Gilmar demonstra apoio a Moraes: ‘presta um serviço fundamental para a preservação da nossa democracia’

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes demonstrou apoio ao seu colega Alexandre de Moraes, alvo de sanções anunciadas pelo governo Donald Trump (EUA), em consequência da investigação contra Jair Bolsonaro (PL) no inquérito da trama golpista.

Em postagem publicada nesta quarta-feira (30) na rede social X, Gilmar disse que o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito da trama golpista, “tem prestado serviço fundamental para a preservação da nossa democracia”.

Ainda na rede social, o ministro recordou que os participantes do plano de ruptura institucional tinham como uma de seus objetivos os assassinatos de Moraes, do presidente Lula (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB).

“Diante dos ataques injustos, declaro integral apoio ao Ministro Alexandre de Moraes. Ao conduzir com coragem e desassombro a função de relator de processos que envolvem acusações graves, como um plano para matar juízes e opositores políticos e a tentativa de subversão do resultado das eleições”, escreveu o ministro.

“Sobre os acontecimentos de hoje, é importante que se diga: a independência do Poder Judiciário brasileiro é um valor inegociável, e o Supremo Tribunal Federal seguirá firme no cumprimento de suas funções”, acrescentou.

Outro ministro do STF, Flávio Dino, também defendeu Alexandre de Moraes. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, teve um encontro nesta quarta-feira (30) com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e repudiou a tentativa de interferência de Trump.

O governo de Donald Trump impôs sanções contra Alexandre de Moraes, ministro do STF do Brasil, assinou uma ordem com o objetivo de impor um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras e suspendeu vistos de ministros do STF.

O motivo para as três medidas foi o inquérito da trama golpista conduzido pelo Supremo. Bolsonaro é réu. Investigadores acusam o político da extrema direita brasileira de cinco crimes. Somadas, as penas ultrapassam os 40 anos de prisão.

Segundo as sanções anunciadas por Trump, eventuais ativos que estejam em nome do ministro Alexandre de Moraes em território norte-americano devem ser congelados e informados ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC).

O magistrado está impedido de realizar operações financeiras nos Estados Unidos. Cidadãos dos EUA estão legalmente proibidos de participar de qualquer tipo de transação que envolva supostos bens ou interesses vinculados ao ministro.

O descumprimento dessas sanções poderá levar à aplicação de sanções legais, incluindo processos civis ou acusações criminais contra os envolvidos.