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Anistia não tem consenso nem clima para avançar na Câmara

Líderes avaliam que o texto de Paulinho da Força deve permanecer engavetado

Rio de Janeiro (RJ), 21/09/25 - Manifestantes protestam contra a PEC da Blindagem e PL da Anistia na orla de Copacabana. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

247 - A tentativa de avançar com uma alternativa à anistia, articulada pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), não encontrou respaldo entre os principais partidos e dificilmente será votada nos próximos dias. O impasse entre governo e oposição esvazia o debate e deixa a proposta fora da pauta de deliberações na Câmara dos Deputados.

Segundo Daniela Lima, do UOL, a resistência vem de diferentes lados. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), chegou a convocar reunião para esta terça-feira (30), mas mesmo ele reconhece que há pouco espaço para manobras diante da falta de acordo.

Divergências entre PT e PL

De um lado, o PL, sigla de Jair Bolsonaro, alega que a mudança sugerida por Paulinho da Força — que prevê ajustes apenas nas penas relacionadas à tentativa de abolição do Estado democrático de Direito — não atende às suas demandas. Do outro, o PT, orientado pelo governo, descarta apoiar a chamada “PEC da Dosimetria”, fechando qualquer possibilidade de diálogo.

Proposta sem ambiente político

A ausência de consenso entre esquerda e direita torna inviável a tramitação imediata do texto alternativo. Sem ambiente favorável, líderes avaliam que a iniciativa deve permanecer “na gaveta” por pelo menos mais uma semana, até que haja condições políticas para nova rodada de negociações.

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