Ala mais bolsonarista do PL ameaça declarar guerra contra Hugo Motta e Alcolumbre
Aliados de Jair Bolsonaro avaliam tornar os presidentes da Câmara e do Senado alvos de campanhas nas ruas e nas redes
247 - Uma nova frente de embate político começa a se desenhar entre o núcleo bolsonarista do PL e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente. Segundo o Metrópoles, a ala mais radical do PL ameaça lançar uma ofensiva nas redes sociais — e possivelmente nas ruas — contra os dois parlamentares, considerados entraves para a defesa de Jair Bolsonaro (PL).
A crise foi deflagrada após a operação da Polícia Federal realizada na sexta-feira (18), que impôs novas medidas restritivas a Bolsonaro. A resposta imediata de setores do PL foi tentar derrubar o recesso parlamentar, medida rejeitada prontamente tanto por Motta quanto por Alcolumbre. A recusa ampliou a tensão entre as partes e desencadeou uma articulação para pressionar o Legislativo a pautar temas sensíveis ao bolsonarismo, como a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Estratégia de confrontação ganha corpo dentro do PL - O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), detalhou que a legenda atuará em três frentes: coordenação da comunicação oficial do partido, articulações internas no Congresso e mobilização nacional para "dar voz ao presidente Bolsonaro".
Entretanto, o grupo mais radical vai além. Defende abertamente o uso das redes sociais como trincheira e cogita escalar o embate para protestos físicos, tendo como alvos diretos os presidentes do Senado e da Câmara. O objetivo seria pressioná-los a destravar pautas de interesse da direita mais ideológica.
PL dividido: confronto ou articulação - Enquanto a ala radical busca o confronto direto, outro segmento do PL teme o isolamento político do partido no Congresso Nacional. Essa ala mais pragmática avalia que uma guerra declarada contra Motta e Alcolumbre pode minar articulações futuras e enfraquecer a legenda.
Segundo a apuração da coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, o governo do presidente Donald Trump estaria avaliando estender as punições aos chefes do Legislativo, seguindo o mesmo modelo adotado contra magistrados do STF. A possível motivação seria a suposta omissão de Alcolumbre em não pautar os pedidos de impeachment contra Moraes.
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