Em nova chantagem, Flávio diz que problemas com os EUA acabam se Bolsonaro disputar as eleições
Ex-mandatário está inelegível até 2030; senador acusa Lula de agravar tensão diplomática
247 - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta sexta-feira (25) que a eventual candidatura de Jair Bolsonaro (PL) em 2026 seria a resposta à crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. A tensão se agravou após o anúncio do governo norte-americano, comandado pelo presidente Donald Trump, de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, a vigorar a partir de 1º de agosto.
“Eu já falei isso algumas vezes, a solução do problema está aqui no Brasil, se a gente fizer o nosso dever de casa acaba a sanção no mesmo dia, se a gente fizer as eleições com Jair Bolsonaro nas urnas não vai ter mais essa qualificação da maior democracia do mundo nos tratar como se fôssemos Venezuela”, disse o senador em entrevista à CNN Brasil.
A sobretaxa foi formalizada por Trump em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No documento, o mandatário norte-americano também condena os julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Bolsonaro, qualificando-os como “vergonha internacional”.
Na mesma entrevista, Flávio Bolsonaro criticou o governo Lula, acusando-o de contribuir para o acirramento da crise. “Não estou feliz com essa tarifa de 50%, não quero que ela passe para 100%, mas o que eu estou vendo é o Lula fazendo forças para que isso aconteça”, afirmou.
Apesar das declarações, a proposta do senador esbarra na inelegibilidade de seu pai, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em duas ocasiões. Em junho de 2023, o TSE considerou que Jair Bolsonaro cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao reunir embaixadores para atacar, sem provas, o sistema eleitoral. Posteriormente, o tribunal reforçou a inelegibilidade por outro episódio: o uso das comemorações do Bicentenário da Independência, em setembro de 2022, com fins eleitorais.
Ainda assim, Flávio Bolsonaro contestou as decisões judiciais e defendeu o ex-mandatário afirmando que “ele [Bolsonaro] tem o direito de se sentir injustiçado porque hoje ele é inelegível por duas questões esdrúxulas”, disse o senador.
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