Trump garante ao presidente polonês presença militar dos EUA no país: "estamos muito alinhados com a Polônia"

247 - Durante uma reunião na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assegurou ao recém-eleito presidente da Polônia, Karol Nawrocki, que o país manterá uma presença militar robusta no território polonês. A visita de Nawrocki a Washington, que marcou sua primeira viagem internacional desde sua posse no mês passado, destaca o fortalecimento das relações bilaterais entre as duas nações, especialmente no que tange à segurança e à cooperação militar.

A reunião ocorreu em um momento crucial para a Polônia, um dos principais aliados da OTAN na Europa. Trump, que já havia demonstrado seu apoio a Nawrocki durante as eleições polonesas deste ano, enfatizou que a relação entre os dois países "sempre foi forte", mas que "agora está melhor do que nunca". O presidente dos EUA destacou ainda que os Estados Unidos continuarão com a presença militar no país europeu e que, caso haja necessidade, mais tropas poderão ser enviadas. "Vamos continuar na Polônia. Estamos muito alinhados com a Polônia", afirmou Trump durante a entrevista coletiva após o encontro.

Nawrocki, ex-boxeador e historiador, expressou gratidão pelo apoio de Trump e ressaltou a importância dos laços históricos entre os dois países. "Essas relações são muito importantes para mim, para a Polônia e para os poloneses. Elas são baseadas em valores compartilhados de independência e democracia", afirmou. O presidente polonês também mencionou a grande comunidade polonesa nos Estados Unidos, destacando que ela fortalece ainda mais a conexão entre as duas nações.

Além das discussões sobre a segurança regional, o tema da ampliação da presença militar dos EUA na Polônia também foi debatido pelos líderes. "Houve discussões específicas sobre esse projeto", comentou Nawrocki. O presidente polonês classificou como um "grande sucesso" a garantia de Trump em relação à segurança de sua nação. A presença militar norte-americana na Polônia, estimada em cerca de 8.200 soldados, tem sido um fator de dissuasão importante frente à crescente ameaça da Rússia, especialmente considerando as recentes manobras militares conjuntas entre Moscou e Minsk.

Trump também falou sobre suas tentativas de mediar negociações entre o presidente russo Vladimir Putin e o ucraniano Volodymyr Zelensky, em um esforço para resolver o conflito em curso na Ucrânia. Contudo, a expectativa do presidente dos EUA para facilitar um diálogo direto entre os dois líderes tem diminuído, uma vez que Putin ainda não demonstrou interesse em sentar-se à mesa de negociações. "Talvez eles precisem lutar um pouco mais", afirmou Trump em entrevista, refletindo sua frustração diante da resistência de Putin às conversas.

A visita de Nawrocki à Casa Branca também ocorreu em um momento de crescente incerteza sobre o futuro do compromisso dos EUA com a segurança da Europa. Alguns assessores do governo Trump têm defendido uma reorientação estratégica, com o realocamento de tropas de Europa para o Indo-Pacífico, visando conter a crescente ascensão militar da China. No entanto, a presença de tropas em países como a Polônia continua a ser vista como um fator vital para a estabilidade da região, especialmente diante das tensões com a Rússia.

Em um gesto simbólico, Trump acompanhou Nawrocki na Casa Branca enquanto aviões militares dos EUA sobrevoavam o gramado sul da residência presidencial, uma homenagem ao piloto polonês Maciej "Slab" Krakowian, que faleceu em um acidente de voo na Polônia. Esse ato sublinhou a conexão profunda entre os dois países, reforçando o compromisso mútuo com a segurança e a cooperação.