Putin e Zelensky concordaram em se reunir em até duas semanas, diz chanceler alemão
Decisão foi anunciada por Friedrich Merz após encontro com Trump e Zelensky na Casa Branca
247 - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, devem se encontrar dentro de duas semanas, após um acordo firmado durante ligação telefônica entre Putin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (18) pelo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, após reunião em Washington com líderes europeus, conforme noticiado pela agência Sputnik.
“Houve uma pausa, durante a qual o presidente dos EUA conversou por telefone com o presidente russo e acertou que a reunião entre Putin e Zelensky será realizada nas próximas duas semanas”, declarou Merz.
A ligação de Trump a Putin ocorreu logo após o encontro do presidente norte-americano com Zelensky e outros líderes europeus na Casa Branca, onde foram discutidas garantias de segurança à Ucrânia e os primeiros preparativos para uma reunião direta entre os dois presidentes em local ainda indefinido.
Questões territoriais em debate
Segundo a Reuters, Trump pregou que a negociação futura deve incluir “possíveis trocas de territórios”, levando em consideração a atual linha de frente da guerra. Zelensky, por sua vez, afirmou que questões territoriais e de soberania só serão tratadas diretamente em nível de líderes durante a reunião trilateral, que ele descreveu como “sensível”.
“Todas essas questões discutiremos apenas no nível dos líderes, em uma reunião trilateral”, disse o presidente ucraniano.
Trump classificou o encontro com Zelensky como “muito bom” e indicou que Washington estaria pronto para oferecer novas garantias de segurança à Ucrânia em coordenação com países europeus. Estiveram presentes na Casa Branca o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, além de outros líderes.
Segundo o republicano, os preparativos da reunião entre Putin e Zelensky ficarão a cargo do vice-presidente dos EUA, JD Vance, do secretário de Estado, Marco Rubio, e do enviado especial Steve Witkoff, que devem dialogar com Moscou e Kiev nos próximos dias.