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      Von der Leyen admite frustração com tarifa de Trump: “15% é o melhor que conseguimos”

      Presidente da Comissão Europeia tentou justificar acordo com os EUA que impõe tarifa sobre exportações do bloco e provocou indignação generalizada

      European Commission President Ursula von der Leyen sits with U.S. President Donald Trump, after the announcement of a trade deal between the U.S. and EU, in Turnberry, Scotland, Britain, July 27, 2025 (Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reconheceu que o novo acordo comercial firmado com os Estados Unidos ficou muito abaixo das expectativas do bloco, mas afirmou que não havia alternativa melhor diante da ameaça de tarifas mais severas por parte do presidente Donald Trump. “15% não deve ser subestimado, mas é o melhor que conseguimos”, declarou von der Leyen a jornalistas após o encontro com Trump, realizado em um de seus resorts de golfe na Escócia.

      A fala, dada em tom de resignação, tenta explicar o acerto que impõe uma tarifa de 15% sobre a maioria das exportações da União Europeia, enquanto os produtos norte-americanos ficaram isentos de medidas retaliatórias. Von der Leyen foi questionada se o acordo representava algum alívio para os fabricantes europeus, especialmente do setor automotivo, mas evitou promessas de compensação. Seu comentário reforçou a percepção de que Bruxelas aceitou um recuo diante da pressão de Washington.

      A presidente da Comissão procurou minimizar o impacto político do pacto, dizendo que o resultado ao menos evitou a tarifa de 30% que Trump havia ameaçado impor a partir de 1º de agosto. A proposta original da UE previa isenção total de tarifas para os dois lados, mas foi rejeitada pelos EUA. “Não é o ideal, mas evita algo pior”, teria resumido um auxiliar próximo, embora von der Leyen tenha optado por se limitar à frase seca: “é o melhor que conseguimos”.

      A declaração, no entanto, não foi suficiente para conter a onda de críticas ao acordo, classificado como um ato de submissão por autoridades e analistas em diversos países do bloco. A fala de von der Leyen, reproduzida em destaque pela imprensa europeia, passou a simbolizar o desconforto da União diante da nova postura agressiva de Washington desde o retorno de Trump à presidência.

      (Com informações da agência RT)

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