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      Hamas denuncia plano de Israel de transferir moradores de Gaza como "nova onda de genocídio e deslocamento"

      Anúncio israelense de envio de tendas para o sul é visto como manobra para "encobrir um crime brutal que as forças de ocupação se preparam para executar"

      Palestinos em abrigo na Cidade de Gaza, na Faixa de Gaza (Foto: REUTERS/Dawoud Abu Alkas)
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - O movimento palestino Hamas denunciou neste domingo (17) que o plano de Israel de realocar moradores da Cidade de Gaza para o sul do enclave representa “uma nova onda de genocídio e deslocamento”, atingindo centenas de milhares de palestinos. A informação é da agência Reuters.

      Segundo comunicado do grupo, o envio de tendas e outros equipamentos de abrigo, anunciado pelo Exército israelense como medida “humanitária”, não passa de um “engano flagrante” para mascarar crimes brutais. Israel afirmou que pretende iniciar ainda neste domingo a instalação das tendas, supostamente para garantir a “segurança” dos civis deslocados.

      Para o Hamas, a manobra busca dar uma aparência de legalidade e benevolência a uma política que, na prática, intensifica a limpeza étnica em Gaza. O envio de tendas sob o pretexto humanitário é uma fraude destinada a "encobrir um crime brutal que as forças de ocupação se preparam para executar”, afirmou o comunicado.

      Israel já anunciou que pretende lançar uma nova ofensiva para assumir o controle do norte da Cidade de Gaza, a região mais populosa do enclave, onde vivem mais de 2,2 milhões de pessoas. O plano gerou alarme internacional sobre o destino de milhares de famílias que já enfrentam fome, deslocamento forçado e a destruição de suas casas.

      Genocídio em números

      Desde o início da ofensiva israelense, em outubro de 2023, mais de 61 mil palestinos foram mortos, segundo autoridades de saúde de Gaza, a maioria mulheres e crianças. Além das mortes, a maior parte da população foi deslocada internamente, sobrevivendo em condições precárias, enquanto hospitais, escolas e infraestruturas civis foram sistematicamente destruídos.

      O massacre israelense teve início após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixaram 1.200 israelenses mortos e resultaram em 251 reféns. Hoje, estima-se que cerca de 20 dos 50 reféns ainda vivos permaneçam em Gaza.

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