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Com Bolsonaro no banco dos réus, PL ameaça travar o Congresso por anistia ampla aos golpistas

Valdemar Costa Neto afirma que não haverá concessões no projeto de anistia

Valdemar Costa Neto pressiona Congresso e ameaça travar votações se anistia ampla aos investigados por golpe não for aprovada (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

247 - O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou  que a legenda está disposta a “parar” o Congresso Nacional caso não seja pautada a anistia aos acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado. Segundo Valdemar, a bancada do PL possui votos suficientes para aprovar a proposta e a prioridade do partido é garantir uma anistia “ampla, geral e irrestrita”.  O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento sobre a trama golpista - que tem Jair Bolsonaro (PL) entre os réus - nesta terça-feira. 

Ele reforçou que a legenda não pretende ceder a ajustes no texto, mesmo diante da resistência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que já se manifestou contra a medida em sua versão mais abrangente.

“Vamos parar o Congresso”, diz Valdemar

“Se não votarem a anistia, nós vamos parar o Congresso. Hoje temos maioria para isso. Não queríamos dar prejuízo ao País, evidentemente que não, mas nós vamos ter que parar, porque nós não temos outra arma, e nós temos que fazer alguma coisa”, afirmou Costa Neto em entrevista à Rádio Eldorado nesta terça-feira (9), de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo

Questionado se abriria mão de pontos da proposta para viabilizar sua aprovação, Valdemar foi categórico: “Não”.

Tarcísio, STF e manifestações

O presidente do PL também comentou as declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “tirano” em ato bolsonarista no último domingo.

 Valdemar disse que evita confrontos diretos com ministros da Corte: “Meu advogado me orientou a não atacar nenhum ministro do Supremo e ele tem razão nisso, nós temos que respeitar o Supremo, mas é uma loucura o que está acontecendo”, afirmou, classificando a reação de Tarcísio como “natural”.

Bandeira dos EUA e apoio a Bolsonaro

O dirigente revelou ainda entusiasmo com a presença da bandeira dos Estados Unidos durante o ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista, criticada por setores da própria direita.

 “Adorei quando vi a bandeira americana na rua. Por quê? (...) Isso vai chegar para o Trump, para ele ver que o povo brasileiro não é contra os americanos, que nós os queremos do nosso lado, e precisamos dele hoje, porque não temos a quem recorrer”, disse, em referência ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Valdemar também destacou a expectativa de que a anistia viabilize a candidatura de Jair Bolsonaro em 2026. Segundo ele, se a Justiça impedir o registro, caberá a Bolsonaro escolher o substituto e seu vice.

Romário e disputas internas no PL

Sobre a situação do senador Romário (PL-RJ), hostilizado na manifestação por não apoiar o impeachment de Alexandre de Moraes, Valdemar descartou expulsá-lo do partido.

 “Temos que respeitar a posição pessoal de cada um. O Romário já está na marcação da torcida não é de agora”, declarou, lembrando que o ex-jogador alegou proximidade pessoal com Moraes para justificar sua posição.

O líder do PL também mencionou possíveis nomes para futuras disputas no Senado por São Paulo, caso Eduardo Bolsonaro não retorne ao país. Ele citou como alternativas o vice-prefeito Ricardo Mello Araújo, o pastor Marco Feliciano (PL-SP) e o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP).

Acompanhe o julgamento ao vivo pela TV 247:

 

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