Por Barbara Erling e Alan Charlish
VARSÓVIA (Reuters) - O governo de coalizão pró-europeu da Polônia ganhou voto de confiança na quarta-feira, um resultado que o primeiro-ministro Donald Tusk disse esperar que dê ao seu gabinete um novo impulso depois de ter sido abalado por um revés na eleição presidencial.
Rafal Trzaskowski, da Coalizão Cívica de Tusk, foi derrotado pelo nacionalista Karol Nawrocki no segundo turno da eleição de 1º de junho, desencadeando recriminações dos parceiros menores do governo de coalizão e lançando dúvidas sobre o futuro da administração quando um presidente hostil puder exercer o poder de veto.
A ampla coalizão de Tusk tem 242 parlamentares na câmara baixa de 460 assentos, ou Sejm, o que significa que sempre foi provável que sobrevivesse ao voto de confiança de quarta-feira.
"Temos um mandato para assumir total responsabilidade pelo que está acontecendo na <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Pol%C3%B4nia">Polônia</a>", disse Tusk ao Parlamento em um debate antes do voto de confiança. "Governar a Polônia é um privilégio."
Tusk listou gastos maiores com defesa e um corte na emissão de vistos para imigrantes por parte de seu governo como as principais conquistas desde que assumiu o poder em dezembro de 2023, substituindo o partido nacionalista Lei e Justiça (PiS), que apoia Nawrocki.
Ele disse que seu governo continuará os esforços para reverter as reformas judiciais implementadas pelo PiS que, segundo a <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Uni%C3%A3o+Europeia">União Europeia</a>, prejudicam a independência dos tribunais. O presidente de saída da Polônia, Andrzej Duda, também aliado do PiS, bloqueou até agora as tentativas do governo de reverter as reformas judiciais.
Analistas afirmam que muitos eleitores poloneses estão desiludidos com o fracasso do governo em cumprir suas promessas, incluindo a liberalização das leis de aborto, a reforma do judiciário e o aumento do limite a partir do qual os poloneses começam a pagar impostos.

Luis Mauro Filho

Donald Tusk celebra conquista de voto de confiança - 11/6/2025 

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Mundo

Governo polonês ganha voto de confiança após revés na eleição presidencial

CGTN – O presidente chinês, Xi Jinping, enviou nesta sexta-feira (6) uma mensagem de felicitações para Karol Nawrocki, presidente eleito da Polônia.
Xi Jinping diz na mensagem que Polônia foi um dos primeiros países do mundo a reconhecer e a estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China. As duas nações possuem uma amizade tradicional e são parceiras estratégicas integrais.
O líder chinês salientou que, após o estabelecimento das relações diplomáticas há 76 anos, os dois países sempre insistem no respeito mútuo e no tratamento de igualdade. As cooperações de benefícios recíprocos conseguiram notáveis resultados em todas as áreas.
Perante as turbulências na arena internacional, a China e a Polônia devem continuar aprofundando a confiança política mútua e reforçando a comunicação estratégica, acrescentou Xi Jinping.
O presidente chinês manifestou também o desejo de trabalhar junto com Nawrocki para impulsionar o desenvolvimento contínuo da parceria integral, beneficiar os dois povos, além de injetar mais estabilidade e certeza no mundo.
Fonte: CMG

China

Xi Jinping envia mensagem de congratulações para presidente eleito da Polônia

247 – Karol Nawrocki, historiador conservador apoiado pelo partido de direita Lei e Justiça (PiS), foi eleito presidente da Polônia com 50,89% dos votos no segundo turno. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (2) pela agência Reuters, que acompanhou a reta final da campanha e os desdobramentos da vitória.
Cultivando uma imagem de homem forte, Nawrocki usou a campanha para se aproximar do eleitorado mais conservador e nacionalista. Publicou vídeos em estandes de tiro e ringues de boxe, e se apresentou como defensor da família tradicional e dos “valores cristãos”. Seu mote foi direto: “Polônia em primeiro lugar”. “Vamos ajudar os outros, mas vamos cuidar primeiro dos nossos cidadãos”, declarou nas redes sociais em abril.
Durante a campanha, Nawrocki recebeu apoio explícito do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com quem se encontrou na Casa Branca. Essa aliança ajudou a contrastá-lo com seu adversário liberal, o prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, que se apresentou como defensor dos valores europeus e das alianças ocidentais.
Apesar do perfil conservador e do discurso crítico em relação à ajuda excessiva à Ucrânia, Nawrocki adota uma posição distinta de outros líderes eurocéticos da região, como o eslovaco Robert Fico ou o húngaro Viktor Orbán. O novo presidente polonês apoia a continuidade da ajuda militar a Kiev contra a invasão russa, que já dura três anos. No entanto, se opõe à entrada da Ucrânia em alianças como a União Europeia e a OTAN, num gesto calculado para dialogar com o crescente cansaço da população polonesa em relação ao conflito e à acolhida de mais de um milhão de refugiados ucranianos.
A trajetória de Nawrocki inclui a presidência do Instituto da Memória Nacional (IPN), órgão responsável por preservar a memória das vítimas de regimes totalitários na Polônia. Ele usou sua atuação à frente da entidade para consolidar sua imagem como defensor da identidade nacional. Nos últimos dias de campanha, buscou conquistar o eleitorado que no primeiro turno havia apoiado o candidato de extrema direita Slawomir Mentzen, que obteve 15% dos votos.
Ao longo da disputa, Nawrocki enfrentou controvérsias, incluindo denúncias sobre a aquisição de um imóvel de um idoso e antigas participações em brigas de rua organizadas entre torcidas de futebol. Em um debate, ele não negou as acusações, mas procurou enquadrá-las como parte de sua vivência esportiva. “Todas as minhas atividades esportivas se basearam na força do meu coração, na força dos meus músculos, dos meus punhos. Foi uma competição justa, independentemente da forma”, afirmou.
Seus apoiadores, dentro do PiS, acusaram o governo atual — de tendência liberal e pró-União Europeia — de usar os serviços secretos e a mídia para difamá-lo. O governo nega qualquer envolvimento.
Nawrocki deve seguir uma linha semelhante à do presidente Andrzej Duda, seu antecessor e aliado do PiS, que vetou repetidamente projetos do governo voltados à reversão de reformas judiciais implementadas pela antiga gestão conservadora. Tais reformas foram duramente criticadas pela União Europeia por comprometerem a independência do Judiciário.
Em um dos momentos mais simbólicos da campanha, Nawrocki declarou em Biala Podlaska: “Eu sou simplesmente um de vocês”. A frase resume sua tentativa de se apresentar como antielitista e enraizado nos valores do “cidadão comum” da Polônia profunda.
Com a vitória, a presidência da Polônia retorna ao controle da direita nacionalista, sinalizando possíveis tensões com o governo liberal no Parlamento e com instituições da União Europeia.

Redação Brasil 247

Saiba quem é Karol Nawrocki, o novo presidente da Polônia

247 – O conservador polonês Karol Nawrocki foi eleito com 50,89% dos votos válidos, contra 49,11% de Rafał Trzaskowski, segundo dados de 100% das comissões eleitorais de apuração. A informação foi publicada pelo portal Poland Daily 24 nesta segunda-feira (2), confirmando uma das eleições mais disputadas da história recente do país.
A vitória de Nawrocki, apoiado pelo partido Lei e Justiça (PiS) e aliado de Donald Trump, consolida uma transição política significativa no comando da nação centro-europeia. Com esses números, o novo presidente obteve uma votação superior à conquistada por Andrzej Duda em 2020, quando 10.440.648 eleitores escolheram o então presidente no segundo turno. Embora a Comissão Eleitoral Nacional só vá anunciar os resultados oficiais em coletiva de imprensa nas próximas horas, a totalização já permite confirmar a vitória do candidato conservador.
A eleição refletiu uma polarização crescente entre os eleitores poloneses, com uma diferença de menos de dois pontos percentuais entre os dois postulantes. Rafał Trzaskowski, atual prefeito de Varsóvia e representante de uma plataforma mais liberal e pró-europeia, manteve uma base sólida de apoio nas grandes cidades e entre os jovens, mas não conseguiu reverter o desempenho de Nawrocki nas regiões rurais e interioranas, onde o PiS tem histórico de força.
<h3>Saiba quem é Karol Nawrocki</h3>
Karol Nawrocki é historiador, doutor em ciências humanas e especialista em temas relacionados à memória nacional, resistência anticomunista e história contemporânea da Polônia. Ganhou destaque público como presidente do Instituto da Memória Nacional (IPN), cargo em que atuou na preservação da narrativa histórica conservadora e no combate ao que considerava tentativas de reescrever o passado polonês.
Durante sua campanha presidencial, Nawrocki defendeu uma plataforma centrada em valores tradicionais, soberania nacional, fortalecimento das forças armadas e uma postura firme em relação à imigração e à União Europeia. Apoiador declarado do partido Lei e Justiça, ele foi visto como o nome que daria continuidade ao legado conservador iniciado por Lech Kaczyński e seguido por Andrzej Duda.
Com um discurso nacionalista e foco em segurança e identidade, Nawrocki mobilizou o eleitorado do interior e de regiões historicamente mais conservadoras, conseguindo uma vantagem decisiva na reta final da campanha.
Com a confirmação do resultado, a Polônia se prepara para um novo ciclo político que deverá manter o país em uma rota de tensões com instituições europeias, mas também pode marcar o fortalecimento de políticas internas conservadoras com ampla ressonância entre os eleitores do interior. O discurso de posse de Karol Nawrocki é aguardado com expectativa, especialmente por parte dos aliados regionais e da União Europeia, que observam de perto os desdobramentos da eleição polonesa.

Aliado de Trump, Karol Nawrocki vence eleição na Polônia

247 - O primeiro turno das eleições presidenciais na Polônia, realizado neste domingo (18), terminou com o prefeito de Varsóvia, Rafał Trzaskowski, à frente com 30,8% dos votos, seguido de perto pelo historiador conservador Karol Nawrocki, que obteve 29,1%, segundo pesquisa de boca de urna do Instituto Ipsos. Com nenhum dos candidatos atingindo a maioria absoluta, uma segunda rodada está marcada para 1º de junho.&nbsp;
<a href="https://www.brasil247.com/search?term=Trzaskowski">Trzaskowski</a>, representante da Plataforma Cívica e aliado do primeiro-ministro Donald Tusk, é visto como defensor da integração europeia e de reformas liberais. Por outro lado, Nawrocki, apoiado pelo partido Lei e Justiça (PiS), promove uma agenda nacionalista e conservadora, enfatizando valores tradicionais e a soberania polonesa.&nbsp;
A eleição ocorre em um contexto de tensões geopolíticas, com a guerra na Ucrânia e debates sobre o papel da Polônia na União Europeia e na <a href="https://www.brasil247.com/search?term=OTAN">OTAN</a>. A presidência polonesa possui poderes significativos, incluindo o veto a legislações, o que torna o resultado crucial para o avanço das políticas do governo de Tusk.
A participação no pleito foi de 66,8%, refletindo o interesse da população em um momento de polarização política. Além de Trzaskowski e Nawrocki, o candidato de extrema-direita Sławomir Mentzen surpreendeu ao conquistar 15,4% dos votos, indicando uma possível influência no segundo turno, dependendo de seu posicionamento.&nbsp;
A campanha foi marcada por debates sobre política externa, direitos sociais e o futuro da democracia no país. Enquanto Trzaskowski promete fortalecer os laços com a UE e promover reformas internas, Nawrocki defende uma postura mais autônoma e tradicionalista.&nbsp;

O prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, candidato presidencial da Coalizão Cívica, gesticula enquanto participa de um evento para discursar, após a votação de boca de urna para o primeiro turno das eleições presidenciais da Polônia, em Sandomierz, Polônia, em 18 de maio de 2025

Trzaskowski lidera primeiro turno na Polônia com vantagem apertada

(Reuters) – Os poloneses foram às urnas neste domingo para o primeiro turno das eleições presidenciais, que definirão se o país seguirá o caminho pró-europeu traçado pelo primeiro-ministro Donald Tusk ou se inclinará em direção ao nacionalismo representado por admiradores do presidente dos EUA, Donald Trump.
O retorno de Trump ao poder tem energizado os eurocéticos em toda a Europa, e a votação deste domingo representa o maior teste à visão europeísta de Tusk desde que ele assumiu o governo em 2023, derrotando o partido nacionalista Lei e Justiça (PiS).
A eleição opõe o prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, da Coalizão Cívica de Tusk, ao historiador conservador Karol Nawrocki, apoiado pelo PiS. Trzaskowski é apontado como favorito e deve enfrentar Nawrocki em um segundo turno em 1º de junho, caso nenhum candidato obtenha mais de 50% dos votos no primeiro turno. A votação termina às 21h (horário local) e as primeiras pesquisas de boca de urna são esperadas logo após o encerramento. Os resultados devem começar a ser divulgados ao longo da noite e na segunda-feira.
Também concorrem a ultradireita Slawomir Mentzen (partido Confederação), o presidente do Parlamento Szymon Holownia (centro-direita Polônia 2050) e Magdalena Biejat, da esquerda.
Segundo a agência estatal PAP, após votar em Gdańsk, Nawrocki incentivou todos os poloneses a participarem da eleição, afirmando que ela era importante porque “estamos moldando nosso futuro”. Trzaskowski, ao votar em Varsóvia, declarou que “toda eleição é uma celebração da democracia”.
A comissão eleitoral informou que a votação estava transcorrendo de forma tranquila.
O mensageiro Czeslaw Wegorek, de 64 anos, que votava na cidade portuária de Gdańsk, afirmou querer um presidente “focado no futuro da população, e não em mais brigas”. Já a moradora de Varsóvia Barbara Zurawska destacou que habitação para os jovens era sua principal preocupação: “Está muito difícil para os jovens. Eles moram com os pais por muito tempo, e é difícil conseguir um empréstimo e pagá-lo.”
<h2>Europa sob pressão</h2>
A votação na Polônia ocorre no mesmo dia do segundo turno da eleição presidencial na Romênia, onde o nacionalista George Simion, que faz campanha com o lema “Tornar a Romênia Grande Novamente”, enfrenta o prefeito centrista de Bucareste, Nicusor Dan.
Uma vitória de dois candidatos eurocéticos causaria forte impacto na União Europeia, que já enfrenta os desafios da invasão russa à vizinha Ucrânia e das tarifas impostas por Trump.
Na Polônia, o cargo de presidente possui poderes executivos limitados, mas pode vetar leis. Isso permitiu ao atual presidente, Andrzej Duda — aliado do PiS —, bloquear esforços de Tusk para reverter mudanças judiciais promovidas pelo PiS e que, segundo Tusk, enfraquecem a democracia.
Trzaskowski prometeu consolidar o papel da Polônia como ator central nas decisões da UE e trabalhar com o governo para revogar as reformas judiciais herdadas do PiS.
A campanha de Nawrocki sofreu abalo com denúncias de que ele teria enganado um idoso para comprar-lhe um apartamento em troca de cuidados que não prestou — acusação que ele nega. Ainda assim, Trump demonstrou apoio ao se reunir com ele na Casa Branca.
Nawrocki apresenta a eleição como uma oportunidade para impedir que Tusk concentre poder e para barrar os valores liberais representados por Trzaskowski, que, como prefeito de Varsóvia, apoiou marchas LGBT e ordenou a retirada de crucifixos cristãos de prédios públicos.
Diferente de outros eurocéticos da Europa Central, Nawrocki apoia a ajuda militar à Ucrânia contra a Rússia. No entanto, tem explorado o sentimento anti-ucraniano entre poloneses cansados do fluxo de refugiados.
Ele defende prioridade para cidadãos poloneses no acesso a serviços públicos e criticou a postura de Kiev em relação à exumação de poloneses assassinados por nacionalistas ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial.

Leonardo Sobreira

Um homem se prepara para votar durante o primeiro turno das eleições presidenciais da Polônia em uma seção eleitoral em Varsóvia, Polônia, em 18 de maio de 2025

Votação presidencial na Polônia testa se visão pró-UE resiste ao trumpismo

247 – Em meio a tensões crescentes sobre o papel da Starlink no conflito entre Ucrânia e Rússia, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, repreendeu o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, após declarações críticas sobre a dependência da Ucrânia do serviço de internet via satélite de Elon Musk. A informação foi divulgada pela Reuters neste domingo (9).
A polêmica teve início quando Sikorski destacou na plataforma X (antigo Twitter) que os serviços da Starlink para a Ucrânia são financiados pelo Ministério da Digitalização da Polônia, a um custo de aproximadamente US$ 50 milhões por ano. O chanceler polonês insinuou que, diante de declarações de Musk sobre o impacto da Starlink na linha de frente da guerra, Varsóvia poderia buscar fornecedores alternativos.
“Elon Musk afirmou que a linha de frente da Ucrânia entraria em colapso se ele desligasse a Starlink. Se a SpaceX se mostrar um fornecedor pouco confiável, seremos forçados a buscar outras opções”, escreveu Sikorski.
O comentário gerou uma resposta ríspida de Musk, que rebateu: “Seja quieto, homenzinho. Vocês pagam uma fração do custo. E não há substituto para a Starlink.”
Rubio se posiciona: 'Diga obrigado'
Rubio, aliado de Musk e figura influente no governo de Donald Trump, interveio no debate, acusando Sikorski de “inventar coisas” e minimizando qualquer ameaça de interrupção do serviço.
“Ninguém fez qualquer ameaça sobre cortar a Starlink da Ucrânia. E diga obrigado, porque sem a Starlink a Ucrânia teria perdido essa guerra há muito tempo, e os russos estariam agora na fronteira com a Polônia”, afirmou o Secretário de Estado.
A troca de farpas ocorre em um momento delicado para Kiev, que enfrenta restrições crescentes por parte de Washington. A administração dos Estados Unidos revogou o acesso da Ucrânia a imagens de satélite e reduziu o compartilhamento de inteligência, pressionando o país a aceitar uma solução negociada para o conflito, agora em seu quarto ano desde a invasão russa em fevereiro de 2022.
Fontes citadas pela Reuters revelaram que, no mês passado, negociadores norte-americanos chegaram a sugerir que a continuidade do acesso da Ucrânia ao Starlink poderia ser usada como barganha em conversas sobre exploração de minerais estratégicos do país.
Reação política na Polônia
O embate entre Sikorski e Musk também repercutiu no cenário político polonês. O partido oposicionista Lei e Justiça (PiS), de orientação nacionalista, criticou a postura do chanceler. O parlamentar Marcin Przydacz comentou no X: “Discutir com os americanos em redes sociais é exatamente o que precisamos neste momento de decisões cruciais para a região.”
Enquanto isso, especulações sobre um possível substituto para a Starlink impulsionaram as ações da operadora de satélites franco-britânica Eutelsat (ETL.PA), que chegaram a disparar 650% na semana que antecedeu 7 de março, antes de recuarem para uma alta acumulada de 380% ao fim da semana.
A crise evidencia o crescente peso geopolítico da Starlink na guerra, enquanto Washington e aliados avaliam suas opções para sustentar a conectividade da Ucrânia sem depender exclusivamente da empresa de Musk.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em entrevista coletiva na República Dominicana

Rubio repreende Polônia, cobra agradecimento e defende Starlink em meio a polêmica com a Ucrânia

247 - O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, anunciou nesta sexta-feira (7) um plano para fortalecer radicalmente as Forças Armadas do país. Diante do que classificou como uma "ameaça russa", ele propôs medidas ousadas, incluindo a possível aquisição de armas nucleares.
"Devemos estar cientes de que a Polônia deve buscar as capacidades mais modernas, também relacionadas a armas nucleares e armas não convencionais modernas... esta é uma corrida pela segurança, não pela guerra", disse Tusk em discurso ao parlamento, de acordo com o site Politico.&nbsp;
Tusk também afirmou que a Polônia "está conversando seriamente" com a França sobre ser protegida pelo guarda-chuva nuclear francês, proposto pelo presidente Emmanuel Macron.&nbsp;
A Polônia também buscará construir um exército de 500 mil homens. "Todo homem saudável deve querer se treinar para poder defender a pátria em caso de necessidade. Vamos prepará-lo de forma que não seja um fardo para as pessoas", disse Tusk, acrescentando que as mulheres também poderão se voluntariar, mas que "a guerra ainda é, em maior medida, domínio dos homens".&nbsp;
Na quarta-feira (5), Macron afirmou que a Rússia se tornou uma "ameaça" para a França e para a Europa e, por isso, era necessário abrir uma discussão sobre o uso das armas nucleares da França para defender toda a União Europeia.&nbsp;

Polônia busca acesso a armas nucleares, diz primeiro-ministro

247 - Sobreviventes e líderes globais se reuniram nesta segunda-feira (27) no local do campo de concentração de Auschwitz, no sul da Polônia, para marcar o 80º aniversário de sua libertação das mãos das forças nazistas alemãs pelo Exército Soviético.&nbsp;
A cerimônia contou com a presença de uma série de autoridades internacionais, incluindo o chanceler alemão Olaf Scholz, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o rei Charles III do Reino Unido, o presidente francês Emmanuel Macron e o presidente polonês Andrzej Duda, além de representantes de aproximadamente 60 países e organizações internacionais.
A Rússia não foi convidada para a cerimônia. Israel enviou o ministro da Educação Yoav Kisch. Líderes dos países foram recentemente alvo de mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI).&nbsp;
Antes da cerimônia, que ocorreu em uma tenda construída sobre o portão do antigo campo de Auschwitz II-Birkenau, os líderes enfatizaram a importância de preservar a memória do Holocausto.
O principal evento de comemoração aconteceu às 16h, horário local. Cerca de 3.000 pessoas, incluindo sobreviventes do Holocausto, seus familiares e líderes mundiais, participaram para homenagear as vítimas e refletir sobre os horrores do Holocausto.
O presidente polonês Andrzej Duda prestou homenagem às vítimas durante a cerimônia, destacando o papel da Polônia na preservação desses locais históricos. "A Polônia cuida desses lugares para proteger a memória, para mantê-la viva, para que as pessoas sempre se lembrem", afirmou. Duda também ressaltou que 27 de janeiro é o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, estabelecido em 2005 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
Ele acrescentou: "Hoje, homenageamos todos aqueles que foram assassinados durante o Holocausto, incluindo mais de 3 milhões de cidadãos poloneses de nacionalidade judaica que foram mortos pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial."
O campo de concentração de Auschwitz foi estabelecido pelos nazistas em 1940. Pelo menos 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas no local. Mais de 3 milhões dos 3,2 milhões de judeus da Polônia foram assassinados pelos nazistas.
O campo foi libertado pelo Exército Soviético em 27 de janeiro de 1945, data agora reconhecida globalmente como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
No total, entre 1941 e 1945, a Alemanha nazista e seus colaboradores assassinaram sistematicamente seis milhões de judeus em toda a Europa ocupada pelos alemães, além de ciganos, minorias sexuais, pessoas com deficiência e outros que ofendiam as ideias nazistas de superioridade racial. (Com agências).&nbsp;

Sobreviventes comparecem à cerimônia de colocação de coroas de flores no Muro da Morte durante o 80º aniversário da libertação do campo de concentração e extermínio nazista alemão de Auschwitz-Birkenau em Oswiecim, Polônia - 27/01/2025

Líderes mundiais e sobreviventes se reúnem na Polônia para comemorar o 80º aniversário da libertação de Auschwitz

247 - A Polônia assegurou a segurança do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante a 80ª cerimônia de comemoração da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. A garantia ocorre mesmo com a Polônia sendo signatária do Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de prisão contra Netanyahu em novembro passado.&nbsp;
Em dezembro passado, o jornal polonês Rzeczpospolita informou que Netanyahu não visitaria a Polônia no 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, devido ao mandado de prisão. Segundo o jornal, Israel provavelmente seria representado pelo ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar.
Resolução publicada nesta quinta-feira (9) pelo gabinete do primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, diz: "O governo polonês trata a participação segura dos líderes de Israel nas comemorações de 27 de janeiro de 2025 como parte da homenagem à nação judaica, cujos milhões de filhas e filhos foram vítimas do Holocausto perpetrado pelo Terceiro Reich".&nbsp;
Em 21 de novembro, o TPI emitiu mandados de prisão contra Netanyahu, o ex-ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant e o comandante militar do movimento militante palestino Hamas, Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, sob acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. O gabinete de Netanyahu reagiu criticando o tribunal, acusando-o de tentar "isolar" Israel e apoiar o "terrorismo" contra o Estado judeu. O Estatuto de Roma do TPI foi ratificado por 124 países. Israel não é signatário.&nbsp;
Auschwitz-Birkenau foi o maior e mais duradouro campo de concentração nazista e tornou-se um dos principais símbolos do Holocausto. Cerca de 1,4 milhão de pessoas, incluindo aproximadamente 1,1 milhão de judeus, morreram em Auschwitz entre 1941 e 1945. O campo foi libertado pelo então Exército Vermelho em 27 de janeiro de 1945. Em 1947, foi criado um museu no local do antigo campo de concentração. Em 1979, o local foi incluído na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.&nbsp;
Apesar da libertação do campo pelo então exército soviético, a Rússia, pelo terceiro ano consecutivo, não foi convidada. (Com informações da <a href="https://www.aljazeera.com/news/2025/1/9/poland-says-it-will-protect-benjamin-netanyahu-from-potential-arrest">Al Jazeera</a>).&nbsp;

Polônia diz que Netanyahu, alvo de mandado de prisão do TPI, tem imunidade em caso de visita

Por <a href="https://www.rfi.fr/pt/mundo/20250101-pol%C3%B3nia-assume-presid%C3%AAncia-rotativa-da-uni%C3%A3o-europeia">RFI</a> - O arranque da presidência polaca da União Europeia vai ser assinalado com uma cerimónia oficial, em Varsóvia, esta sexta-feira, 3 de Janeiro, na presença do novo presidente do Conselho Europeu, António Costa. E é sob o mote “Segurança, Europa!” que Varsóvia assume o posto. O país faz fronteira com a Ucrânia e tem estado na linha da frente ao apoio prestado a Kiev face aos ataques russos. De acordo com o programa da presidência, a “assistência política, militar e financeira” é para continuar, assim como a pressão sobre a Rússia e a Bielorrússia através de sanções mais rígidas e da utilização de ativos congelados russos para a reconstrução da Ucrânia.&nbsp;
O reforço da cooperação entre a União Europeia e a NATO também está entre as prioridades. A segurança é também não militar e o desafio é responder a ameaças cibernéticas, combater a desinformação e as interferências estrangeiras. Espera-se que a presidência polaca do Conselho da União Europeia avance com a proposta de criação de um Conselho Europeu para a Resiliência contra a Desinformação.
Também na agenda, o alargamento da União Europeia, com o objectivo de acelerar as negociações de adesão de países candidatos, nomeadamente a Ucrânia, a Moldávia e os Balcãs Ocidentais.
Outro tema é a gestão da política migratória já que a implementação do Novo Pacto sobre Migração e Asilo continua a dividir os Estados-membros.
Há, ainda, o dossier do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, já assinado por Bruxelas, mas a crispação do sector agrícola francês poderia impedir a ratificação de um acordo que está em negociação há mais de duas décadas. Há também preocupações por parte da própria Polônia, Áustria, Países Baixos e Irlanda.
Neste novo ciclo institucional da União Europeia, a Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, e o Conselho Europeu, liderado por António Costa, também iniciam novos mandatos.

Polônia assume a presidência rotativa da União Europeia

247 - Temendo ser preso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não comparecerá ao 80º aniversário da libertação de Auschwitz, na Polônia. É o que relatou o Times of Israel neste domingo (22). O vice-ministro das Relações Exteriores polonês, Wladyslaw Bartoszewski, declarou que, caso Netanyahu viaje à Polônia, será preso em conformidade com o compromisso do país com o Tribunal Penal Internacional (TPI), segundo um jornal polonês. O país europeu tem como presidente Andrzej Duda atualmente.&nbsp; As autoridades da capital polonesa, Varsóvia, acreditam que a ausência de Netanyahu está relacionada à posição do país europeu em cumprir o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o premiê por crimes de guerra na Faixa de Gaza. O jornal acrescenta que o presidente israelense, Isaac Herzog, também não estará presente no evento, sendo representado apenas pelo ministro da Educação de Israel, Yoav Kish.&nbsp; Em 21 de novembro, o Tribunal sediado na Holanda expediu mandados de prisão contra Netanyahu, contra Mohammed Deif, líder do Hamas que Israel disse ter matado, e para o ex-ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant. O grupo islâmico ocupa a Faixa de Gaza.&nbsp; O evento na Polônia está programado para o Dia Internacional em Memória do Holocausto, em 27 de janeiro, e deverá contar com a presença de dezenas de líderes e chefes de Estado, incluindo o Rei Charles, do Reino Unido. De acordo com o jornal polonês Rzeczpospolita, as autoridades israelenses não entraram em contato com seus colegas poloneses sobre a participação no evento.&nbsp;  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20200707080724_7605436c88cbfc3d1a3ab14ba2ddd3f72233f4207ce96229e5b3f9dae3092128.jpeg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20200707080724_7605436c88cbfc3d1a3ab14ba2ddd3f72233f4207ce96229e5b3f9dae3092128" data-rendition-name="original" width="1280" height="600" loading="lazy" alt="andrzej-duda"><figcaption>Andrzej Duda. Foto: Kacper Pempel / Reuters</figcaption></figure>  Denunciado na Corte Internacional de Justiça (CIJ), o governo israelense, comandado por Benjamin Netanyahu, foi responsabilizado pela morte de quase 46 mil palestinos na Faixa de Gaza desde outubro do ano passado, conforme estatísticas divulgadas pelo Ministério da Saúde local. Israel também expandiu suas ofensivas para países como Irã, Síria, Cisjordânia e Líbano. O TPI julga pessoas, e a CIJ faz o julgamento de Estados&nbsp; Autoridades palestinas acusam o Exército israelense de cometer “atos de limpeza étnica”. Israel nega, afirmando que sua campanha de bombardeio aéreo tem como objetivo impedir que militantes do movimento palestino Hamas se reagrupem. Até o momento, não foi possível estabelecer um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, apesar dos esforços de mediadores. Na quinta-feira (19), fontes próximas aos negociadores afirmaram à Reuters que o Catar e o Egito conseguiram resolver algumas diferenças entre as partes, mas ainda restavam pontos de atrito (com Sputnik).

Leonardo Lucena

Primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

Tag: polonia

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