PT e Psol pedem CPI e convocação de secretário da Fazenda após caso Ultrafarma
Auditor fiscal é preso por suspeita de corrupção envolvendo empresas como Ultrafarma e Fast Shop
247 - A prisão de um auditor fiscal acusado de participar de um esquema bilionário de corrupção abalou o governo paulista e provocou uma reação imediata da oposição na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Segundo informações divulgadas pela CNN Brasil, deputados do PT e do PSOL protocolaram nesta semana pedidos de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e de convocação do secretário estadual da Fazenda e Planejamento, Samuel Kinoshita, para prestar esclarecimentos à Casa.
O deputado estadual Reis (PT) foi o responsável por solicitar a abertura da CPI. No pedido, ele solicita que seja investigada “a existência de um esquema de corrupção sistêmico envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, cujas vantagens indevidas recebidas podem alcançar o montante de aproximadamente R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais)”.
Já o deputado Carlos Giannazi (PSOL) protocolou requerimento na Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Alesp para convocar o secretário Kinoshita. No texto do pedido, Giannazi afirma: “Requeiro, à Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a convocação do Sr. Samuel Kinoshita, Secretário de Estado da Fazenda, para que, perante esta Comissão Permanente, esclareça sobre as graves denúncias de favorecimento às empresas Ultrafarma e FastShop, praticadas por servidor do Departamento de Fiscalização da Secretaria Estadual da Fazenda, que teriam movimentado mais de R$ 1 bilhão em propina.”
Em entrevista à CNN, o parlamentar reforçou a gravidade da situação: “Tentaremos aprovar na semana que vem. O caso é muito grave e vai ser difícil a Alesp ficar alheia a essa gravíssima denúncia.”
A crise foi deflagrada na última terça-feira (12) após operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do GEDEC (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos), que levou à prisão do auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, do empresário Sidney Oliveira, dono da rede Ultrafarma, e de Mario Otávio Gomes, diretor da varejista Fast Shop.
As investigações apontam que o servidor público teria recebido propinas milionárias para conceder benefícios tributários às empresas investigadas. O valor desviado, segundo os promotores, pode ultrapassar R$ 1 bilhão. A CNN também revelou que o MPSP e o auditor fiscal preso estão negociando um acordo de colaboração premiada, o que pode ampliar o alcance da apuração.
Até o momento, o secretário Samuel Kinoshita e as empresas citadas não se manifestaram sobre o caso. A base governista na Alesp ainda não sinalizou se apoiará a instalação da CPI ou a convocação do secretário.
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