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      Eduardo Bolsonaro comemora sanção dos EUA contra Moraes, mas aliados temem desgaste no STF e na Câmara

      Deputado é investigado por incentivar sanções internacionais e pode ser acusado de ferir a soberania ao colaborar com um governo estrangeiro

      Deputado Eduardo Bolsonaro - 24/02/2024 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - A decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), repercutiu no entorno do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o jornal O Globo, entre os aliados do parlamentar, cresce a apreensão com os desdobramentos políticos e jurídicos que podem se seguir à punição formal imposta por Washington ao magistrado. A avaliação é de que a medida pode enfraquecer ainda mais a posição de Eduardo tanto no STF, onde já é alvo de inquérito, quanto na Câmara dos Deputados, onde enfrenta pedidos de cassação por quebra de decoro parlamentar.

      Nos últimos meses, Eduardo esteve nos Estados Unidos e fez questão de tornar públicas suas articulações. Disse ter se reunido com parlamentares americanos e organizações da sociedade civil para defender punições a autoridades brasileiras, citando diretamente o ministro Alexandre de Moraes. Em vídeo divulgado nas redes sociais, declarou que “é hora de aplicar a Global Magnitsky Act contra esses criminosos. Moraes desonra o Judiciário do Brasil”. Após a concretização da sanção, o deputado celebrou o episódio, classificando-o como “marco histórico” e “resposta aos abusos de autoridade no Brasil”.

      Apesar da euforia, integrantes da base bolsonarista demonstram receio de que a iniciativa seja utilizada por adversários como prova de que Eduardo teria agido contra os interesses nacionais ao colaborar com um governo estrangeiro contra uma autoridade do Judiciário brasileiro. Esse movimento poderia servir de munição tanto no inquérito em andamento no STF quanto para impulsionar pedidos de perda de mandato na Câmara.

      Mesmo alertado por interlocutores, o parlamentar continua nos Estados Unidos e tem elevado o tom contra o Supremo Tribunal Federal e o governo Lula. Em postagens e entrevistas recentes, defendeu o endurecimento das sanções e sugeriu que outros ministros possam ser punidos no futuro.

      Ainda conforme a reportagem, o ambiente no Partido Liberal é de divisão. Parte da bancada acredita que o impacto político é limitado, já que Eduardo já vinha sendo investigado e, por isso, teria “pouco a perder”. Para esse grupo, a decisão americana reforça a imagem de “perseguição” e, simbolicamente, fortalece a narrativa de confronto com o STF.

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