'O Brasil está pronto para conversar e mostrar o quanto você foi enganado', diz Lula a Trump
Presidente propõe diálogo direto com os EUA e pede abertura para Alckmin negociar: “ele só quer conversar”
247 - Durante evento realizado nesta sexta-feira (25) em Osasco (SP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo direto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propondo o diálogo como alternativa às recentes tensões entre os dois países. Lula criticou a carta publicada por Trump em que ameaça sobretaxar produtos brasileiros e defende Jair Bolsonaro (PL). Em tom conciliador, o presidente brasileiro afirmou que o Brasil está aberto para esclarecer os equívocos que, segundo ele, foram cometidos com base em informações falsas.
“Trump, o dia em que você quiser conversar, o Brasil estará pronto e preparado para discutir e tentar mostrar o quanto você foi enganado com as informações que te deram. E você vai saber a verdade sobre o Brasil”, afirmou Lula.
Alckmin, o “conversador número um” - Ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Lula o apresentou como símbolo da disposição brasileira para o diálogo e a diplomacia. Destacando seu histórico político e estilo sereno, o presidente o descreveu como um “exímio negociador” e contrapôs sua postura à de quem prefere enviar cartas com ameaças, como fez Trump.
“Ô Trump, esse moço aqui, Geraldo Alckmin, é o meu vice-presidente. É o cara mais calmo que eu conheço na vida. Negociador. [...] Esse cara é um exímio negociador, não levanta a voz e não manda carta. Ele só quer conversar".
Lula ainda ironizou a dificuldade de Alckmin em encontrar interlocutores do governo norte-americano dispostos ao diálogo:
“Todo dia ele liga para alguém e ninguém quer conversar com ele".
Apelo por respeito mútuo - No encerramento da fala direcionada a Trump, Lula cobrou respeito à soberania brasileira e à postura cordial que, segundo ele, o Brasil sempre manteve nas relações bilaterais com os Estados Unidos. O presidente reafirmou que o povo brasileiro é pacífico e generoso, e espera ser tratado da mesma forma:
“Quero que o Trump nos trate com a delicadeza e o respeito que eu trato os Estados Unidos e o povo americano".
Contexto da fala - A declaração ocorre em meio à repercussão da carta publicada por Donald Trump, sugerindo que o governo brasileiro estaria perseguindo Jair Bolsonaro e ameaçando impor tarifas de 50% sobre produtos do Brasil.
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