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Motta diz que regimento da Câmara decidirá casos de Zambelli e Eduardo

Presidente da Câmara diz que não pode agir para punir ou favorecer deputados e reforça respeito ao regimento

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta - 18/06/2025 (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (3) que os casos envolvendo Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP) serão analisados exclusivamente à luz do Regimento Interno da Casa. 

“Não posso agir nem para privilegiar ou prejudicar qualquer parlamentar. Temos o regulamento que deve ser seguido e respeitado, principalmente, nesses casos em que há divergência”, disse Motta em entrevista à CNN Brasil. Motta também ressaltou que sua função é preservar a legitimidade do Legislativo e garantir que as regras estabelecidas sejam seguidas à risca.

Decisões não serão políticas, afirma presidente da Câmara

Hugo Motta destacou que não cabe à Presidência da Câmara decidir o destino de deputados com base em interpretações individuais. “Não posso agir nem para privilegiar ou prejudicar qualquer parlamentar. Temos o regulamento que deve ser seguido e respeitado, principalmente, nesses casos em que há divergência”, afirmou.

Segundo ele, as normas do Parlamento devem ser o “norte” de qualquer deliberação interna, impedindo que disputas políticas ou interesses pessoais influenciem no julgamento.

 Zambelli e Eduardo Bolsonaro dividem opiniões

As menções de Hugo Motta a Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli refletem um ambiente de forte polarização política no Congresso. Ambos os parlamentares são figuras centrais da oposição e frequentemente alvo de questionamentos na Câmara.

Motta reforçou a necessidade de que qualquer avaliação sobre os dois deputados seja feita com base em critérios institucionais: “Nenhum parlamentar pode ser julgado, internamente pela Casa em que faz parte, sobre a vontade do presidente ou qualquer outro deputado. Eles têm que ser julgados pelo nosso símbolo e nosso norte, que é o regimento interno da Câmara”, declarou.

Casos de Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli

Eduardo é investigado por Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano. Ele foi recentemente denunciado pela própria PGR pelo crime de coação no curso do processo, em razão de sua atuação fora do Brasil contra a decisão que condenou seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a mais de 27 anos de prisão por tramar um golpe de Estado após sua derrota no pleito presidencial de 2022.   . 

Carla Zambelli, condenada em maio a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), está presa em Toma, na Itália. A parlamentar Zambelli deixou o Brasil em 24 de maio pela fronteira de Foz do Iguaçu, sem controle migratório. De Buenos Aires, seguiu para os Estados Unidos e, em junho, embarcou rumo à Itália, onde acreditava estar protegida por também possuir cidadania italiana.

Entretanto, no mesmo dia de sua chegada, teve o nome incluído na lista da Interpol. O governo brasileiro já formalizou pedido de extradição, e a Procuradoria da Itália deve se pronunciar até o fim de outubro. 

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