Mulher agredida por empresário no DF ficou cinco dias internada após espancamento no elevador
Câmeras flagraram empresário Cléber Borges agredindo companheira com socos e cotoveladas. Vítima não havia solicitado medida protetiva
247 - Uma mulher de 34 anos passou cinco dias internada após ser brutalmente agredida pelo companheiro, o empresário Cléber Lúcio Borges, de 55 anos, no elevador do condomínio onde moram no Distrito Federal, informa o g1.
A vítima deu entrada em um hospital no sábado (2) com fraturas no rosto e diversos edemas pelo corpo, causados pela sequência de socos e cotoveladas que sofreu na madrugada do dia anterior, segundo relato de familiares. Somente recebeu alta médica na quarta-feira (6). De acordo com a Polícia Civil, foi a mãe da vítima quem procurou as autoridades, após ser alertada pelos médicos sobre sinais de violência nos ferimentos.
Imagens mostram sequência de agressões - As cenas gravadas pelo circuito de segurança do prédio mostram o momento em que Cléber ataca a companheira ainda na entrada do elevador. A mulher, que havia chamado o equipamento, é surpreendida pelo empresário com um soco assim que as portas se abrem. No interior do elevador, a agressão prossegue por quase quatro minutos: ela é derrubada no chão, tenta reagir com tapas, mas continua sendo atingida por golpes no rosto e no corpo.
Mesmo ferida, a vítima tenta sair do elevador quando as portas se abrem novamente, apertando botões para ir a outro andar. Cléber, por sua vez, deixa o local.
Vítima já havia sido agredida antes - Segundo as investigações, a mulher já havia sido alvo de outras agressões praticadas por Cléber, mas nunca havia registrado boletim de ocorrência ou pedido medida protetiva. No entanto, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2012, a apuração de crimes enquadrados na Lei Maria da Penha pode prosseguir independentemente da vontade da vítima.
Durante depoimento informal prestado ainda no hospital, a mulher relatou que a discussão começou após um casamento, por conta de uma divergência sobre quem deveria dirigir na volta para casa. "Eles foram a uma festa de casamento e, na saída, se desentenderam por uma questão de quem ia conduzir o carro, quem ia dirigir. E acabaram, por uma questão pequena, tendo essa discussão", relatou o delegado Marcos Loures, com base na fala da vítima.
Prisão e armas ilegais - Cléber Lúcio Borges foi preso em flagrante na manhã de quinta-feira (6), em sua residência. No local, a Polícia Civil encontrou duas armas de fogo e uma grande quantidade de munição, todas sem registro ou porte legal.
Mesmo tendo pago uma fiança de R$ 25,9 mil relativa à posse ilegal das armas, Cléber continuou preso preventivamente por decisão judicial, devido ao crime de violência doméstica, que não permite liberdade mediante pagamento de fiança.
O que diz a defesa - Em nota, o advogado Thyago Batista Ribeiro, que representa Cléber Lúcio Borges, declarou: "A defesa técnica do investigado informa que as manifestações necessárias ocorrerão nos autos do processo. O caso está em fase de apuração, e as condutas mencionadas em reportagem ainda não foram objeto de denúncia. Todas as medidas de defesa cabíveis estão sendo tomadas. O investigado tem total interesse na elucidação dos fatos e reitera sua idoneidade".
O empresário atua no ramo de móveis e mantém negócios tanto no Distrito Federal quanto no estado de Goiás.
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