Valdemar Costa Neto diz que PL ainda aposta em Bolsonaro para 2026, e conta com Nunes Marques para isso
Presidente do PL disse que aposta na presidência do ministro Kassio Nunes Marques no TSE para reverter a inelegibilidade do ex-presidente
247 - O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, declarou nesta segunda-feira (25) que ainda aposta na candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência da República, mesmo diante da inelegibilidade e da prisão domiciliar do ex-presidente. Durante fala no evento Esfera Brasil, em São Paulo, Costa Neto disse que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda podem pedir vista no julgamento do ex-presidente, o que daria oportunidades para que a situação de Bolsonaro mude.
“Nós temos esperança ainda que o Bolsonaro possa ser candidato. Não podemos perder essa esperança. O Supremo vai ter que avaliar isso. Nós temos ministros que podem ainda pedir vista, que seriam ainda mais 90 dias de julgamento. Nós temos oportunidades para que isso mude. Agora, é um fato que nunca aconteceu. Quem comanda esse processo é o presidente Jair Bolsonaro, onde ele estiver. Foi ele que construiu essa base da direita e don centro também, que faz com que a gente esteja sempre à frente nas pesquisas”, disse o presidente do PL.
Valdemar ainda disse que o PL aposta na presidência do ministro Kassio Nunes Marques no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter a inelegibilidade de Bolsonaro. Em maio, o ministro, indicado por Bolsonaro ao STF, foi reconduzido ao cargo de ministro titular do TSE e é o próximo na linha sucessória para assumir a presidência do órgão.
Trump é a única saída para evitar a prisão de Bolsonaro
Segundo Valdemar, a condução do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) reforça sua visão de que Bolsonaro depende de apoio externo. “O Trump é a única saída que nós temos. Não temos outra. Quando o poder judicial se comporta dessa maneira, é a pior coisa que existe para todo o país, porque você não tem para quem recorrer. Esse é o nosso problema, todos estão apoiando o Alexandre de Moraes, a maioria. Então, nós só temos uma chance: o Trump”, afirmou.
Eduardo Bolsonaro e a articulação internacional
Valdemar destacou ainda a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que mantém articulações com autoridades norte-americanas. O dirigente deixou claro que tais iniciativas não têm ligação direta com o partido. “Ele faz todas as coisas por conta própria, sem consultar o PL. Mas está ajudando, e nós não temos problema com isso”, disse, reforçando que vê com naturalidade os movimentos do parlamentar em defesa do pai.
Movimentos dos partidos aliados e rivais
No mesmo evento, representantes de outras legendas comentaram os cenários para 2026. MDB, PSD e União Brasil ocupam pastas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas mantêm diferentes graus de proximidade com a oposição. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, mencionou a possibilidade de candidatura própria com nomes como Ratinho Júnior (Paraná) ou Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), mas admitiu que uma eventual candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) poderia aproximar o partido dos republicanos.
Já Antônio Rueda, do União Brasil, defendeu o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como alternativa presidencial. Baleia Rossi, líder do MDB, preferiu adiar qualquer definição, afirmando que a decisão sobre a candidatura será tomada apenas em 2026.