Presa na Itália, Carla Zambelli passa por audiência de custódia nesta sexta-feira
Deputada licenciada está detida em presídio feminino de Roma e Brasil já formalizou pedido de extradição para cumprimento da pena
247 - A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) deverá passar por uma audiência de custódia na Itália nesta sexta-feira (1), segundo o g1. O procedimento jurídico pode resultar no afrouxamento da prisão ou na continuidade do processo de extradição, já oficialmente solicitado pelo governo brasileiro. Ela se encontra detida no presídio feminino de Rebibbia, localizado a cerca de 30 minutos do centro de Roma.
Zambelli foi detida na capital italiana na terça-feira (29) pela polícia local. A parlamentar bolsonarista, que possui cidadania italiana, havia deixado o Brasil após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de reclusão por envolvimento na invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Antes de se estabelecer na Itália, ela passou pelos Estados Unidos.
Na quinta-feira (31), o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) acompanhe o andamento do processo e adote providências para a extradição da deputada. A AGU, com isso, passará a atuar formalmente junto às autoridades italianas.
A defesa da parlamentar afirmou que atuará para impedir que ela seja devolvida ao Brasil. Ainda segundo a reportagem, caso não consiga evitar a extradição, a estratégia de Zambelli será solicitar que a pena seja cumprida em solo italiano. Especialistas consultados por ela e por representantes do governo brasileiro, apontam que esse trâmite é demorado e pode se arrastar entre seis meses e um ano e meio.
Zambelli foi localizada em uma casa onde morava com o pai, em um condomínio situado a aproximadamente 20 quilômetros do centro de Roma. A visita de parentes teria contribuído para que seu paradeiro fosse descoberto pelas autoridades.
O ordenamento jurídico italiano permite a extradição de cidadãos nacionais com base em tratados bilaterais e acordos internacionais. Há precedentes envolvendo o Brasil. Em 2015, por exemplo, a Justiça da Itália autorizou a extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, condenado por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.
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