suas dependências, no momento em que tarifas de importação mais altas dos Estados Unidos pressionam o bloco a diversificar seus laços, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na quinta-feira.
"Queremos fechar um acordo com a Índia este ano", declarou von der Leyen em uma conferência com líderes empresariais alemães, acrescentando que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, garantiu a ela seu compromisso com essa meta em uma ligação telefônica na quarta-feira.
"Estamos em negociações com África do Sul, Malásia, Emirados Árabes Unidos e outros", acrescentou.

Leonardo Sobreira

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen

UE precisa de acordos com outros países para reduzir dependência dos EUA, diz von der Leyen

Reuters - Os Estados Unidos dependem mais das importações da União Europeia do que se supõe, com o bloco ultrapassando a China tanto em valor total quanto em número de produtos vendidos aos norte-americanos, de acordo com um estudo do instituto econômico IW da Alemanha.
Essa dependência cresceu significativamente nos últimos 15 anos, com o número de grupos de produtos nos quais pelo menos 50% das importações dos EUA vieram da UE aumentando para mais de 3.100 no ano passado, em comparação com mais de 2.600 em 2010, de acordo com o IW.
As descobertas sugerem que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, poderia ter tido mais força do que demonstrou nas negociações tarifárias com Washington, que levaram à imposição de uma taxa básica de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, segundo a IW.
O valor total das importações desses bens -- que incluem produtos químicos, máquinas e equipamentos elétricos -- atingiu US$ 287 bilhões, quase 2,5 vezes mais do que em 2010.
Em comparação, no ano passado, a China foi responsável por 2.925 desses grupos de produtos, com um valor total de US$ 247 bilhões.
A dependência dos EUA em relação à China diminuiu significativamente ao longo do tempo, no decorrer de um processo óbvio de redução de riscos, disse a IW.
Os produtos da UE com participações de importação consistentemente altas provavelmente serão difíceis de substituir no curto prazo, um fator que o bloco deve ter em mente se as tensões comerciais aumentarem, disse a IW.
Como último recurso, a UE poderia restringir a exportação de produtos críticos para a economia dos EUA, disse o instituto.
Embora os dados comerciais por si só não consigam captar totalmente o quanto esses produtos são essenciais para os compradores dos EUA, o estudo "pode ser usado para deixar claro para os americanos que, se continuarem a aumentar as tarifas, estarão dando um tiro no próprio pé", disse a coautora Samina Sultan.

O presidente dos EUA, Donald Trump, aperta a mão da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Turnberry, Escócia - 27/07/2025

Dependência dos EUA de importações da União Europeia aumenta e ultrapassa a da China, segundo estudo

247 - Nesta quarta-feira (10), Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, fará seu aguardado discurso sobre o Estado da União em uma sessão do Parlamento Europeu, em Estrasburgo.&nbsp;
O evento, que ocorre anualmente, é considerado um dos principais momentos políticos na Europa, com grande expectativa em torno das diretrizes que serão apresentadas para o futuro da União Europeia (UE). As principais diretrizes de seu discurso já foram parcialmente divulgadas em documentos da Comissão e amplamente noticiadas por diversos veículos de comunicação, incluindo Reuters, Bloomberg, Politico e Financial Times.
O foco principal da presidente será a crescente militarização da UE, especialmente no que diz respeito à defesa, tecnologias digitais e sistemas baseados em inteligência artificial (IA). Acelerando esse processo, Ursula von der Leyen deverá reforçar os apelos para uma postura mais firme contra a Rússia e um compromisso contínuo com o apoio à Ucrânia. Em relação à transição verde, a presidente da Comissão manifestará apoio à continuidade desse movimento, mas fontes indicam que este tema receberá menos ênfase em comparação aos anos anteriores, refletindo uma possível mudança na agenda ideológica central da Comissão.
A relação da União Europeia com os Estados Unidos também será abordada no discurso. Von der Leyen defenderá a implementação de um acordo comercial, que inclui a aceitação por parte da UE do pagamento de tarifas unilaterais de 15%. A presidente também reforçará a necessidade de fortalecer a aliança atlântica, especialmente em face do que considera uma "coalizão de autocracias", referindo-se à aliança entre a China e a Rússia. Nesse contexto, ela reiterará a importância da unidade das potências imperialistas ocidentais, reforçando os apelos para a rápida adoção do 19º pacote de sanções contra a Rússia, com uma possível coordenação com os Estados Unidos para garantir sua efetividade.
Com esses temas centrais, o discurso de Von der Leyen se configura como um marco no atual contexto geopolítico, refletindo a crescente importância da militarização e da tecnologia na agenda europeia.

Ursula von der Leyen em Bruxelas - 6/3/2025   

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