<p><b>247</b> - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), criticou neste sábado (20) o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). Os dois se reuniram nesta semana &nbsp;para discutir o chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que busca reduzir penas aplicadas a condenados por participação na tentativa de golpe.</p>
<p>Segundo Lindbergh, Temer e Aécio atacaram a democracia brasileira e agora tentam passar a imagem de “estadistas”“Golpistas não faltam no Brasil. Aécio Neves, que em 2014 atacou as urnas e questionou o resultado eleitoral, abriu caminho para a narrativa de fraude eleitoral. Michel Temer, em 2016, foi o artífice do golpe parlamentar que rasgou a soberania do voto e desmontou conquistas sociais. Agora, ambos posam de ‘estadistas’ enquanto viram lobistas de luxo”, criticou.</p>
<p>O deputado completou afirmando que ambos são sinônimos de “vergonha nacional”. “Temer, que já vendeu até banco, hoje circula como representante de big techs, governos e tribunais. Virou o ‘lobista da dosimetria’, oferecendo seus serviços até para quem quer reduzir pena de golpista. Não passam de caricaturas da própria decadência: homens que conspiraram contra a democracia e agora se agarram a qualquer negócio ou oportunidade para seguir influentes. Mas o povo não esquece: Aécio e Temer são sinônimos de golpe, de traição e de vergonha nacional””, concluiu.</p>
<h2><b>O encontro em São Paulo</b></h2>
<p>A crítica do petista ocorre após Michel Temer abrir sua residência em São Paulo para um encontro que reuniu Aécio Neves, Paulinho da Força — relator da proposta — e o presidente da Câmara, Hugo Motta. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes acompanharam a reunião de forma remota.</p>
<p>A proposta, que substitui o antigo texto da anistia, busca reduzir as penas de todos os condenados por envolvimento na tentativa de golpe, inclusive os integrantes do chamado Núcleo Crucial, onde figura o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a mais de 27 anos de prisão.</p>
<p>Durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Temer já havia defendido a necessidade de uma medida que, em suas palavras, poderia contribuir para a “pacificação nacional”. Segundo ele, a mudança de nomenclatura para PL da Dosimetria expressa a tentativa de dar “nova dosagem” às punições.</p>
<p>“A ideia é que você produza um texto que pacifique o país”, declarou Temer. Ele ainda acrescentou que a proposta é fruto de diálogo com o STF e com o Executivo, construída como parte de um “pacto republicano”.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Golpistas não faltam no Brasil. Aécio Neves, que em 2014 atacou as urnas e questionou o resultado eleitoral, abriu caminho para a narrativa de fraude eleitoral. Michel Temer, em 2016, foi o artífice do golpe parlamentar que rasgou a soberania do voto e desmontou conquistas…</p>&mdash; Lindbergh Farias (@lindberghfarias) <a href="https://twitter.com/lindberghfarias/status/1969485841174028709?ref_src=twsrc%5Etfw">September 20, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
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Otávio Rosso

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Brasil

Articuladores da “dosimetria”, Aécio e Temer são “sinônimos de golpe”, diz Lindbergh

<p><b>247 – </b>O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reforçou nesta sexta-feira (19/9) que não aceita qualquer proposta que substitua a anistia plena aos condenados pelos atos de 8 de janeiro por uma simples redução de penas. A informação foi <a href="https://www.metropoles.com/brasil/eduardo-rechaca-dosimetria-e-ameaca-relator-com-possiveis-sancoes#google_vignette">divulgada pelo portal <i>Metrópoles</i></a>.</p>
<p>“Um conselho de amigo, muito cuidado para você não acabar sendo visto como um colaborador do regime de exceção. Alguém que foi posto pelo Moraes para enterrar a anistia ampla, geral e irrestrita”, declarou Eduardo, em recado direto ao relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP). O deputado ainda advertiu: “Assim como está expresso na lei, todo colaborador de um sancionado por violações de direitos humanos é passível das mesmas sanções”.</p>
<h2>Críticas ao relator</h2>
<p>Paulinho da Força foi designado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para conduzir o projeto. Desde o início, deixou claro que seu parecer não prevê perdão irrestrito, mas a possibilidade de redução das penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).</p>
<p>Eduardo Bolsonaro atacou essa linha de negociação, chamando-a de “acordo indecoroso e infame”. Ele acusou o relator de se alinhar ao STF e disse que a proposta não tem relação com pacificação, mas sim com “a manutenção de todos os crimes praticados por Alexandre de Moraes”.</p>
<h2>Reuniões e desconfiança</h2>
<p>As críticas se intensificaram após Paulinho se reunir com o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o ex-presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), para debater a anistia. Eduardo reagiu afirmando que “não confia” em Temer e rejeita qualquer diálogo com “quem quer matar o meu pai”, em referência a Alexandre de Moraes.</p>
<p>“Você, Michel Temer e o resto da turma não irão impor na marra o que chamam, cinicamente, de pacificação”, afirmou Eduardo. “Chegamos nesse ponto porque vocês nos subestimaram.”</p>
<h2>Disputa em torno da anistia</h2>
<p>A anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro divide o Congresso. Parte da base bolsonarista pressiona por um perdão total, enquanto outra ala defende soluções intermediárias, como a dosimetria menor. O STF, por sua vez, sustenta a responsabilização dos acusados, o que acirra ainda mais a tensão política.</p>
<p>As declarações de Eduardo Bolsonaro contra Paulinho da Força mostram que a tramitação do projeto deve enfrentar resistências e manter a polarização no centro da pauta.</p>

Redação Brasil 247

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Eduardo Bolsonaro diz que só aceita anistia completa e rechaça dosimetria menor

<p><b>247 -</b> O acordo costurado entre setores do centrão e lideranças do PL para substituir o debate sobre anistia por uma proposta de redução de penas provocou forte reação no núcleo do bolsonarismo. Segundo a jornalista Andréia Sadi, do <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2025/09/19/acordo-por-dosimetria-irrita-bolsonarismo-e-aliados-sugerem-que-ex-presidente-retire-apoio.ghtml">g1</a>, parlamentares e figuras próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro consideram a movimentação uma “traição” e articulam para que ele retire apoio à iniciativa.</p>
<p>O entendimento inicial era de que a anistia ampla, geral e irrestrita seria o ponto central. No entanto, diante da resistência no Supremo Tribunal Federal (STF) e da dificuldade de aprovação no Senado, a proposta foi remodelada para focar na diminuição das penas dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.</p>
<p>Entre os principais defensores da anistia integral está o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele tem repetido publicamente que só aceita “anistia ampla, geral e irrestrita”. Em sintonia com o discurso, o empresário Paulo Figueiredo, que acompanha Eduardo nos Estados Unidos, reforçou que a medida seria alcançada “por bem ou por mal”.</p>
<p>A avaliação de aliados próximos é que Bolsonaro deve se manifestar oficialmente por meio de uma carta aberta, rejeitando a proposta que não o tira da prisão. O movimento busca frear a articulação que ganhou força após reuniões entre líderes políticos como Paulinho da Força, relator do projeto, e o ex-presidente Michel Temer.</p>
<h3><b>Conflito interno no PL</b></h3>
<p>Fontes relatam que havia consenso dentro do PL para apoiar a mudança no texto da proposta, considerada mais viável politicamente. O entendimento era de que a redução das punições teria chances de avançar no Senado, diferentemente da anistia total, que enfrenta resistência aberta no STF. Ainda assim, a reação da base bolsonarista foi negativa.</p>

Anistia sem impunidade para Bolsonaro racha o PL

<p><b>247 -</b> O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do Projeto de Lei da Anistia, que ele passou a chamar de PL da Dosimetria, afirmou, em entrevista ao <i>Acorda, </i><a href="https://www.metropoles.com/brasil/paulinho-diz-ter-pressa-e-quer-votar-pl-da-anistia-ja-na-quarta-feira"><i>Metrópoles</i></a> nesta sexta-feira (19), que pretende levar o texto para votação na Câmara já na próxima quarta-feira (24).</p>
<p>O projeto busca revisar penas aplicadas a participantes de manifestações antidemocráticas ocorridas a partir de 30 de outubro de 2022, data do segundo turno das eleições. Segundo Paulinho, a proposta pode representar um marco de reconciliação nacional. “Acho que esse projeto pode ser o grande pacificador do Brasil, na medida em que ele for um projeto que permita que pessoas que cometeram algum delito ou uma depredação, que estão presas há algum tempo, possam ir para casa cuidar da sua vida”, afirmou.</p>
<h2><b>Urgência aprovada e mudanças no texto</b></h2>
<p>A urgência da tramitação foi aprovada pela Câmara na quarta-feira (17), o que acelera a análise da matéria. Paulinho foi designado relator pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), no dia seguinte. O texto original, de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), foi apresentado em 2023.</p>
<p>De acordo com a versão atual, o PL abrange atos cometidos entre o segundo turno das eleições de 2022 e a data em que a lei entrar em vigor. Inicialmente conhecido como PL da Anistia, o projeto ganhou um novo título depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a concessão de perdão geral aos condenados. “Então eu não estou mais tratando de anistia, estou tratando de um projeto de dosimetria”, explicou Paulinho.</p>
<h2><b>Resistência de bolsonaristas</b></h2>
<p>A mudança de nomenclatura pode frustrar parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que pressionam por uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. A proposta agora se concentra em revisar penas, e não em extinguir condenações.</p>
<p>Paulinho da Força destacou ainda que tem buscado diálogo com diferentes atores políticos e jurídicos para garantir respaldo à sua proposta. “Como relator do PL da Dosimetria, tenho buscado dialogar com grandes lideranças para construir uma proposta que pacifique o país e garanta justiça”, declarou.</p>
<h2><b>Apoio de Michel Temer e articulações no STF</b></h2>
<p>Na quinta-feira (18), Paulinho se reuniu com o ex-presidente Michel Temer (MDB) e publicou em suas redes sociais um vídeo em que ambos defendem a nova abordagem. Temer chegou a telefonar para os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, em busca de entendimento sobre os rumos do projeto.</p>
<p>A expectativa do relator é colocar o texto em votação já no próximo dia 24. Caso não consiga, pretende negociar para que a análise seja feita até a quarta-feira seguinte, em 1º de outubro.</p>

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