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Israelenses tomam ruas em greve por reféns e pedem acordo imediato com Hamas

Mesmo diante da pressão, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mantém o tom belicista

Israelenses realizam manifestação em estrada próxima de Latrun, em Israel (Foto: REUTERS/Ronen Zvulun)

247 - Milhares de israelenses cruzaram os braços neste domingo (17) em uma greve nacional convocada pelas famílias dos reféns mantidos na Faixa de Gaza, em protesto contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, informou a agência Reuters.

Munidos de fotos dos reféns e bandeiras israelenses, os manifestantes se espalharam por praças, ruas e rodovias em várias cidades, incluindo a via que liga Jerusalém a Tel Aviv. Em meio a buzinas e tambores, o grito central foi por um acordo imediato com o Hamas, capaz de pôr fim ao genocídio em curso e devolver os sequestrados vivos às suas famílias.

“Hoje tudo é para lembrar o valor mais alto: a santidade da vida”, afirmou Anat Angrest, mãe do refém Matan Angrest, em ato em Tel Aviv.

Mesmo diante da pressão crescente, Netanyahu manteve o tom belicista. Em reunião com seu gabinete, disse que encerrar a guerra antes de “derrotar o Hamas” apenas “endureceria a posição” do grupo palestino. Sua coalizão prepara a tomada da Cidade de Gaza, uma das últimas áreas do enclave ainda fora de controle militar israelense.

A decisão é impopular dentro do próprio país, especialmente entre os parentes dos reféns, que temem que a escalada militar coloque em risco direto a vida de seus familiares. Atualmente, 50 reféns permanecem em Gaza, e o governo israelense acredita que apenas 20 estejam vivos.

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