Líder do PL copia estratégia bolsonarista contra o Brasil e fará denúncia de 'violações de direitos humanos' a embaixadas
Sóstenes Cavalcante acusa STF e governo de censura, prisões arbitrárias e perseguição política em dossiê que será entregue a diplomatas estrangeiros
247 - O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), anunciou que pretende adotar a mesma linha de atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e entregar, a embaixadas estrangeiras sediadas em Brasília, um documento que denuncia supostas “graves violações de direitos humanos” no Brasil. A ofensiva, segundo o jornal O Globo, foi divulgada pelo parlamentar em publicação no X nesta quarta-feira (13), destacando que o dossiê alertará para “um perigoso precedente de exceção, que ameaça a integridade do processo democrático e as liberdades civis”.
Segundo Sóstenes, o texto enviado aos representantes diplomáticos reunirá “casos concretos de prisões arbitrárias, censura institucional e perseguição política”, que, na avaliação dele, configuram violações à Constituição e a tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.
A iniciativa recebeu apoio público do deputado Eduardo Bolsonaro, que compartilhou a mensagem do líder do PL e elogiou a ação. “Não teremos outra janela de oportunidade como a atual, Deus está nos abençoando com uma segunda chance e, ao final, sairemos do outro lado deste túnel escuro ainda mais fortes”, afirmou o deputado.
A estratégia de levar denúncias ao exterior já havia sido adotada por Eduardo Bolsonaro em parceria com seu aliado nos Estados Unidos, o economista Paulo Figueiredo. Na ocasião, eles entregaram a autoridades americanas um dossiê crítico às ações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como parte de uma articulação para aplicar sanções ao magistrado.
Há duas semanas, essa mobilização resultou na aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes. A estratégia visa pressionar por uma anisitia aos participantes dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, além de interferir no andamento dos processos contra Jair Bolsonaro (PL) que tramitam no STF, incluindo um que trata de participação em uma suposta trama de golpe de Estado. Além disso, como forma de pressão, o governo estadunidense aplicou uma tarifa de 50% sobre as importações originárias do Brasil.
Agora, Eduardo e Figueiredo planejam repetir a ofensiva nesta quarta-feira, apresentando um novo documento a integrantes do governo do presidente dos EUA, Donald Trump - aliado de Jair Bolsonaro - para relatar a repercussão das sanções. A intenção, segundo eles, é demonstrar que, apesar de não ter impedido a prisão de Jair Bolsonaro, a medida teve efeitos políticos no STF e no Congresso, chegando a provocar a obstrução de votações na Câmara e no Senado na semana passada.
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