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Prisão domiciliar de Bolsonaro ganha força no STF

STF avalia alternativas para Bolsonaro após novas internações e diagnóstico de câncer

Jair Bolsonaro e o STF (Foto: Reuters I Antonio Augusto/STF)

247 - Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) manifestam crescente preocupação com a saúde de Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Nos bastidores do Supremo, segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o risco de agravamento clínico em uma cela passou a ser tratado como real. O cenário tem fortalecido a tese de prisão domiciliar, considerada por ministros uma alternativa para evitar uma crise institucional em caso de piora repentina de saúde.

Histórico de internações e novo diagnóstico

Bolsonaro já passou por diversas cirurgias desde o episódio de campanha em Juiz de fora (MG), em 2018, além de enfrentar problemas como erisipela e cálculo renal. Nesta semana, voltou a ser internado após crise de soluço, pressão baixa e vômitos. Exames médicos confirmaram ainda que o ex-mandatário tem câncer de pele, informação que elevou a pressão sobre os magistrados que analisarão seu destino.

Reação da família

A família responsabilizou os processos judiciais pelo estado clínico de Bolsonaro.“Meu pai já lutou batalhas mais difíceis e venceu. Essa não vai ser diferente. Pode ter certeza que isso é resultado da perseguição incessante desde que Jair Bolsonaro ousou desafiar o sistema de frente e lutar pelo Brasil. Mas quem tem Deus e o povo ao seu lado não teme nada nem ninguém”, postou o  senador Flávio Bolsonaro nas rese sociais.

Decisão nas mãos de Alexandre de Moraes

A definição caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo na Corte. Ele só deve se pronunciar após a análise de todos os recursos da defesa. Entre as possibilidades estão cela especial da Polícia Federal, unidade militar ou prisão domiciliar.

Negação de acordo político

Uma reportagem apontou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), teria acertado com o STF um acordo para derrubar a anistia em troca do regime domiciliar. Moraes, no entanto, negou a existência do acordo por meio de nota. “As informações são totalmente inverídicas sobre um fantasioso acordo. O STF não faz acordos. O STF aplica a lei e as sanções devidamente impostas pela Primeira Turma da Corte, após o devido processo legal”, diz um trecho do texto, de acordo com a reportagem.

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