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      Na véspera do julgamento de Bolsonaro, Barroso diz que Brasil vai "empurrar extremismo para a margem da história"

      Presidente do STF afirmou que a análise da Corte sobre a tentativa de golpe pode encerrar ciclos de atraso e radicalização na política brasileira

      Luís Roberto Barroso e Jair Bolsonaro (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF | Exército Brasileiro | Reuters/Adriano Machado)
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - Às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (1) que o país caminha para um novo ciclo político, livre do radicalismo que marcou os últimos anos.

      “Na democracia, a regra é quem ganha leva. Quem perde não fica despojado dos seus direitos e pode concorrer. O que me preocupa é o extremismo. Acho que em breve nós vamos empurrar o extremismo para a margem da história e teremos uma política em que estarão presentes conservadores, liberais, progressistas, como a vida deve ser”, disse Barroso, em entrevista a jornalistas após palestra na Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ), segundo noticiou a Folha de S. Paulo.

      O processo que começa nesta terça-feira (2) caberá à Primeira Turma do STF, formada pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin (presidente do colegiado), Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Barroso não participará do julgamento, já que não integra a turma. 

      “Essa ideia de quem perdeu tenta levar a bola para casa ou mudar as regras é um passado que nós precisamos enterrar”, declarou o ministro, que agora entra em seu último mês na presidência da Corte. Ele será sucedido por Edson Fachin, que tomará posse no dia 29 e ocupará o cargo no período 2025-2027.

      Barroso também comentou sobre o período que marcou sua presidência na Corte: "vivemos as tensões do julgamento do 8 de Janeiro e daquilo que o Procurador-Geral [Paulo Gonet] qualificou como tentativa de golpe, que ainda vai ser julgado. Nenhum país julga isso sem algum tipo de tensão. Mas a tensão foi absorvida institucionalmente. Acho que a vida democrática fluiu com naturalidade ao longo desse período.""

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